quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Santas do mês de novembro


nov 02  Beata Margarida de Lorena, Viúva
nov 02  Santa Vinfreda (Gwenfrewi) de Gales, Virgem e mártir
nov 03  Santa Ida de Fischingen
nov 03  Santa Odrada
nov 03  Santa Sílvia, Mãe de S. Gregório Magno
nov 03  Santa Margarida de Oingt, Certosina 
nov 03  Beata Alpaide de Cudot,Virgem
nov 04  Santa Modesta de Treviri, Virgem
nov 04  Beata Francisca De Amboise
nov 04  Beata Helena Enselmini, Monja
nov 04  Beata Teresa Manganiello, Terciária franciscana
nov 05  Santa Bertila, Abadessa de Chelles
nov 05  Santa Canônica, Anacoreta
nov 05  Santa Comasia, Virgem e mártir 
nov 05  Santa Trofimena, Virgem e mártir 
nov 05  Beata Beatriz da Suábia, Rainha
nov 05  Beata Maria Carmela Viel Ferrando, Virgem e mártir
nov 06  Santa Beatriz de Oliva, Monja cisterciense
nov 06  Beata Cristina de Stommeln, Mística
nov 07  Beata Eleonora de Portugal, Rainha, mercedária
nov 07  Beata Lúcia de Settefonti, Virgem
nov 08  Beata Maria Crucifixa Satellico, Clarissa
nov 09  Beata Elisabete da Trindade Catez, Carmelita
nov 09  Beata Joana de Signa, Virgem
nov 09  Beata Ma. do Mte. Carmelo do Menino Jesus, Fundadora
nov 09  Santas Eustólia e Sopatra, Monjas
nov 10  Santa Ninfa, Mártir
nov 10  Santa Osnat, Virgem irlandesa   
nov 11  Beata Alice Kotowska, Virgem e mártir
nov 11  Beata Vicenta Maria (Luiza) Poloni, Religiosa  
nov 11  Santa Marina de Omura, Virgem e mártir
nov 12  Beata Branca de Aragão, Rainha, mercedária 
nov 13  Santa Agostinha (Livia) Pietrantoni, Religiosa
nov 13  Santa Maxelendis, Virgem e mártir
nov 13  Beata Maria do Patrocínio de S. João, Virgem e mártir
nov 13  Beata Maria Teresa de Jesus (Maria Scrilli), Fundadora
nov 14  Santa Balsâmia, Nutriz
nov 14  Beata Maria Merkert, Virgem  
nov 14  Santa Veneranda, Mártir  
nov 15  Beata Lúcia (Broccadelli) de Narni, Dominicana
nov 15  Beata Maria da Paixão, Religiosa, fundadora
nov 16  Santa Gertrudes a Grande, Virgem
nov 16  Santa Inês de Assis
nov 16  Santa Margarida da Escócia, Rainha e viúva
nov 17  Santa Isabel da Hungria, Religiosa
nov 17  Santa Hilda, Abadessa
nov 17-18  Beata Salomé da Cracóvia, Rainha da Hungria, abadessa
nov 18  Santa Filipina Rosa Duchesne, Monja
nov 18  Beata Carolina Kozka, Virgem e mártir
nov 18  Beata Ma. Gabriela Hinojosa e 5 comp. mártires na Espanha
nov 19  Santa Matilde de Hackeborn (ou de Helfta), Monja
nov 20  Beata Maria dos Milagres Ortelles Gimeno, Virgem e mártir
nov 20  Beata Maria Fortunata Viti, Beneditina
nov 20  Beatas Ângela de S. Jose e comp. Mártires
nov 21  Beata Ma.de Jesus Bom Pastor, Fundadora
nov 22  Santa Cecília, Virgem e mártir
nov 22  Beata Joana de Montefalco
nov 23  Santa Cecília Yu So-sa, Viúva e mártir
nov 23  Santa Felicidade e sete irmãos Mártires
nov 23  Santa Lucrecia de Mérida, Mártir
nov 23  Santa Mustíola, Mártir
nov 23  Beata Henriqueta Alfieri, Filha da Caridade
nov 23  Beata Margarida de Savóia, Religiosa dominicana
nov 23  Beata Ma. Cecília Cendoya Araquistan, mártir na Espanha
nov 23  Beata Teresa de Jesus Menino, mercedária
nov 24  Santa Enfrida, Rainha de Bernicia, Abadessa 
nov 24  Santa Firmina (ou Fermina) de Amélia, Mártir
nov 24  Santas Flora e Marta (Maria) de Córdoba, Mártires
nov 24  Beata Maria Ana Sala, Virgem
nov 24  Beatas Niceta de Sta.Prudência  e 11 comp.Virgens e mártires
nov 25  Santa Catarina de Alexandria, Mártir
nov 25  Beata Beatriz de Ornacieu, Virgem e monja certosina
nov 25  Beata Elisabete Achler de Reute, Virgem, Terc.franciscana
nov 25  Beata Malcolda Pallio, Monja beneditina 
nov 26  Beata Caetana Sterni
nov 26  Beata Delfina de Signe, Viúva
nov 26  Santas Magnância e Máxima, Virgens  
nov 27  Santa Bililde, Duquesa
nov 27  Santa Odalberta (brilho, esplendor dos bens) Virgem de Mons
nov 28  Santa Fausta Romana, Viúva
nov 28  Santa Teodora de Rossano, Abadessa
nov 29  Beata Ma. Madalena da Encarnação, Fundadora
nov 29  Santa Iluminada, Venerada em Todi
nov 30  Santa Maura de Constantinopla, Mártir 

 

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Santa Dorotéia de Montau, Viúva e reclusa - 30 de outubro


Cela da Santa
     A célebre contemplativa Dorotéia Swartz de Montau, nasceu em Gross Montau, Prússia (Matowy Wielkie) a oeste de Marienburgo (Malbork) no dia 6 de fevereiro de 1347, e morreu em Marienwerder (*), em 25 de junho de 1394.
     Marienburgo, Marienwerder e Dantzig pertenciam aos cavaleiros teutônicos, então no auge do seu poder. Ela viveu sob a sua jurisdição e foram eles que introduziram o processo de sua canonização em 1404.
     Era filha de um fazendeiro holandês, Willem Swartz. Antigas biografias relatam que desde muito jovem ela mortificava o próprio corpo e recebera os estigmas invisíveis, disfarçando a dor que lhe causavam.
     Com a idade de dezesseis anos se casou com Adalberto de Dantzig (Gdansk), homem maduro, artesão armeiro abastado, mas muito temperamental, de caráter violento. Quando tinha 31 anos, Dorotéia teve seus primeiros êxtases e o esposo não tinha paciência com suas experiências místicas e a maltratava. Levando a vida matrimonial com paciência, humildade e gentileza, conseguiu mudar pouco a pouco o caráter do esposo. O casal fez freqüentes peregrinações a Colônia, Aachen e Eisiedeln.
     Em 1390, eles resolveram visitar os túmulos dos Apóstolos Pedro e Paulo em Roma. Mas Adalberto, impedido por uma enfermidade, permaneceu em casa, aonde veio a falecer. Entregue a Deus, Dorotéia viajou sozinha para Roma. Ia mendigando, quase sem observar as regiões que percorria. Chegando a Roma, caiu doente e foi tratada durante longas semanas no hospital de Maria Auxiliadora. Quando regressou, seu esposo já havia falecido há meses.
     Dos nove filhos que tiveram, quatro morreram ainda crianças e quatro durante a praga de 1383. Somente uma filha, Gertrudes, sobreviveu e tornou-se beneditina em Colônia. A Santa dedicou a ela um pequeno tratado de vida espiritual.
     Em 1391 Dorotéia se mudou para Marienwerder (Kwidzyn). Ali encontrou o seu diretor espiritual, João de Marienwerder (1343-1417), da Ordem Teutônica, sábio teólogo e professor em Praga. Percebendo a grandeza espiritual da penitente, ele iniciou a transcrição de suas visões e de seu ensinamento em 1392. Este trabalho compreende sete livros em Latim, Septililium. Escreveu também a vida da Santa em quatro livros, impressos por Jakob Karweyse.
     Em 2 de maio de 1393, depois de uma provação de dois anos, e com a permissão do Capítulo e da Ordem Teutônica, passou a viver em uma ermida construída junto a Catedral de Marienwerder. A cela tinha dois metros de largura e três de altura. Três janelas completavam a ermida: uma abria-se para o céu; outra dava para o altar, para que ela acompanhasse a Santa Missa e comungasse; a terceira dava para o cemitério e servia para lhe passarem os alimentos. Dorotéia vivia austeramente e comungava diariamente, algo excepcional para seu tempo. Com seu exemplo edificava a todos que a procuravam em busca de conselho e consolo. Foram-lhe atribuídas muitas conversões.
     Embora não tivesse freqüentado escola, Santa Dorotéia tinha uma bagagem cultural graças às suas viagens e ao contato com eclesiásticos eminentes. Além da Ordem Teutônica, sofreu influência da espiritualidade dominicana e teve como modelo Santa Brígida da Suécia, cujas relíquias haviam passado por Dantzig em 1374.
     Santa Dorotéia morreu em Marienwerder no dia 25 de junho de 1394, e foi logo venerada como Santa e Patrona da Ordem Teutônica e da Prússia.
     As obras do seu confessor vieram à luz entre 1395 e 1404. Os Bolandistas editaram duas "vidas" e o Septililium, onde os carismas da mística são apresentados como efusão extraordinária do Espírito Santo.
     Os livros compilados pelo confessor de Dorotéia tinham por finalidade sua canonização como a primeira Santa da Prússia. A obra tem muitas informações interessantes sobre o dia a dia numa fazenda, numa aldeia, e em prósperas cidades. A tradução destes livros forneceu o texto do primeiro livro impresso na Prússia, no ano de 1492, e também facilitou estudos de textos medievais.
     O processo de canonização iniciado em 1404 só foi retomado em 1955. Finalmente ela foi canonizada em 1976. É celebrada em 25 de junho e 30 de outubro. Suas relíquias desapareceram durante a pseudo-reforma protestante. A igreja de Marienwerder, onde Santa Dorotéia foi sepultada, atualmente é luterana.
     Santa Dorotéia é representada com o livro das revelações na mão, o rosário e cinco flechas que simbolizam os estigmas. A sua espiritualidade é comparada à de Santa Brígida da Suécia e de Santa Catarina de Siena.
 
Fontes: Santos de cada dia, Pe José Leite S.J.; www.santiebeati.it 
Castelo de Marienwerder
     (*) Marienwerder - Kwidzyn em polonês - é uma cidade no norte da Polônia, próxima do Rio Liwa. Com cerca de 40 mil habitantes, ela faz parte da Pomerânia desde 1999. É a capital do Condado de Kwidzyn.
     Ordem Teutônica ou Ordem dos Cavaleiros Teutônicos foi uma ordem militar vinculada à Igreja Católica por votos religiosos pelo Papa Clemente III, formada em São João de Acre, na Palestina, na época das Cruzadas, no final do século XII. Usavam sobrevestes brancas com uma cruz negra. Esta Ordem fundou o Castelo de Marienwerder em 1232 e a cidade no ano seguinte. Marienwerder tornou-se a sede do Bispado da Pomerânia dentro da Prússia.
      Santa Dorotéia de Montau viveu em Marienwerder de 1391 até sua morte em 1394. Os peregrinos vinham a Marienwerder para rezar diante de suas relíquias.
      A Confederação Prussiana foi fundada em Marienwerder em 1440. Em 1466, a cidade tornou-se feudo da Polônia junto com o que restou da propriedade dos Cavaleiros Teutônicos após sua derrota na Guerra dos Treze Anos.
     Marienwerder tornou-se parte do Ducado da Prússia, um feudo da Polônia, quando aquele ducado foi criado em 1525. O ducado foi herdado pela Casa dos Hohenzollern em 1618 e foi elevado a Reino da Prússia em 1701. A cidade era a capital do Distrito de Marienwerder. Após o primeiro desmembramento da Polônia, Marienwerder tornou-se sede da nova Província da Prússia.  E depois das guerras napoleônicas foi incluída na região de Marienwerder (Kwidzyn).

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Beata Emelina, Eremita e conversa cisterciense - 27 de outubro

     Esta beata francesa da Idade Média é considerada por alguns estudiosos como uma “solitária”, enquanto outros acreditam que ela era uma irmã conversa da Ordem Cisterciense. Provavelmente ela foi ambas as coisas.
     Emelina nasceu em 1115 na diocese de Troyes e viveu como eremita em uma granja construída no terreno pertencente a Abadia de Nossa Senhora de Boulancourt, situada na atual comuna de Longeville-sur-Laines (Alto Marne), na França.
     A abadia fora fundada em 1095 na diocese de Troyes, hoje Langres, para os Cônegos Regulares de São Pedro do Monte. Tendo caído em um grande relaxamento, para reformá-la o bispo cisterciense de Troyes, Henrique de Corinzia, a deu a São Bernardo, fundador da Ordem, que mandou para ali um grupo de monges de Claraval.
     Quando os monges chegaram a Boulancourt, Emelina já estava vivendo ali como irmã conversa, na granja Perte-Sèche situada a alguns quilômetros da abadia. O monge Beato Goslin se refere a ela em uma breve biografia, revelando o seu modo de viver: jejuava três dias por semana, sem beber, nem comer, usava um cilício e uma corrente de ferro com pontas, andava descalça fosse inverno ou verão.
     A eremita rezava sem descanso e se dedicava a costura; a sua vida de grande penitência resultou na difusão da fama de santidade. Ela era dotada do dom da profecia; as pessoas vinham de toda parte para consultá-la.
     Emelina faleceu em 1178 e foi sepultada na igreja da Abadia de Boulancourt; sobre o seu túmulo foi colocada uma pequena lâmpada sempre acesa. Ela foi inscrita como Beata no “Menologio Cisterciense” no dia 27 de outubro.
     Emelina deve ter sido uma das últimas irmãs conversas agregadas a um mosteiro de monges, porque em 12 de fevereiro de 1234 o papa Gregório IX, em uma carta ao abade de Boulancourt, pedia aos monges para não mais receberem em suas terras as irmãs conversas, o que confirma que cerca de 50 anos depois da morte da Beata ainda havia algumas irmãs conversas na granja da abadia.
     A Beata Emelina representa para a Ordem Cisterciense o modelo de eremita da Idade Média e de todas as épocas.
 
Catedral de S Pedro e S Paulo em Troyes, França
 

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Beata Celina Chludzinska Borzecka, Viúva e Fundadora - 26 de outubro

     Celina Chludzinska Borzecka nasceu no dia 29 de outubro de 1833, em Antowil, então território polonês, atualmente Bielo-Rússia, uma de três filhos do casal Ignacio e Petronella Chludzinska. A vida espiritual de Celina desenvolveu-se cedo e durante as orações sempre dirigia a Deus a pergunta: "O que queres que eu faça com a minha vida?"
     Após um retiro em Vilnius, em 1853, exprimiu o desejo de tornar-se religiosa, mas encontrou a oposição dos pais. Obedecendo à vontade deles e ao conselho do seu confessor, aos 20 anos casou-se com José Borzecki. De qualquer maneira, dentro dela permaneceu a convicção de que "a sua vida não deveria terminar de modo comum".
     Profundamente amada pelo marido, também ela foi uma esposa amorosa e exemplar que partilhava a responsabilidade do lar e demonstrava a sua atenção aos pobres. Tiveram quatro filhos, dos quais dois morreram na infância.
     Em 1869, quando o marido teve um derrame cerebral que o deixou paralisado, Celina transferiu-se com a família para Viena a fim de obter melhores cuidados médicos para ele. Durante o seu sofrimento, que durou cinco anos, ela foi sua fonte de apoio espiritual e moral, além de dedicada e sensível enfermeira. Ao mesmo tempo, continuou a prodigalizar-se pela educação das duas filhas.
     Em 1875, após a morte do marido, Celina transferiu-se para Roma com as filhas a fim de alargar os horizontes espirituais e culturais e procurar indicações a respeito da vontade de Deus para si e para as suas filhas. Na igreja de São Cláudio encontrou-se com o co-fundador dos Ressurrecionistas, Pe. Pedro Semenenko, que há muitos anos desejava fundar o ramo feminino da Congregação.
     Em 1882 Celina, juntamente com a filha menor, Edvige, iniciou a vida em comunidade em Roma, sob a direção espiritual do Pe. Semenenko. Em 1886, após a repentina morte do Sacerdote, Celina teve que enfrentar muitas intrigas de pessoas contrárias à nova fundação. De maneira cada vez mais forte, Celina sentia a chamada a fundar uma comunidade de mulheres dedicadas ao Mistério da Ressurreição.
     Em 1887, assistida por amigos fiéis, Celina abriu a sua primeira escola vespertina para moças, da qual o Mons. Giácomo Della Chiesa, futuro Papa Bento XV, cujos pais residiam no apartamento ao lado da escola, foi capelão e catequista.
     Depois de anos de provações e sofrimentos, Celina e sua filha Edvige, co-fundadora, fizeram a profissão dos votos religiosos a 6 de janeiro de 1891, dando início oficialmente à nova Congregação.
     Expressou o dinamismo da sua vida, antes de morrer, quando escreveu num pedaço de papel, pois já não podia falar: "Em Deus reside a felicidade em eterno". Madre Celina faleceu a 26 de outubro de 1913 em Cracóvia.
     A Beata Celina pertence a um raro grupo de mulheres que experimentaram diversos estados de vida: esposa, mãe, viúva, religiosa e fundadora. Com simplicidade e humildade, escreveu, dando assim uma característica à sua vida espiritual: "Deus não me chamou para fazer coisas extraordinárias... talvez porque não queria que me tornasse orgulhosa. A minha vocação é cumprir a vontade de Deus fielmente e com amor".
     Madre Celina foi beatificada em 27 de outubro de 2007 na Basílica de São João de Latrão, Roma. 
Madre Edvige, filha da Beata
Fonte:

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Santa Daria, Mártir - 25 de outubro

     Santa Daria e seu esposo São Crisanto são patronos da cidade de Reggio Emilia, Itália. Eles viveram e morreram no século III, sendo que o ano do martírio se supõe tenha sido 283. Eles são recordados individualmente ou juntos em vários dias do ano, segundo os diversos Martirologios, enquanto que o famoso Calendário Marmóreo de Nápoles e o Martirológio Romano os recordam no dia 25 de outubro.
     Os dois mártires aparecem em várias obras de arte, relicários, afrescos, mosaicos, em algumas cidades da Itália, da Alemanha, da Áustria e França, o que testemunha a difusão de seu culto antiqüíssimo em toda a Igreja.
     Uma “passio” nas versões em latim e em grego já existia no século VI, pois era conhecida de São Gregório de Tours (538-594), bispo francês e grande historiador da época. São Gregório de Tours refere que os cristãos costumavam reunir-se na gruta onde estavam enterrados os corpos dos Santos. Em certa ocasião, quando muitos fieis lá se encontravam, o prefeito da cidade mandou cercar o lugar e todos morreram pela fé.
     Crisanto era filho de um certo Polemio, de origem alexandrina, que foi para Roma para estudar filosofia no tempo do imperador Numeriano (283-284). Ali conheceu o presbítero Carpóforo, que o instruiu na religião cristã e depois o batizou.
     Polemio, seu pai, procurou de todos os modos fazê-lo voltar ao culto dos deuses. Inclusive utiliza-se para isto de algumas mulheres, especialmente da vestal Daria, uma jovem bela e dotada. Mas Crisanto consegue converter Daria e de comum acordo eles simulam um casamento para poderem ser deixados livres para pregar, convertendo muitos outros romanos ao Cristianismo.
     Mas eles foram descobertos e acusados ao prefeito Celerino, o qual os remeteu ao tribuno Cláudio, que após alguns prodígios feitos por Crisanto, se converteu junto com sua esposa Ilaria e dois filhos, Jasão e Mauro, alguns parentes e amigos, além de 70 soldados da guarnição que mantinha em custódia os prisioneiros.
     Então o imperador Numeriano interveio diretamente condenando Cláudio a ser lançado ao mar com uma grossa pedra amarrada ao pescoço, e seus dois filhos e os setenta soldados foram decapitados e sepultados na Via Salária. Alguns dias depois Ilaria também foi morta quando rezava no local onde estavam sepultados.
     Crisanto e Daria, depois de extenuantes interrogatórios, foram conduzidos a Via Salária, lançados em uma vala e sepultados vivos sob uma grande quantidade de terra e pedras.
     Dos “Itinerários” do século VII, se sabe que os dois mártires foram sepultados em uma igrejinha do cemitério de Trasone, na mesma Via Salária. Uma notícia certa refere que pela festa dos santos mártires afluíam muitos fieis à sua sepultura e que o Papa Pelágio II, em 590, deu algumas relíquias a um diácono da Gália.
     Mas a história das relíquias tem muitas contradições e legendas.
     A tradição diz que de fato foram feitas três transladações: uma pelo Papa Paulo I (757-767), que da Via Salária as teria levado para a igreja de São Silvestre em Roma; a segunda, pelo Papa Pascoal I (817-824), que as teria transferido da Via Sálaria para a igreja de Santa Praxedes; e a última pelo Papa Estevão V (885-891), que as teria levado para Latrão.
     Desta última igreja, em 884, foram levadas para o mosteiro de Münstereiffel, na Alemanha; em 947 as relíquias foram transferidas para Reggio Emilia, da qual cidade São Crisanto e Santa Daria são os patronos, pela ação do Bispo Adelardo, que as tinha conseguido de Berengário, que por sua vez as recebera do Papa João X em 915.
      Como se vê, um verdadeiro labirinto.
     Outras cidades reivindicam a posse de relíquias, tais como Oria (Brindisi), Salzburg, Viena, Nápoles. A Catedral de Reggio Emilia possui dois bustos relicários em prata dos mártires, obras de Bartolomeu Spani.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Beata Catarina da Bósnia, Rainha, Terciária Franciscana - 23 de outubro

     As informações sobre sua vida são um tanto escassas, mas suficientes para compreender a grandeza de sua figura, prevalentemente católica, vivida em um Estado dos Balcãs ameaçado continuamente pela expansão muçulmana.
     Ela nasceu por volta de 1425, em Blagaj (atual Herzegovina), sede de seu pai Stjepan Vukcic Kosaca, Duque de São Sava, uma das mais poderosas figuras da nobreza da Bósnia, e faleceu em 1478, exilada em Roma. Sua mãe Jelena Balšić era neta do Príncipe Lazar da Sérvia. Ela nasceu na Casa de Kosaca e casou-se na Casa de Kotromanic.
     Crescendo na região do Forte Blagaj, Catarina passou sua infância lendo poesias, tocando órgão e se entretendo com as apresentações de atores vindos de Florença e Dubrovnik para a corte de seu pai.
     Em 26 de maio de 1446, foi dada em casamento ao filho ilegítimo do Rei Stephen Ostoja da Bósnia, Stephen Thomas, para estreitar os laços entre a realeza e a nobreza da Bósnia no tempo em que o Conde Herman II de Celje e Zagorje, filho de Herman I e de Catarina da Bósnia, Condessa de Cilli (que por sua vez era filha de Vladislav Kotromanic), reclamava o trono da Bósnia e o perigo otomano era presente.
     Tendo se mudado para Kraljeva Sutjeska, sede dos reis da Bósnia, Catarina deu à luz duas crianças: Sigismundo, em 1449, e Catarina em 1459.
     Preocupando-se com a difusão da Fé em seu reino, chamou os Franciscanos para se estabelecerem em Jaice, a capital, para combater e converter os numerosos hereges e cismáticos que tinham feito da Bósnia a cidadela de sua heresia que contrapunha o mundo do espírito ao da matéria, considerado a expressão da força do mal, negava a Santíssima Trindade, a natureza humana de Cristo, reduzida a uma aparência, o Antigo Testamento, não reconhecia os ritos litúrgicos, a hierarquia eclesiástica, o batismo e o matrimônio.
     Thomas faleceu em 10 de julho de 1461 e foi sucedido por seu filho, Stephen Tomasevic, que reconheceu Catarina como rainha-mãe.
     Em 1463 os turcos, capitaneados pelo sultão Maomé II, ocuparam a Bósnia e, entre outras coisas, capturaram os filhos de Catarina, obrigando-os a se tornarem muçulmanos. As crianças foram levadas para Istambul onde o filho de Catarina, agora com o nome de Ishak-beg Kraloglu, tornou-se bastante influente. Sua filha Catarina morreu em Skopje, onde lhe foi erigido um monumento, o Kral Kizi.
     A Rainha-mãe se exilou em Roma, onde foi acolhida com honras pelo Papa Pio II, tornando-se Terceira Franciscana e vivendo santamente, gozando da estima e consideração dos sucessivos pontífices, Paulo II e Sisto IV.
     A infeliz Rainha levou consigo os símbolos da casa real da Bósnia, esperando que seu reino fosse restaurado um dia. Em Dubrovnik ela deixou a espada de seu esposo para ser entregue ao seu filho, se ele retornasse do cativeiro. Sua filha mais nova casou-se com o governador de Zeta, e épico herói de Montenegro, Ivan Crnojevic.
     Em Roma, ela era respeitada entre os eslavos, mas tinha poucos recursos porque seu pai a tinha tirado do testamento. A Igreja Católica foi a única instituição que ainda reconhecia Catarina como a “rainha legítima”. Entretanto, sua influência entre a nobreza parece ter sido muito grande, pois consta que em 1472 ela compareceu ao casamento de Sofia Palaiologina e o russo Duque Ivan III, também conhecido como Ivan o Grande.
     Ela viveu em Roma numa casa próxima da Igreja de São Marcos, com sua “corte”. Eles a serviram até sua morte em 23 de outubro de 1478. Foi sepultada com solenes funerais na Igreja de Aracoeli. No seu testamento dispôs que deixava para a Santa Sé o seu reino, a espada e os símbolos reais, com a cláusula: se seu filho Sigismundo, prisioneiro dos turcos, uma vez liberado voltasse para o Catolicismo, ele deveria se tornar Rei da Bósnia.
     Os católicos daquela região visitam com frequência seu túmulo na igreja romana de Santa Maria em Aracoeli. A pedra tumular apresenta um retrato seu com os emblemas da Casa de Kotromanic e Kosaca. A inscrição, originalmente escrita em Bosancica, foi substituída em 1590 por uma em latim que diz:
     A memória da Rainha Catarina, que foi beatificada após sua morte, ainda está viva na Bósnia Central, onde os Católicos tradicionalmente celebram o 23 de outubro com uma Missa em Bobovac “no altar da terra natal”. Alguns pertences da Rainha e da família Kotromanic foram levados em 1871 para a Croácia, por Josip Juraj Strossmayer, do mosteiro franciscano de Kraljeva Sutjeska, a fim de salvaguardá-los até que a “Bósnia seja libertada”. Eles jamais foram devolvidos.
     A Ordem Franciscana celebra Catarina no dia de sua morte.
 
 
Monumento da Beata em Mostar, Bósnia e Herzogovina
 

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Santa Maria Bertila Boscardin, Religiosa e Enfermeira - 20 de outubro

     Ao beatificar Irmã Maria Bertila, em 1952, o papa Pio XII disse: “É uma humilde camponesa”. Sim, uma simples camponesa, que sem êxtases, milagres ou grandes feitos, provou que a santidade é feita de atitudes diárias de união com Nosso Senhor e sua Mãe Santíssima. Vivendo na pureza e na fé profunda, a graça divina se manifestou nela e é um exemplo do que esta graça pode fazer em cada um de nós, se formos fieis a Deus e aos seus Mandamentos.
     Santa Maria Bertila Boscardin nasceu dia 6 de outubro de 1888, na cidade de Vicenza, na Itália, e recebeu o nome de Ana Francisca no batismo. Os pais eram simples camponeses que moravam em Brendola, na província de Vicenza.
     Instruída pela mãe, desde a idade de cinco anos Aninha gostava de rezar muito tempo de joelhos diante de um quadro de Nossa Senhora que se encontrava na cozinha. Ajudava a mãe nos cuidados da casa e o pai nos trabalhos do campo. Ela era a mais velha de três filhos e sua infância transcorreu entre o estudo e os trabalhos do campo, rotina natural dos filhos e das filhas de agricultores dessa época.
     Aos nove anos fez sua Primeira Comunhão, fato não muito comum naquela época. O voto de castidade o fez aos treze anos. Quando manifestou ao pároco o desejo de se tornar religiosa, este lhe respondeu: “Aninha, tu não serves para nada. Quaisquer religiosas não saberiam que fazer duma aldeã ignorante como tu és”. Mas o padre arrependeu-se da sua recusa e chamou-a no dia seguinte.
     Aos dezessete anos, no dia 8 de abril de 1905, Aninha saiu da casa paterna para ingressar no Convento das Irmãs Mestras de Santa Dorotéia dos Sagrados Corações, adotando o nome de Maria Bertila. Forte e robusta, os trabalhos mais custosos – o forno e a lavanderia – foram-lhe designados. Fez o segundo ano de noviciado no hospital de Treviso. A Superiora Geral desejava para ela um cargo de enfermeira, mas a superiora do hospital, Irmã Margarida, pô-la na cozinha como ajudante de uma freira idosa e enferma.
     Pela segunda vez a Superiora Geral decidiu que ela seria enfermeira e mandou-a de volta ao hospital de Treviso e mais uma vez a superiora do hospital mandou-a para as panelas. No dia seguinte, por falta de pessoal, foi colocada na seção infantil onde havia crianças atacadas de difteria. Num instante a enfermeira adormecida dentro dela se revelou inteligente e ágil, impondo respeito e confiança.
     Foi então que estudou e diplomou-se como enfermeira, de modo que pôde tratar os doentes com ciência e fé, assistindo-os com carinho de irmã e mãe, qualidades que se manifestaram durante a 1ª. Guerra Mundial. Irmã Maria Bertila surpreendeu a todos com sua incansável disposição e solidariedade de religiosa e enfermeira no tratamento dos feridos de guerra.
     Teve uma existência de união com Deus no silêncio, no trabalho, na oração e na obediência. Isto se refletia na caridade com que se relacionava com todos: doentes, médicos e superiores. Mas era submetida a constantes humilhações por parte da superiora.
     Tinha apenas vinte e dois anos de idade quando, além de enfrentar a doença no próximo, teve que enfrentá-la em si mesma: foi operada de um tumor e antes que pudesse recuperar-se totalmente já estava junto de seus doentes. As humilhações pessoais continuavam associadas às dores físicas.
    Seu mal se agravou e aos trinta e quatro anos sofreu a segunda cirurgia, mas não resistiu e faleceu no dia 20 de outubro de 1922, no hospital de Treviso, depois de converter, com sua agonia resignada e serena, o médico-chefe do hospital.
     Muitos milagres foram realizados junto ao seu túmulo e creditados à sua intercessão. Foi beatificada em 8 de junho de 1952 pelo Papa Pio XII e canonizada em 11 de maio de 1961, festa da Ascenção de Nosso Senhor, pelo Papa João XXIII. Irmã Maria Bertila Boscardin, que morreu tão simples como tinha vivido, foi canonizada na Basílica de São Pedro em meio a luzes, galas e uma liturgia papal magnífica.
     Foi sepultada na Casa-mãe da Congregação em Vicenza e junto ao seu túmulo há sempre alguém rezando, pedindo a intercessão da santa enfermeira junto a Deus Nosso Senhor para tratar de males diversos, e a ajuda sempre chega.
     Esta humilda camponesa teve o privilégio de ter uma mãe extraordinária que diante da pobreza, da irascibilidade do marido, do mal-estar ambiente, das dificuldades da vida calava-se, tinha paciência, rezava muito. Os filhos de Maria Teresa Benetti viam tudo isto e ouviam sempre sair de seus lábios palavras suaves que falavam de Deus, da Fé, do Céu, da resignação... Felizes as crianças que têm uma mãe como esta!

Fontes: www.santiebeati.it/; Santos de cada dia, de Pe. José Leite, S.J.
 
Vista de Vicenza, com sua Catedral, a partir do Monte Berico
 

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Beatas Ursulinas de Valenciennes, Virgens e Mártires - 17 de outubro

     O episódio do massacre das Ursulinas de Valenciennes faz parte da época do Terror na Diocese de Cambrai (norte da França), durante a Revolução Francesa.
     No dia 30 de setembro de 1790 os comissários da municipalidade de Valenciennes, de acordo com o decreto da Constituinte, se apresentaram no convento das Ursulinas para inventariar os bens da comunidade e para questionar se as irmãs tinham a intenção de perseverar na sua vocação. Havia então 32 irmãs no convento e a superiora era Madre Clotilde Paillot, que tinha sido eleita no dia 13 de fevereiro do mesmo ano. A resposta das irmãs foi unânime: pretendiam continuar Ursulinas, devotadas à educação das jovenzinhas da cidade.
     Em 13 de setembro de 1792, Valenciennes foi assediada pelas tropas inimigas e no dia 17, tendo sido solicitado seu convento para os defensores da cidade, as Ursulinas foram obrigadas a procurar hospedagem junto às coirmãs de Mons, Bélgica. No dia 6 de novembro as tropas francesas, tendo vencido a batalha de Jammapes, ocuparam Mons, resultando que as Ursulinas, algumas semanas depois, tiveram que se mudar novamente.
     Mas a ocupação francesa em Mons durou pouco. Derrotadas na batalha de Neerwinden, as tropas francesas a evacuaram em 21 de março de 1793. As Ursulinas de Valenciennes podiam pensar em retornar à sua cidade, já que os austríacos, possuidores da cidade, encorajavam a reconstituição da comunidade.
     Quando as religiosas chegaram à sua casa, iniciaram logo os trabalhos de restauração, já que fora saqueada. As irmãs não tardaram em retomar com toda intensidade suas atividades, tanto que em 29 de abril de 1794 uma profissão e uma vestição aconteceram em seu convento.
     Em 26 de julho as tropas francesas conseguiram uma grande vitória em Freurus e em 26 de agosto os austríacos se retiraram de Valenciennes. Algumas irmãs permaneceram no convento com Madre Clotilde e foram aprisionadas em 1º de setembro e mantidas encarceradas em suas próprias celas. As outras foram procuradas e aprisionadas com numerosos outros suspeitos.
     O representante da Convenção era então um certo João Batista Lacoste, um dos personagens mais repugnantes daquela época. A sua grande ânsia era poder dispor de uma guilhotina, o que se tornara para ele uma verdadeira obsessão. Ele recebeu uma somente no dia 13 de outubro.
     Naquela data, o golpe de Estado do 9 termidor (27 de julho de 1794) já ocorrera, mas ele não levou isto em conta e mandou instalar a máquina sinistra, e naquele mesmo dia cinco condenados foram guilhotinados.
     No dia 15 de outubro, às nove horas da noite, 116 suspeitos foram reunidos no município e colocados à disposição do tribunal constituído ilegalmente por Lacoste. Eram particularmente numerosos os padres e as religiosas. A razão para condená-los era ocultada sob a acusação de traição e emigração. Os prisioneiros se encontravam em condições higiênicas incríveis e em grande promiscuidade, mas muitas irmãs puderam aproveitar para confessar-se e comungar.
     As primeiras Ursulinas a comparecerem diante do tribunal no dia 17 de outubro, juntamente com os padres refratários, foram:
          Irmã Maria Natália José de S. Luís (Maria Luísa José Vanot);
          Irmã Maria Lorenzina José Regina de S. Estanislau (Joana Regina Prin);
          Irmã Maria Úrsula José de S. Bernardino (Agostinha Gabriela Bourla) e Irmã Maria Luísa José de S. Francisco (Maria Genoveva Ducrez);
          A última era Maria Mada­lena José Déjardin, professa como Ir. Maria Agostinha José do S. Coração de Jesus.
     Foram guilhotinadas naquele mesmo dia.
     O segundo grupo de religiosas foi martirizado no dia 23 de outubro de 1794:
           Madre Maria Clotilde José de S. Francisco de Borja foi a primeira a ser guilhotinada;
          Irmã Maria Escolástica José de S. Tiago (Laura Margarida José Leroux), aprisionada no mesmo tempo que sua irmã Ana Josefa, chamada Josefina, professa nas Clarissas de Nuns, que fora obrigada a deixar a clausura por causa das leis emanadas durante a Revolução e se retirara entre as Ursulinas, junto à irmã;
           Duas brigidinas: Maria Lívia Lacroix e Maria Agostinha Erraux;
          A última, uma conversa, Irmã Maria Cordola José de S. Domingos (Joana Luísa Barré)
     É preciso salientar o aspecto do testemunho dado pelas 11 religiosas por ocasião do processo que as mandou para a morte. A priora, Madre Clotilde Paillot, deu aos juízes respostas dignas dos mártires da Igreja primitiva e manifestamente inspiradas pelo Espírito Santo.
     Condenadas, as irmãs cortaram, elas mesmas, seus cabelos e desguarnecerem seus hábitos em volta do pescoço para facilitar a obra da guilhotina! Ansiosas por dar a conhecer o perdão aos seus perseguidores, apressaram-se em beijar as mãos de seus algozes. Tal era o ardor destas religiosas pelo martírio, que a Irmã Déjardin procurou em vão tomar precedência às outras nos degraus do patíbulo.
     As 11 religiosas guilhotinadas em Valenciennes foram beatificadas por Bento XV em 13 de junho de 1920, junto com 4 Filhas da Caridade de Arras.
     Sua festa foi fixada no dia 17 de outubro. Elas aguardam agora sua canonização.
 
Obs.: As religiosas guilhotinadas no dia 23 de outubro têm sua festa litúrgica naquele dia.  
Fonte: www.santiebeati.it/
Valenciennes, Igreja dos Jesuitas