terça-feira, 31 de julho de 2018

Santa Aled ou Almeda, Virgem e mártir – 1º de agosto

Santa Almeda (inglês Eluned, latim Almedha ou Elevetha), também conhecida como Aled e por outros nomes, foi um virgem mártir dos séculos V ou VI da moderna Brecon. George Phillips, escrevendo para a Enciclopédia Católica, a chama de "a Despojada do Mabinogion".

Legenda
     Uma das muitas filhas do rei Brychan de Brycheiniog, no sul de Gales (um monarca sub-romano que abraçou a fé do Cristianismo), Aled tornou-se cristã ainda jovem. [1] Ela rejeitou as investidas de um príncipe pagão e fugiu para evitar ser forçada a se relacionar com ele. Ela viajou primeiro para Llan Ddew, de onde foi expulsa pelos moradores; depois foi para Llanfilo. Aqui novamente ela foi expulsa pelos habitantes sob o pretexto de roubo. Ela então viajou para Llechfaen, onde foi novamente expulsa da comunidade. Ela não encontraria paz até a chegada a Slwch Tump, onde o senhor local lhe deu proteção. Ali ela edificou uma ermida. (*)
     No entanto, o perseguidor de Aled a encontrou. Ela fugiu dele, mas ele a perseguiu colina abaixo e a decapitou. Sua cabeça rolou colina abaixo e bateu em uma pedra; como na história de Santa Vinifrida, uma fonte brotou daquele local.
     Há uma referência a Almeda no trabalho de William Worcester (c. 1415–1485). Ele se refere aos restos mortais da santa como estando abrigados na igreja do Priorado em Usk, lar de uma comunidade de freiras beneditinas fundada antes de 1135 por Richard de Clare. (2)
Veneração
     No século XI, quando os normandos chegaram, seu poço em Slwch era associado às curas e outros milagres. Como muitos outros locais, o poço sagrado e a igreja de Aled foram destruídos na Reforma de Henrique VIII.
     Em seu ensaio de 1698 sobre a história de Brecknockshire, o historiador galês Hugh Thomas fala da capela, em sua época, como "de pé, embora sem telhado e sem utilização; as pessoas a chamavam de Santa Tayled [Santa Aled]. Situava-se numa eminência, a cerca de dois quilômetros a leste de Brecknock e a cerca de 800 metros de uma casa de fazenda, antigamente a mansão e residência dos Aubreys, senhores de Slwch, que o senhorio outorgou a Sir Reginald Aubrey por Bernard Newmarche, no reinado de William Rufus. Alguns pequenos vestígios deste edifício ainda podem ser encontrados, e um teixo envelhecido, com um poço aos seus pés, marca o local perto do qual a capela antigamente existia". [3]
     Na cidade de Aberhodni há uma antiga igreja dedicada a ela; nesta igreja ela é comemorada no dia 1 de agosto.

Estas são as palavras de Geraldo Cambrensis, em seu Itinerário:
     Há muitas igrejas no País de Gales que se distinguem por seus nomes [os nomes dos filhos de S. Brychan, e uma delas, localizada no topo de uma colina, perto de Brecheinoc, e não distante do castelo de Aberhodni, é chamada de igreja de Santa Almeda, do nome da santa virgem que recusando a mão de um esposo da terra, se casou com o Rei Eterno e triunfou num feliz martírio; em sua honra anualmente se celebra uma solene festa no início de agosto, com um grande concurso de pessoas vindas de consideráveis distâncias, que sofrendo de várias enfermidades, pelos méritos desta Santa Virgem receberam sua desejada saúde.
     A pequena igreja que foi construída sobre sua cela foi suprimida em 1698 (Attwater2, Benedictines, Encyclopaedia, Farmer)

(*) Podemos fazer hipóteses quanto a estes itinerários de Santa Almeda (cf foto acima). É verdade que ela fugia de um casamento não desejado, mas devemos nos recordar que o Catolicismo estava ainda em início de expansão. Provavelmente ela deve ter procurado, nas suas andanças, converter povoados ainda sob o jugo do paganismo e pode ser isto a causa da rejeição que ela encontrou em vários locais. Seu martírio certamente intercedeu para a conversão da sua gente.

Um dos poços atribuídos a Sta. Aled
Notas:
1. Varner, Gary R., Sacred Wells, Algora Publishing, 2009 ISBN 9780875867175 
2. Cartwright, Jane. "Dead virgins: feminine sanctity in medieval Wales", Medium Aevum, 22 March 2002 
3. Gerald of Wales. The Itinerary of Archbishop Baldwin through Wales – Book I, Ch. 2: Journey through Hay and Brecheinia (Oxford, Mississippi, 1997)

Fontes:
https://en.wikipedia.org/wiki/Saint_Eluned
https://web.archive.org/web/20051128121206/http://www.bath.ac.uk/~liskmj/wellsweb/wellstxt/wellsprings/way.htm
http://www.celticsaints.org/2011/0801e.html
http://www.themodernantiquarian.com/site/3413/slwch_tump.html#folklore

sábado, 28 de julho de 2018

Santa Serafina de Espanha, virgem – 29 de julho

    
     Embora existam duas Servas de Deus com o nome de Serafina que esperam por reconhecimento de sua santidade: Irmã Serafina - Vitoria Gregoris (1873-1935 Veneza) e Irmã Serafina de Deus - Prudence Pisa, venerável (1621-1699 Capri), a recente edição do Martirológio Romano relata sob este nome apenas duas beatas e nenhuma santa: a beata freira espanhola capuchinha, mártir em 1936, Serafina Fernandez Ibero (Emanuela Iusta) e a Beata Serafina Sforza, religiosa Clarissa (1434-1478).
     Mas nas edições anteriores, o Martirológio Romano mencionava em 29 de julho a única santa com este nome que foi incluída neste catálogo famoso dos santos da Igreja Romana, compilado pelo cardeal Cesare Baronio (1538-1607), tendo-se baseado no Martirológio de Belini, publicado em 1498 e que parece ser o primeiro texto a nomear esta santa.
     No mesmo dia é comemorada Santa Serapia, companheira de Santa Sabina, e alguns estudiosos tendem a identificar Serapia com Serafina, não fora o detalhe de que os locais inerentes à sua vida são diferentes.
     Serapia e Sabina foram mártires de Roma, enquanto os poucos relatos de fontes dizem que esta Santa Serafina era virgem espanhola da Galícia (região montanhosa da Espanha), que recebera os primeiros ensinamentos cristãos diretamente do Apóstolo São Tiago que, como é do nosso conhecimento, é altamente venerado na Espanha, onde ele pregou e depois morreu como mártir em Jerusalém no ano 43.
     Levando-se em consideração esta hipótese e tradição, devemos colocar a vida da virgem Serafina de Espanha em torno da primeira metade do primeiro século.
     O seu nome é muito usado em boa parte da Itália e da França; de origem judaica, significa "anjo resplandecente" e, de acordo com a tradição judaica, os anjos serafins e querubins seguram o trono de Deus.

Fonte: www.santiebeati.it/
Santuário de Santiago de Compostela, Galícia, Espanha

quinta-feira, 26 de julho de 2018

Beata Camila Gentili de Rovellone, mártir – 26 de julho

    
     A Beata Camila Gentili de Rovellone viveu na segunda metade do século XV em San Severino, Marche di Lucca, Itália. Não era da realeza, mas filha de nobres; seus pais eram os senhores Rovellone e Brandina da família Giusti, da aristocracia local.
     Em uma transação injusta, mas típica das famílias nobres, Camila foi dada como esposa a Batista Santucci, um homem violento que além do mais tinha rancores contra os Giusti, o que torna a situação bastante inexplicável. Camila era uma mulher suave, doce, submissa e todos apreciavam-na por causa de sua bondade.
     Em 1482, Batista assassinou Pierozzo Grassi, que era da família dos Giusti, e foi declarado culpado e condenado à morte, mas teve a vida salva pela intercessão de Camila, que interveio com seu empenho pessoal e suas orações. Diante de um favor de tão alto valor, Batista não apenas não lhe agradeceu, como o ódio irracional contra a família aumentou, dirigindo-se contra a esposa, a ponto de proibir que ela fosse visitar sua mãe. A isto Camila se negou e continuou a visitá-la com a mesma frequência de até então.
     Aquilo exasperou Batista, que planejou meticulosamente sua vingança: fingindo uma ternura que não era natural nele, propôs a sua esposa passar uns dias em Uvaiolo, onde possuíam um sitio. Ela, acreditando que seu marido estava mudando, não suspeitou de nada e o acompanhou encantada. Quando estavam a sós, ele a apunhalou brutalmente ferindo-a no seio esquerdo, sob o qual palpita o coração, e na garganta, enquanto ela invocava o Senhor e perdoava seu assassino.
     Era o dia 26 de julho de 1486. Após a morte de Camila, Batista teve a desfaçatez de tentar fugir, mas devido à sua vinculação com aquela região e aos seus antecedentes, foi imediatamente descoberto e objeto da indignação da sociedade, embora não haja registros sobre qual foi o seu castigo.
     O corpo de Camila foi enterrado na Igreja de Santa Maria dal Mercato (atual Igreja de São Domingos) que era onde a família Gentili tinha seu mausoléu. Atualmente seu túmulo continua sendo destino de peregrinos que pedem graças e sua intercessão. Foi muito devoto dela o Cardeal de Bolonha, Próspero Lambertini, depois papa Bento XV.
     Em 15 de janeiro de 1841 Gregório XVI a proclamou beata e estabeleceu sua festa para o 27 de julho, dia posterior ao de seu assassinato.



Martirológio Romano: Em Septémpeda (atual San Severino, Marche), no Piceno, Beata Camila Gentili, martirizada por seu próprio esposo (séc. XIV/XV).

Etimologia: Camilo, -a, do etrusco/latim Camillus: “liberto que servia os sacerdotes no sacrifício; menino nobre deste mister”. Muito contribuiu para a difusão deste nome a figura da virgem guerreira Camila mencionada por Virgílio na obra Eneida.

Fontes:

segunda-feira, 23 de julho de 2018

Beata Maria Mercedes Prat, virgem e mártir – 24 de julho

Martirológio Romano: Em Barcelona, Espanha, Beata Maria Mercedes Prat, da Companhia de Santa Teresa de Jesus, virgem e mártir, que durante a guerra civil espanhola foi condenada à morte por ser religiosa (1936)

     A Madre Mercedes nasceu em Barcelona no dia 6 de março de 1880. Seu pai, João Prat, morreu em 26 de maio de 1895, e sua mãe, Teresa Prat, entregou sua alma ao Senhor um ano depois, em 16 de maio de 1896.
     No Colégio da Companhia de Santa Teresa de Jesus fez sua 1ª Comunhão em 30 de junho de 1890. Um dos ensinamentos das Teresianas que logo assimilou foi a oração, especialmente a prática do famoso “Quarto de Hora de Oração” que inculcava São Henrique de Ossó às jovens da Arquiconfraria a que ela pertencia.
     Mercedes deu logo com entusiasmo adesão à Companhia de Santa Teresa e seu apostolado fundamental: “Para a glória de Deus e para o bem da Religião, não há nada melhor que os Institutos dedicados ao apostolado do ensino. São sumamente necessários”.
     O noviciado abriu-lhe suas portas em 27 de agosto de 1904. Era então superiora geral a Fundadora, Maria Teresa Blanch, e mestra de noviças a Madre Francisca Pla.
     Uma das Irmãs que com ela conviveu definiu Mercedes Prat como “uma teresiana segundo o Coração de Deus”. No dia 1 de março de 1905 Mercedes vestiu o hábito da Companhia, e em 10 de março de 1907 fez os votos temporários e começou sua nova vida de professa no local onde a obediência a destinasse.
     Ela trabalhou no campo da educação em Barcelona até 1909, quando foi enviada para Madrid onde fez seus votos definitivos em 10 de março de 1910. Em 1915 ela estava em Tortosa e foi depois designada para trabalhar na Casa Mãe da Congregação em Barcelona (1920).
     Madre Mercedes se destacava por sua simpatia natural no trato e firmeza de caráter; era equânime e equilibrada nas reações; tinha grande prudência e verdadeira no falar e atuar. Era considerada como uma religiosa exemplar por todas as Irmãs, como manifestou a Irmã Maria Teresa Fernandez, que também conviveu com ela. A Irmã Joaquina Miguel, sua companheira na prisão e no suplício, assegura com encantadora singeleza que ela “era muito boa e muito santa”. Uma das alunas que a conheceu quando ela as entretinha no recreio, disse: “Lembro-me que todas a apreciávamos por sua afabilidade e virtude”.
     Sua irmã Teresa Prat, assegura “que desde pequena foi uma alma entregue a Deus, como irmã mais velha nos falava do céu e do desejo de alcança-lo, incitando os irmãos à elevação de nossas almas a Deus”.
     Mas foi Cristo, atraída especialmente por seu Coração, o grande amor de sua vida. A Irmã Pilar Suárez Inclán disse que ela manifestava com simplicidade seu amor à Pessoa de Cristo em seus mistérios, especialmente em seu Sagrado Coração. Repetia com frequência, quando falava dos perigos da revolução que se expandia na Espanha: “Aconteça o que acontecer, o Coração de Jesus triunfará!
     A situação foi ficando mais crítica nos últimos anos da república, se pressentia o desenlace. Silenciosamente, mas observando os acontecimentos, ela sabia que estavam em perigo, era então vista prolongar suas orações diante do Sacrário. Era dali que lhe vinha aquela confiança ilimitada e, mais tarde, aquela fortaleza exemplar. No mês de julho de 1936, teria a oportunidade de dar testemunho de sua obediência e entrega.
A igreja de Bonanova e o que restou dela
     O Pe. Traveria S.J. acabava de pregar os exercícios espirituais para as religiosas e havia exortado que elas oferecessem o martírio se Deus lhes concedesse esta graça. Mercedes se ofereceu.
     Na manhã de domingo, 19 de julho de 1936, o capelão avisou, desde o Seminário, que se encontrava em meio a um tiroteio ensurdecedor e seria impossível ir rezar a Missa para elas. No fim da tarde, da Casa Mãe da Congregação as religiosas teresianas viam angustiadas ser consumida pelo fogo a igreja da paroquia vizinha, Bonanova.
     A comunidade reunida na capela elevava insistentes orações pela fé na Espanha, atacada com furor satânico pela revolução anticristã. À meia noite rezaram os três Pai Nossos pelas intenções secretas do Fundador. A superiora, Madre Blanch, revelou que São Henrique de Ossó prescrevera estes três Pai Nossos como proteção especial em perigos extremos, tais como os que então se avizinhavam, e concluiu: “Confiemos todas nossas coisas nas mãos de Deus, Ele nos guardará. Que o Senhor nos guarde a todas!”.
     Diante dos acontecimentos, a superiora dispôs que no dia seguinte todas se despojassem de seus hábitos e vestissem roupas seculares. No dia 20, buscou refúgio para as religiosas junto a famílias católicas que haviam oferecido para isto. Algumas aceitaram outras não. A comunidade ficou dispersa numa cidade controlada e aterrorizada pelas patrulhas revolucionárias. Nosso Senhor, entretanto, havia eleito aqueles que iriam render a suprema homenagem de suas vidas. Uma eleita por Ele foi a mais bela rosa da comunidade, a Madre Mercedes Prat do Coração de Jesus, então vice-superiora local e secretária da Madre Geral.
     Ela foi obrigada a se refugiar na casa dos familiares de outra religiosa que ficava no outro extremo da cidade. No dia 23 de julho ela saiu acompanhada da cândida irmã portuguesa Joaquina Miguel, que apenas tartamudeava o castelhano. Pouco depois de sair à rua, por seu aspecto e vestimenta, a patrulha de milicianos as fez parar e perguntou: “Vocês são monjas disfarçadas?”. Madre Mercedes respondeu tranquila: “Sim, somos religiosas”. O chefe da patrulha, apontando-lhes sua pistola exclamou: “Bem, é suficiente”. Mercedes e a Irmã que a acompanhava não o ignoravam. “Vão nos matar, mas vamos lá, obedecerei porque o Senhor o quer”.
     As religiosas foram levadas pelos milicianos à sede do comitê, prenderam-nas no sótão junto com muitos outros detidos, e seguiram-se horas de angústia para as irmãs: interrogatórios, ameaças, simulação de fuzilamento. Foi um longo dia o 23 de julho. Elas começaram a rezar o rosário, primeiro em voz baixa, depois a meia voz e os outros prisioneiros se juntaram a elas. Os carcereiros se alarmaram e as ameaçaram: “Ou vocês se calam, ou metemos o rosário pela boca a golpes de baionetas”.
     Às 21 h, junto com um jovem religioso e duas monjas franciscanas, mais a dona de casa que as havia ocultado, foram obrigadas a subir no caminhão “dos passeios”. Atravessaram a cidade e na estrada da Arrabassada foram alinhadas em frente à vala e as metralharam. As duas caíram juntas, Madre Mercedes ferida no peito e Irmã Joaquina, malferida. Os verdugos se vão e a Irmã Joaquina sente sobre si o sangue de Madre Mercedes, recostando-se junto ao seu ouvido reza as orações preparatórias da boa morte.
     Ao cabo de uma hora, os faróis de outro caminhão brilham na escuridão e este freia seco diante delas. Um homem desceu para inspecionar os cadáveres. Irmã Joaquina permanece imóvel. Madre Prat, não se dando conta do novo visitante, continua invocando: “Jesus, José, Maria, assisti-me em minha última agonia!”. O miliciano tira sua pistola e descarrega o tiro de graça na cabeça da vítima moribunda. E suas últimas palavras foram as do Padre Nosso: “Perdoai-nos como perdoamos...”
     Madre Mercedes faleceu nas primeiras horas do dia 24 de julho de 1936.
     Fez-se o silêncio. Irmã Joaquina compôs as roupas da Madre, cerrou seus olhos, cruzou os seus braços sobre o peito e rezou uma oração sobre o cadáver. Ela a viu como “o anjo da dor”. Arrastando-se como pode, conseguiu chegar ao Consulado de Portugal. O testemunho de Irmã Joaquina Miguel, que sobreviveu milagrosamente, foi fundamental para o processo de beatificação de Maria Mercedes.
     A fama de santidade de Madre Prat se estendeu em Barcelona, especialmente recordada por suas companheiras do instituto religioso e por suas alunas.
     No dia 21 de maio de 1955 seus restos mortais foram depositados em uma urna colocada em um nicho próprio na capela da Casa Mãe da Companhia de Santa Teresa de Jesus em Barcelona, onde são venerados. Ali espera seu corpo a ressurreição.
     Em 29 de abril de 1990 foi beatificada pelo Papa João Paulo II.


Fontes:
https://www.religionenlibertad.com/blog/16743/la-noche-del-23-de-julio-en-barcelona.html
stjteresianas.pcn.net
http://www.msscc.es/

sábado, 21 de julho de 2018

Beatas Catarina do Carmo Caldés Socías e Micaela do Sacramento Rullan Ribot, Religiosas e mártires – 23 de julho

     A Congregação das Franciscanas Filhas da Misericórdia foi fundada em setembro de 1856, em Pina (Mallorca, Espanha), pelo sacerdote Gabriel Mariano Ribas e sua irmã Maria Josefa. Instituição humilde e pobre desde suas origens, tinha como objeto as aldeias da Ilha de Mallorca, e era constituída principalmente de vocações florescentes nos campos da ilha. Após conveniente preparação, as religiosas ou voltavam para o campo, ou iam para as cidades, para servir aos pobres e idosos, cuidar dos doentes em suas casas ou em dispensários, educar as crianças, colaborar nas paroquias, etc. A Congregação esteve sempre vinculada à Ordem Terceira Franciscana, à qual pertencia seus fundadores.
     Na cidade de Barcelona, próximo ao santuário dedicado à Nossa Senhora de Coll, havia um humilde convento de quatro religiosas desta Congregação, todas oriundas de Mallorca. Quando irrompeu a guerra civil espanhola (18 de julho de 1936) ali se encontravam as Irmãs Catarina Caldés e Micaela Rullán.
     As religiosas tinham como tarefa cuidar de crianças e de enfermos, com total desinteresse, subsistindo a obra graças a donativos.
     Irmã Catarina deixou muito boas recordações por todos os lugares que passou. Estava servindo de enfermeira a domicílio quando na rua lhe dirigiram ameaças e gritarias anticlericais. Embora pessoas amigas tivessem oferecido para esconde-la, preferiu reunir-se às suas Irmãs para com elas enfrentar os sofrimentos daqueles momentos inseguros e voltou para o convento vestida de civil.

Beata Catarina do Carmo Caldés Socías
   
  Catarina nasceu no dia 9 de julho de 1899, em Sa Pobla (Mallorca), no seio de uma família de profundas raízes cristãs; era a segunda de quatro filhos dos esposos Miguel Caldés e Catarina Socías. Foi batizada no mesmo dia de seu nascimento na paroquia de Santo Antonio e poucos meses depois recebeu a confirmação. Estudou no colégio das Irmãs Franciscanas Filhas da Misericórdia, fundadas meio século antes em Pina (Mallorca), e continuou em contato com elas até que em 13 de outubro de 1921 vestiu o hábito azul que lhe é característico, professando em 14 de outubro de 1922.
     Seu primeiro destino foi Lloseta (Mallorca) onde ensinou as primeiras letras às crianças e ajudou nas tarefas domésticas. Além de Mallorca, também atuou em Ciutadella (Menorca), onde trabalhou no seminário e dali foi transferida para Barcelona. Decidida e alegre, no convento de Coll passou a cuidar dos doentes e, com ternura maternal, das crianças.
     Segundo testemunhos, Irmã Catarina era notável por sua bondade, humildade e ternura com as crianças.

Beata Micaela do Sacramento Rullán Ribot

    Micaela nasceu na vila de Petra (Mallorca) no dia 24 de novembro de 1903 e recebeu o batismo no dia seguinte. Desde pequena frequentou o jardim da infância que as Irmãs Franciscanas Filhas da Misericórdia tinham na aldeia e sempre teve muito clara sua vocação de dedicar-se aos pequenos, uma maneira de exercer a misericórdia, manifestando desta forma o amor de Deus revelado por Nosso Senhor Jesus Cristo.
     Teve que emigrar para Valencia com seus pais por alguns anos e ao regressar a Palma de Mallorca, novamente passou a frequentar as franciscanas, colaborando na catequese; com suas amigas confeccionava roupas e brinquedos para doar aos mais necessitados. Ao decidir entrar na vida religiosa, teve que enfrentar comentários contrários, aos quais não dava importância. Também não mudou de opinião quando algumas pessoas aconselhavam-na a entrar em outra Congregação de maior ascendência. Escolhia as franciscanas precisamente por sua humildade e simplicidade.
     Em 14 de abril de 1928 ingressou como postulante nas Franciscanas de Pina; depois de um ano de prova, em 16 de outubro de 1929, emitiu a primeira profissão. Pouco depois de fazer sua profissão perpétua, em 16 de outubro de 1935, foi enviada para o convento de Coll. Tanto ao despedir-se de Palma, como ao chegar a Barcelona, Micaela expressou o pressentimento de sua morte próxima.

O martírio
     No dia 20 de julho, dois dias após a revolta contra a república, por volta das 15 horas, um grupo de milicianos anarquistas se apresentou no convento. Diante de suas perguntas, elas se identificaram abertamente, não ocultando nem sua condição religiosa nem sua missão. Depois de divagações, os milicianos levaram as Irmãs Micaela e Catarina para a sede do comitê da FAI (Federação Anarquista Ibérica), onde as mantiveram presas durante três dias. Foram torturadas e receberam um tratamento cruel, vexatório e degradante.
     Então elas foram levadas para uma estrada da periferia, em direção a Tibidabo, e na famosa curva chamada Rabassada, foram fuziladas junto com outras duas religiosas da Companhia de Santa Teresa, Madre Mercedes Prat y Prat, e a Irmã Joaquina Miguel (que se salvou milagrosamente do fuzilamento), além do Irmão Pau Noguera, Missionário dos Sagrados Corações, e da Sra. Prudência Canyelles. Era a tarde do dia 23 de julho de 1936.
     Irmã Micaela morreu no ato, tinha 32 anos. Entretanto, Irmã Catarina ficou gravemente ferida e durante a noite, com grandes esforços, pode bater na porta de uma casa conhecida, pedindo-lhes um copo de água. Eles lhe deram um copo de leite e uma cadeira para se sentar no jardim, porque, por medo de represálias, não a deixaram entrar na casa. Esta família chamou um parente miliciano para que a acompanhasse ao hospital para curá-la. Na verdade, ele ia leva-la, mas na estrada para o Vall de Hebron os milicianos deram cabo de sua vida. Irmã Catarina tinha 37 anos de idade.
Beatificação
     Mons. Joan Pons I Payeras, atual reitor da Igreja de San Antoni Abat de La Puebla e biógrafo da Irmã, foi o promotor da beatificação de Irmã Catarina do Carmo Caldés. Em 28 de outubro de 2007, foi proclamada beata da Igreja Católica pelo Papa Bento XVI, junto com a Irmã Micaela do Sacramento.

https://es.wikipedia.org/wiki/Catalina_del_Carme_Caldés_Socias

quinta-feira, 19 de julho de 2018

Santa Margarida, virgem e mártir - 20 de julho

 
   O culto a Margarida começou em 304 d.C. no Leste Europeu e se estendeu pela França, Inglaterra e Alemanha, tornando-se uma das mais populares mártires da Idade Média. Ela consta dos 14 Santos Auxiliares (honrados como um grupo no dia 8 de agosto) e é uma das santas que falaram com Santa Joana d’Arc, e sendo venerada pela eficácia do seu poder, isto contribuiu para a sua popularidade.
     A tradição diz que ela era uma jovem virgem da Antioquia, Pisidia, Ásia Menor, hoje Turquia, martirizada sob o imperador Diocleciano.
     Os martirologistas afirmam que nada na sua "Ata de Martírio" feita pelo escriba Teotimo, que depois se converteu, tenha sido forjado. Ela também consta da famosa Legenda Áurea escrita pelo Bispo de Gênova, Tiago de Varazze, por volta do ano 1260.
     De acordo com a Ata de seu Martírio, ela era filha de um sacerdote pagão da Antioquia, mas foi criada por uma ama cristã, pois sua mãe falecera quando era ainda pequenina. Se converteu ao Cristianismo, foi batizada e expulsa de casa pelo seu pai. Ela tornou-se uma pastora de um rebanho de ovelhas, mas era muito bela e admirada pelo prefeito Olibrio que a queria como esposa, ou como amante, mas ela o recusou.
     Ele, por vingança, a denunciou ao tribunal que a acusou de ser cristã. Ela foi torturada para renunciar a sua fé e oferecer sacrifícios aos deuses pagãos, mas como permaneceu firme na sua Fé em Nosso Senhor Jesus Cristo, foi atirada no calabouço para ser martirizada em seguida.
     No dia seguinte eles tentaram matá-la em um grande caldeirão com água e depois com óleo fervendo, mas ela cantava hinos a Jesus e nenhuma queimadura ou dor era sentida por ela. Como tivessem falhado diante de milhares de espectadores, que segundo a tradição foram convertidos ao cristianismo, o procônsul encarregado do martírio ordenou que ela fosse decapitada.
     Diz a tradição que o seu executor caiu morto ao seu lado. Também é dito que quando Margarida estava na prisão o demônio apareceu em forma de um dragão que a engoliu, mas como ela segurava uma cruz esta irritou o estômago do dragão que a expeliu ainda viva.
     Ora, curiosamente, num momento atípico de ceticismo, a própria Legenda Aurea descreve este último incidente como "apócrifo e que não deve ser levado a sério". (trans. Ryan, 1.369) Seja isto verdade ou não, Margarida é então condenada à morte no ano de 304. A sua legenda, descrita pelos Cruzados diz que morreu decapitada.
     Após sua morte o seu corpo foi reclamado por Teotimo e enterrado por uma viúva nobre.
     As suas relíquias teriam sido roubadas de Antioquia em 980 e trazidas para San Pedro della Valle e daí trasladadas para Montefiascone, Itália, em 1145. Algumas de suas relíquias foram levadas para Veneza em 1213. Várias outras cidades da Europa afirmam terem parte de suas relíquias em suas catedrais. O braço de Santa Margarida encontra-se no Monte Aros no Mosteiro de Vatopelo.
     Tem sido, de igual modo, identificada com Santa Pelagia – sendo "Marina" o equivalente latino ao nome grego "Pelagia" – a qual, segundo a lenda, também se chamava Margarida. Não possuímos documentos históricos que distingam uma da outra. A "Marina" grega é natural de Antioquia, na Síria (em oposição a Antioquia da Pisidia. Todavia, no mundo ocidental perdeu-se a distinção entre os dois locais homônimos.
Iluminura de Jean Fouquet representando Margarida pastora e Olibrio
     Sendo reconhecida como santa pela Igreja Católica, a sua festa litúrgica foi colocada no Martirológio Romano a 20 de julho. Do século XII ao século XX, ela foi incluída entre os santos celebrados onde quer que se celebrasse o rito romano.
     Na arte litúrgica ela é representada carregando uma cruz ou pisando em um dragão, ou emergindo de sua boca, ou espetando o dragão com uma lança com uma cruz na ponta.
     Ela é invocada pelas mulheres grávidas e pelas pessoas com problemas de estômago, provavelmente por ter sido engolida por um dragão e devolvida inteira, e ainda porque ela tem a reputação de ter prometido às mulheres que a invocassem que elas teriam um parto sem problemas; ela também teria prometido àqueles que a invocassem na agonia da morte que escapariam do demônio.
     Sua festa é celebrada no dia 20 de julho. 


https://pt.wikipedia.org/wiki/Margarida_de_Antioquia

Etimologia: Margarida tem origem no nome latino margarita, vindo do grego margarítes, que quer dizer literalmente “pérola”.

domingo, 15 de julho de 2018

Nossa Senhora do Carmo – 16 de julho

    
     O Monte Carmelo fica na Terra Santa e seu nome, em hebraico, significa “carmo” = vinha; e “elo” = senhor; portanto, “Vinha do Senhor”. Ele é considerado sagrado desde tempos imemoriais (cf. Is 33,9; 35,2; Mq 7,14), mas se tornou particularmente célebre pelas ações do profeta Santo Elias (1 Rs 18), que ali defendeu a fé do povo escolhido diante dos assédios pagãos. Santo Elias permaneceu no Monte Carmelo, com seus discípulos, vivendo de maneira contemplativa como eremitas. Santos Elias e Eliseu tornaram o lugar cenário de um dos acontecimentos mais importantes do Antigo Testamento.
     A vida de oração dos discípulos de Santo Elias inspirou, centenas de anos depois, já no século XI da nossa era, a fundação de uma ordem religiosa chamada originalmente Ordem dos Irmãos da Bem-Aventurada Virgem Maria do Monte Carmelo, ou, abreviando, Ordem do Carmo. Eles construíram, no meio de seus eremitérios, uma Capela que dedicaram à Santíssima Virgem.
     Tempos depois, expulsos do Monte Carmelo pelos muçulmanos, os Carmelitas se espalharam por várias regiões da Europa, onde passaram por grandes dificuldades. Os frades carmelitas encontravam forte resistência de outras ordens religiosas para a sua inserção. Eram hostilizados e até satirizados por sua maneira de se vestir.
     No século XIII, um dos superiores gerais da Ordem foi São Simão Stock, homem de fé e grande devoto de Nossa Senhora. No dia 16 de julho de 1251, quando rezava em seu convento de Cambridge, na Inglaterra, São Simão pediu a Nossa Senhora um sinal de sua proteção que fosse visível também para os seus adversários. Teve então a visão em que Nossa Senhora lhe entrega o escapulário, com a promessa:
     Recebe, filho amado, este escapulário. Todo o que com ele morrer, não padecerá a perdição no fogo eterno. Ele é sinal de salvação, defesa nos perigos, aliança de paz e pacto sempiterno”.
     Depois desse episódio, os Carmelitas ficaram conhecidos como uma das maiores Ordens Religiosas da Igreja Católica. A ordem dos Carmelitas proveu para o mundo muitos santos importantes da história como: Santa Teresa d’Ávila, Santa Teresinha do Menino Jesus, São João da Cruz e inúmeros outros. 
     Desde o século XV, a devoção popular a Nossa Senhora do Carmo está centrada em seu escapulário, também conhecido como escapulário marrom, um sacramental associado às promessas de ajuda feitas por Maria Santíssima à São Simão Stock para a salvação do devoto portador.
     O escapulário era o avental usado pelos monges durante o trabalho para não sujar a túnica. Colocado sobre as escápulas (ombros), é uma peça do hábito que ainda hoje todo Carmelita usa. Estabeleceu-se também o escapulário reduzido para ser dado aos fiéis leigos, após a visão de São Simão Stock. Dessa forma, quem o usasse poderia participar da espiritualidade do Carmelo e das grandes graças que a ele estão ligadas.
Os grandes privilégios do Escapulário
     Uma das promessas de Nossa Senhora do Carmo a São Simão Stock se refere ao "privilégio sabatino", que consiste que aquele que morrer usando o escapulário, cumprindo algumas condições, sairá do Purgatório no primeiro sábado após sua morte. A condição para lucrar o "privilégio sabatino" é guardar a castidade segundo seu estado de vida e rezar a penitência imposta pelo sacerdote na recepção do escapulário ou o ofício da Virgem Maria. Porém, a promessa principal do escapulário consiste na própria salvação eterna: "Quem morrer com o Escapulário não padecerá o fogo do inferno".
     Não obstante, para beneficiar-se deste privilégio a Igreja ensina que é necessário usar o Escapulário com reta intenção. Neste caso, se na hora da morte a pessoa estiver em estado de pecado mortal, Nossa Senhora providenciará, de alguma forma, que essa pessoa moribunda se arrependa e receba os Sacramentos.
     A Igreja Católica esclarece que o Escapulário não é um sinal "mágico" de salvação. Não é uma espécie de amuleto cujo uso dispensa os fiéis das exigências da vida cristã. Não basta, portanto, carregá-lo ao pescoço e dizer: "Estou salvo!”
     Quem usa o Escapulário pode beneficiar-se também de indulgência plenária (remissão de todas as penas do Purgatório) no dia em que o recebe, na festa de Nossa Senhora do Carmo, 16 de julho; do Santo e Profeta Elias, 20 de julho; de Santa Teresinha do Menino Jesus, 1º de outubro; dos santos carmelitas, 14 de novembro; de São João da Cruz, 14 de dezembro; de São Simão Stock, 16 de maio.
     A festa litúrgica de Nossa Senhora do Carmo foi celebrada, pela primeira vez, na Inglaterra, no final do século XIV. O objetivo era agradecer a Maria pelos benefícios concedidos nos tempos de dificuldades dos primeiros anos da Ordem do Carmo. O poema Flor do Carmelo (Flos Carmeli em latim) aparece como a sequência para esta Missa. O dia escolhida foi 17 de julho, entretanto, no continente europeu esta data conflitava com a festa de Santo Aleixo de Roma, o que exigiu uma mudança para o dia 16 de julho, que continua a ser, até hoje, a data da festa de Nossa Senhora do Carmo em toda a Igreja Católica.
Alguns milagres atribuídos a Nossa Senhora do Carmo
     Nossa Senhora do Carmo apareceu na vila de Acquafondata, Itália, em 16 de julho de 1841. Hoje, um pequeno santuário se eleva no local do milagre.
     Em Palmi, Itália, em 16 de novembro de cada ano é comemorado o terremoto de 1894, que teve o seu epicentro na cidade e no qual ocorreu um evento definido como o "milagre da Nossa Senhora do Carmo". Segundo a tradição, os fiéis viram a estátua da Nossa Senhora do Carmo, durante 17 dias, com movimento dos olhos e mudança da coloração da face. A imprensa local e nacional noticiou o evento e na noite de 16 de novembro, os fiéis improvisaram uma procissão pelas ruas.
     Quando a procissão chegou ao fim da cidade, um violento terremoto sacudiu todo o distrito de Palmi, arruinando a maioria das casas em seu caminho, mas apenas vitimou 9 pessoas, numa população de cerca de 15.000, isto porque quase toda a população estava na rua assistindo ou participando na procissão. Anualmente, incluindo a queima de fogos de artifício, luzes e barracas, é celebrada a procissão da imagem de Nossa Senhora pelas mesmas ruas que andou em 1894. A Igreja Católica reconheceu oficialmente o milagre, coroando a estátua de 16 de novembro de 1896, como resultado do decreto emitido pelo Vaticano em 22 de setembro de 1895.


Santa Valentina, mártir em Cesareia da Palestina – 15 de julho

   
     O culto à Santa Valentina é baseado principalmente no fato de que na primeira metade do século XIX foram encontrados vários restos mortais nas Catacumbas, entre os quais os desta santa.
     Mons. De Coissigny, vigário geral de Nevers, obteve a relíquia de Santa Valentina do cardeal vigário do Papa Gregório XVI. Atualmente a relíquia se encontra custodiada pelas religiosas da Caridade e da Instrução Cristã de Nevers. Com o decreto de 28 de maio de 1852, Mons. Dufetre, Bispo de Nevers, fixou a festa de Santa Valentina no dia 15 de julho.
     Há no Martirológio Romano um relato informando que em 308 os santos Valentina, Téa e Paulo foram martirizados na mesma perseguição sob o prefeito Firmiliano.
     A virgem Valentina, levada diante do altar para ali sacrificar aos deuses pagãos, o derrubou com um pontapé, o que resultou num cruel tormento; foi torturada e lançada no fogo com a virgem Téa. Desta forma ela foi ao encontro de seu Divino Esposo.
     Paulo, condenado à morte, pediu algum tempo para rezar. Ele recomendou à Deus, com grande compulsão, seus concidadãos, os juízes e os pagãos, rogando que eles reconhecessem a verdade da fé, tanto a multidão que o cercava, como o juiz que o havia condenado e o carrasco que o devia executar. Depois disto, ele foi decapitado e recebeu assim a coroa eterna.


Etimologia: Valentino (a), do latim Valens, Valentis: “valente, forte, robusto”.
Téa, do grego Theia, o mesmo que Théa: “deusa, diva, divina”. É também abreviatura de Doroteia. Santa virgem, mártir, século IV, celebrada no dia 25 de julho. Variação: Teia.