terça-feira, 6 de agosto de 2013

Santa Afra, Mártir - 7 de agosto

    
     A existência e o martírio de Afra são historicamente comprovados; o Martirológio Geronimiano lhes dá testemunho, pois se baseia em uma notícia tomada, ao que parece, de um calendário milanês do século V (7 de agosto, com antecipação a 5 do mesmo mês). Venâncio Fortunato visitou seu túmulo em 565 (Vita S. Martini, IV, p. 640-643).
     A vida preservada em duas versões, a primeira das quais é a mais curta e mais antiga, e a Conversio, são atribuídas ao século VII; ambas são em grande parte lendárias.
     De acordo com a vida mais antiga, Afra era uma cortesã que se converteu ao Cristianismo e foi martirizada.
      De acordo com a Conversio, o Bispo Narciso conquistou a cortesã Afra para o Cristianismo e a batizou juntamente com sua mãe, Hilária, e suas criadas. Durante a perseguição de Diocleciano, Afra foi presa e condenada à fogueira. “Os meus pecados são demais para agora lhes juntar este (sacrificar aos deuses). O meu martírio servirá de batismo. Deus seja louvado por me dar esta graça”. Estas teriam sido as palavras de Afra ao obrigarem-na a sacrificar aos deuses.
     Seu martírio ocorreu em Augsburgo, na Baviera, no ano de 304.
     Nos calendários antigos de Augusta (de 1010, 1050 e 1100) Afra aparece como uma virgem. O seu corpo é venerado em Augusta, na antiquissima Igreja dos Santos Ulrico e Afra.
     Santa Hilaria, mãe de Afra, havia consagrado a filha a Vênus, o que significava que a destinava à prostituição. De acordo com o Conversio Sant'Afrae, converteu-se e foi batizada por Narciso. Segundo a paixão mais recente, ela enterrou o corpo da filha, juntamente com suas servas Degna, Eumenia e Euprepia. Recusando-se a se afastar do túmulo de Afra e a renunciar ao Cristianismo, foi queimada viva.

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