sábado, 29 de outubro de 2011

Beata Benvinda Boiani, Virgem dominicana - 30 de outubro

     Era o mês de maio de 1255, na cidade de Cividale del Friuli, Itália. Um pai esperava ansioso que a sétima criança a nascer fosse um menino, pois já eram seis as filhas que tinha. Mas, diante da chegada de uma sétima menina, bom católico que era, exclamou: “Esta também é benvinda!”. E depois deste ato de fé decidiu que o nome da criança seria Benvinda.
     Este piedoso pai haveria de se alegrar sempre mais com esta filha que foi uma verdadeira bênção, pois parecia mais do céu do que da terra. Nada de transitório a atraia e as irmãs jamais conseguiram induzi-la às vaidades humanas.
     Guiada somente por seu fervor e pela inexperiência da juventude, entregou-se a penitências extraordinárias. São Domingos lhe apareceu reprovando-a severamente por seus rigores indiscretos e lhe ordenando que se colocasse sob a régia via da obediência. Ele mesmo indicou o santo dominicano sob cuja direção ela deveria passar toda a vida.
     Após receber o hábito da Ordem Terceira da Penitência de São Domingos, imitou nas vigílias e nos jejuns os religiosos da Ordem. Tendo adoecido gravemente, como resultado de tantas penitências, foi curada pelo glorioso Patriarca Domingos depois de cinco anos de sofrimentos. Benvinda então visitou o túmulo de São Domingos em Bologna.
Igreja da Assunção de Na Sra em Cividale
     Benvinda permaneceu sempre em família, vivendo apartada e humilde. Os poucos anos de vida que lhe restaram ela os passou na contemplação e no sacrifício de si mesma. Foi atormentada de todos os modos pelo demônio; por outro lado, gozou também de favores celestes: muitas foram as aparições de Nossa Senhora, belas e sempre ricas de símbolos.
     Aos confrades e às irmãs da Ordem Terceira, e sobretudo ao povo, a sua breve vida foi luz e exemplo admiráveis.
     Benvinda morreu aos 38 anos, em 30 de outubro de 1292, na sua cidade natal de Cividale. Foi sepultada na igreja local dos dominicanos e seu corpo não foi encontrado. Logo foi objeto de veneração e de um culto popular.
     O Papa Clemente XIII confirmou seu culto e deu-lhe o título de Beata em 6 de fevereiro de 1765.

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