“Unsere Liebe Frau mit dem Geneigten
Haupt!” (Nossa Senhora com a cabeça inclinada). Assim é conhecido em toda
Áustria o quadro milagroso encontrado em Roma (1610) pelo carmelita descalço,
venerável Frei Domingos de Jesus, em meio a escombros de uma casa abandonada.
Ele estava olhando uma velha casa em ruínas que ele queria converter em um mosteiro carmelita. Frei Domingos contornou a casa e passou por uma pilha de escombros, mas não prestou atenção. Mas quando ele entrou na casa e começou a olhar os cômodos, de repente sentiu vontade de voltar para aos escombros. Ali seus olhos caíram sobre uma velha pintura a óleo da Santíssima Virgem Maria!
Ele ficou chocado! “Quem jogaria uma bela imagem de Nossa Senhora no meio de escombros?”, questionou. Então Frei Domingos se desculpou com Maria: “Lamento, querida mãe, que alguém tenha tratado sua imagem de maneira tão terrível. Vou levá-la de volta ao mosteiro comigo e restaurá-la, e vou prestar-lhe a homenagem que Vós mereceis”.
No mosteiro, Frei Domingos limpou a imagem e restaurou as partes danificadas. Agora ele poderia pendurar o quadro em sua cela e dar a devoção e a atenção que Maria Santíssima merecia. Ele rezou a Nossa Senhora com grande confiança, pedindo-lhe muitas graças e bênçãos.
Primeiro milagre
Uma noite, quando acabava de varrer a cela, Frei Domingos notou que a imagem de Nossa Senhora tinha um pouco de poeira. Tirando o lenço, começou a tirar o pó da imagem, dizendo: “Ó mais pura e sagrada das Virgens, nada no mundo inteiro é digno de tocar a tua santa face. Querida Mãe, só tenho este lenço velho e grosseiro e imploro-te para, por favor, aceitar minha boa vontade em espanar tua imagem”.
Frei Domingos continuou tirando o pó da imagem de Maria, quando de repente o rosto de Nossa Senhora ganhou vida! Ela sorriu para o santo sacerdote e inclinou a cabeça em sinal de agradecimento, permanecendo nessa posição. Domingos temia que o que estava vendo fosse um truque do diabo. Mas Nossa Senhora esclareceu suas dúvidas dizendo: “Não temas, meu filho, pois seu pedido foi atendido! (Domingos já havia solicitado um favor a Ela) Sua oração será atendida e fará parte da recompensa que você receberá pelo amor que você tem por meu Filho Jesus e por mim. Agora, Domingos, quero que você me pergunte com toda a confiança que favor você gostaria que eu lhe desse”.
O santo monge então caiu de joelhos. “Ó minha querida Mãe, eu me ofereço inteiramente a Vós e ao vosso querido Filho Jesus, e desejo fazer qualquer coisa que Vós e Jesus me peçam. Ó, minha Senhora, eu sei que a alma de um benfeitor está sofrendo no Purgatório ... Vós poderíeis, por favor, ter a gentileza de livrar esta alma do fogo do Purgatório?”
“Domingos, meu filho”, disse Nossa Senhora, “eu livrarei esta alma do Purgatório, se você fizer muitos sacrifícios e mandar oferecer muitas missas por esta alma”. Então a aparição de Maria desapareceu.
O bom frei apressou-se em fazer o que Nossa Senhora havia pedido. Algum tempo depois, Maria apareceu para ele novamente, mas desta vez Ela apareceu com a alma do benfeitor a quem Ela havia libertado do Purgatório. O benfeitor agradeceu: “Obrigado, Frei Domingos, por ajudar a libertar minha alma do fogo do Purgatório com suas orações e sacrifícios”.
“Domingos”, falou Nossa Senhora, “eu gostaria que você me pedisse mais favores e bênçãos. Eu sou a Mãe de Deus e tenho prazer em ajudar meus filhos a obter graças para sua salvação”.
Frei Domingos pensou por um momento e então falou: “Querida Mãe, faça o favor de ouvir misericordiosamente as orações de todos aqueles que honram sua imagem e pedem sua ajuda”.
Nossa Senhora respondeu: “Todos aqueles que pedirem minha proteção e honrarem esta imagem com devoção obterão resposta às suas orações e receberão muitas graças. Além disso, darei atenção especial às orações que me são oferecidas para o alívio das almas do Purgatório”.
A visão de Nossa Senhora logo desapareceu e Frei Domingos pensou que deveria mandar a imagem sagrada para uma igreja onde o povo pudesse honrá-la. Ele então pegou o quadro e o colocou no Oratório de São Carlos, que era anexo à Igreja de Santa Maria della Scala. Muitas pessoas iam rezar diante da imagem de Nossa Senhora e ela se tornou fonte de muitas graças e bênçãos. A santa imagem permaneceu no Oratório até a morte de Domingos, que ocorreu em Viena, em 16 de fevereiro de 1630. Algumas cópias da imagem milagrosa foram pintadas e logo foram homenageadas em muitos lugares.
O quadro chega a Viena
Tendo-se tornado conselheiro de Fernando II (1629–1630), Imperador do Sacro Império, Frei Domingos passou a residir em Viena, onde faleceu em 16 de fevereiro de 1630. Enterrado na igreja dos carmelitas de Leopoldstadt, próxima do centro, seu corpo foi transferido para o mosteiro carmelita de Döbling, bairro mais afastado.
Frei Domingos contou ao imperador a história do quadro e dos milagres operados pela intercessão de Nossa Senhora com a Cabeça Inclinada — como a devoção tornou-se doravante conhecida. O soberano pediu à Ordem do Carmo – da qual era grande benfeitor – que o quadro fosse enviado a Viena, o que realmente aconteceu um ano após a morte do religioso. Passou então a ser venerado na capela do Hofburg, o palácio imperial, e tanto Fernando II como sua piedosa esposa Eleonora lhe tinham profunda e terna devoção.
O Ir. Anastácio de São Francisco foi escolhido para levar a imagem sagrada. Ele tinha sido companheiro de viagem de Frei Domingos por mais de 15 anos. Em 7 de agosto de 1631, o Ir. Anastácio também escreveu e assinou um documento especial contando todas as coisas que Frei Domingos lhe havia contado sobre a imagem milagrosa e todos os milagres relacionados a ela.
Em uma nova manifestação milagrosa, a Santíssima Virgem prometeu ao imperador: “Eu protegerei sempre a Casa d’Áustria com minha intercessão junto a Deus e a elevarei em seu poder enquanto ela permanecer piedosa e me for devotada”. Alguns historiadores contam que esta revelação foi feita pela Mãe de Deus ao imperador quando este consagrou a Casa d’Áustria e seu império à Imaculada Conceição, em cuja homenagem mandou erigir um grande monumento que ainda hoje pode ser visto na praça Am Hof, na capital austríaca.
Ele estava olhando uma velha casa em ruínas que ele queria converter em um mosteiro carmelita. Frei Domingos contornou a casa e passou por uma pilha de escombros, mas não prestou atenção. Mas quando ele entrou na casa e começou a olhar os cômodos, de repente sentiu vontade de voltar para aos escombros. Ali seus olhos caíram sobre uma velha pintura a óleo da Santíssima Virgem Maria!
Ele ficou chocado! “Quem jogaria uma bela imagem de Nossa Senhora no meio de escombros?”, questionou. Então Frei Domingos se desculpou com Maria: “Lamento, querida mãe, que alguém tenha tratado sua imagem de maneira tão terrível. Vou levá-la de volta ao mosteiro comigo e restaurá-la, e vou prestar-lhe a homenagem que Vós mereceis”.
No mosteiro, Frei Domingos limpou a imagem e restaurou as partes danificadas. Agora ele poderia pendurar o quadro em sua cela e dar a devoção e a atenção que Maria Santíssima merecia. Ele rezou a Nossa Senhora com grande confiança, pedindo-lhe muitas graças e bênçãos.
Primeiro milagre
Uma noite, quando acabava de varrer a cela, Frei Domingos notou que a imagem de Nossa Senhora tinha um pouco de poeira. Tirando o lenço, começou a tirar o pó da imagem, dizendo: “Ó mais pura e sagrada das Virgens, nada no mundo inteiro é digno de tocar a tua santa face. Querida Mãe, só tenho este lenço velho e grosseiro e imploro-te para, por favor, aceitar minha boa vontade em espanar tua imagem”.
Frei Domingos continuou tirando o pó da imagem de Maria, quando de repente o rosto de Nossa Senhora ganhou vida! Ela sorriu para o santo sacerdote e inclinou a cabeça em sinal de agradecimento, permanecendo nessa posição. Domingos temia que o que estava vendo fosse um truque do diabo. Mas Nossa Senhora esclareceu suas dúvidas dizendo: “Não temas, meu filho, pois seu pedido foi atendido! (Domingos já havia solicitado um favor a Ela) Sua oração será atendida e fará parte da recompensa que você receberá pelo amor que você tem por meu Filho Jesus e por mim. Agora, Domingos, quero que você me pergunte com toda a confiança que favor você gostaria que eu lhe desse”.
O santo monge então caiu de joelhos. “Ó minha querida Mãe, eu me ofereço inteiramente a Vós e ao vosso querido Filho Jesus, e desejo fazer qualquer coisa que Vós e Jesus me peçam. Ó, minha Senhora, eu sei que a alma de um benfeitor está sofrendo no Purgatório ... Vós poderíeis, por favor, ter a gentileza de livrar esta alma do fogo do Purgatório?”
“Domingos, meu filho”, disse Nossa Senhora, “eu livrarei esta alma do Purgatório, se você fizer muitos sacrifícios e mandar oferecer muitas missas por esta alma”. Então a aparição de Maria desapareceu.
O bom frei apressou-se em fazer o que Nossa Senhora havia pedido. Algum tempo depois, Maria apareceu para ele novamente, mas desta vez Ela apareceu com a alma do benfeitor a quem Ela havia libertado do Purgatório. O benfeitor agradeceu: “Obrigado, Frei Domingos, por ajudar a libertar minha alma do fogo do Purgatório com suas orações e sacrifícios”.
“Domingos”, falou Nossa Senhora, “eu gostaria que você me pedisse mais favores e bênçãos. Eu sou a Mãe de Deus e tenho prazer em ajudar meus filhos a obter graças para sua salvação”.
Frei Domingos pensou por um momento e então falou: “Querida Mãe, faça o favor de ouvir misericordiosamente as orações de todos aqueles que honram sua imagem e pedem sua ajuda”.
Nossa Senhora respondeu: “Todos aqueles que pedirem minha proteção e honrarem esta imagem com devoção obterão resposta às suas orações e receberão muitas graças. Além disso, darei atenção especial às orações que me são oferecidas para o alívio das almas do Purgatório”.
A visão de Nossa Senhora logo desapareceu e Frei Domingos pensou que deveria mandar a imagem sagrada para uma igreja onde o povo pudesse honrá-la. Ele então pegou o quadro e o colocou no Oratório de São Carlos, que era anexo à Igreja de Santa Maria della Scala. Muitas pessoas iam rezar diante da imagem de Nossa Senhora e ela se tornou fonte de muitas graças e bênçãos. A santa imagem permaneceu no Oratório até a morte de Domingos, que ocorreu em Viena, em 16 de fevereiro de 1630. Algumas cópias da imagem milagrosa foram pintadas e logo foram homenageadas em muitos lugares.
O quadro chega a Viena
Tendo-se tornado conselheiro de Fernando II (1629–1630), Imperador do Sacro Império, Frei Domingos passou a residir em Viena, onde faleceu em 16 de fevereiro de 1630. Enterrado na igreja dos carmelitas de Leopoldstadt, próxima do centro, seu corpo foi transferido para o mosteiro carmelita de Döbling, bairro mais afastado.
Frei Domingos contou ao imperador a história do quadro e dos milagres operados pela intercessão de Nossa Senhora com a Cabeça Inclinada — como a devoção tornou-se doravante conhecida. O soberano pediu à Ordem do Carmo – da qual era grande benfeitor – que o quadro fosse enviado a Viena, o que realmente aconteceu um ano após a morte do religioso. Passou então a ser venerado na capela do Hofburg, o palácio imperial, e tanto Fernando II como sua piedosa esposa Eleonora lhe tinham profunda e terna devoção.
O Ir. Anastácio de São Francisco foi escolhido para levar a imagem sagrada. Ele tinha sido companheiro de viagem de Frei Domingos por mais de 15 anos. Em 7 de agosto de 1631, o Ir. Anastácio também escreveu e assinou um documento especial contando todas as coisas que Frei Domingos lhe havia contado sobre a imagem milagrosa e todos os milagres relacionados a ela.
Em uma nova manifestação milagrosa, a Santíssima Virgem prometeu ao imperador: “Eu protegerei sempre a Casa d’Áustria com minha intercessão junto a Deus e a elevarei em seu poder enquanto ela permanecer piedosa e me for devotada”. Alguns historiadores contam que esta revelação foi feita pela Mãe de Deus ao imperador quando este consagrou a Casa d’Áustria e seu império à Imaculada Conceição, em cuja homenagem mandou erigir um grande monumento que ainda hoje pode ser visto na praça Am Hof, na capital austríaca.
Quando o imperador morreu, a imperatriz Eleanor ingressou no convento das carmelitas que ela e o marido fundaram em Viena. A imagem milagrosa de Nossa Senhora também foi transferida para o convento, e Eleonora colocou-a na capela, sobre o altar-mor.
Após a morte da imperatriz Eleonora, ocorrida em 1655, o quadro foi levado para a igreja dos carmelitas em Leopolstadt, ali permanecendo até 1901. Foi então transferido para o novo convento da Ordem em Döbling, onde se encontra atualmente. Essa devoção acompanhou e confortou a Imperatriz Zita (1892-1989) em todas as suas viagens e fases da vida.
Durante as duas guerras mundiais, essa devoção foi de enorme alento para os austríacos. O povo afluía constantemente e em grande número ao Santuário de Döbling. Em três ocasiões, durante a primeira guerra, o quadro foi levado em procissão por aproximadamente 50 mil fiéis até a catedral de Santo Estêvão.
Em 27 de setembro de 1931 foi solenemente coroada pelo Papa Pio XI em seu 300º aniversário de chegada a Viena.
Venerável Domingos de Jesus e Maria
Nascido na Espanha em 16 de maio de 1559 e batizado com o nome de Domingos Ruzzola, entrou cedo para a Ordem dos Carmelitas Descalços, reformada recentemente pela grande Santa Teresa. Dotado de dons proféticos, curou doentes e chegou até a ressuscitar mortos. Favorecido pelo discernimento dos espíritos, lia as consciências. Os Papas Clemente VIII, Paulo V, Gregório XV e Urbano VIII convocaram-no para Consistórios e o consultavam com frequência sobre importantes problemas da Igreja.
Em 1620, na Boêmia, por ocasião da Guerra dos Trinta Anos, o venerável Frei Domingos desempenhou, juntamente com Maximiliano, duque da Baviera, o conde Charles Bonaventure de Longueval e o conde de Bucquoy, atuação semelhante à do célebre Frei Marco d’Avino no cerco de Viena de 1683: coligou as forças católicas e assistiu aos soldados em suas necessidades, inspirando-lhes as virtudes cristãs e a coragem na luta. Deu também larga contribuição para a importante vitória da Liga Católica na batalha de Weissen Berg, perto de Praga, e previu a morte de Gustavo Adolfo II – o rei da Suécia que assolou a Europa de 1630 a 1632, infligindo grandes reveses aos católicos e tratando os vencidos com extrema crueldade.
Pe. Domingos foi declarado Venerável por São Pio X, em 1907.
Fontes:
https://www.salvemariaregina.info/MarianShrines/BowedHead.html
http://catolicismo.com.br/
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