sábado, 9 de fevereiro de 2013

Santa Heloisa (Elisa, Helvisa), viúva e reclusa - 11 de fevereiro


Ruínas da Abadia de Coulombs
     Heloisa etimologicamente significa "guerreira ilustre", proveniente de Ludwig (masculino) na língua alemã, como Luís, do qual é o feminino, derivado do franco Chlodowech (Clodoveo); no inglês é Lewis, no italiano Luigi, no latim Helvisa.
     Pertencente a uma família nobre francesa, Heloisa foi esposa do Conde Ugo de Meulan, chamado o "Cabeça de ursa", do qual entretanto bem cedo ficou viúva.
     Religiosíssima e de grande piedade, doou uma considerável parte dos bens herdados do esposo à abadia beneditina de Notre-Dame de Coulombs (perto de Nogent-le-Roi, na diocese de Chartres). O abade Berengário recebeu dela em 1033 as duas igrejas paroquiais de Lainville e de Montreuil-sur-Epte, com as rendas respectivas e metade das terras anexas, como resultado do ato de cessão confirmado naquele mesmo ano pelo Conde Galerano de Meulan, o qual tinha aquelas igrejas como feudo.
     Tendo também perdido o segundo marido, Heloisa decidiu renunciar ao mundo para sempre, resolvendo levar uma vida religiosa na mesma Abadia de Coulombs, para a qual doou, sem levar em conta a herança para seus próprios familiares, filhos de seu irmão Erluino, as terras e a igreja de Anthieux, na diocese de Evreux. O Duque da Normancia, Guilherme, confirmou a possessão daquelas terras aos monges somente em 1066, quando os bens foram restituídos à abadia de Ricardo, sobrinho de Heloisa, que as havia reivindicado depois da morte da tia, ocupando-as a força.
     Heloisa mandou construir uma pequena habitação junto à igreja da Abadia de Coulombs, onde se recolheu para sempre, vivendo santamente e permanecendo ali até o dia da sua morte, ocorrida antes de 1060, com a fama de santidade.
     Mabillon indica o 10 de fevereiro, festa de Santa Escolástica, como o dia do seu feliz trânsito, que foi na realidade em 8 de janeiro, como claramente se pode verificar no obituário da Catedral de Chartres, onde se pode ler: "VI idus Januarii. Obiit Helvisa santissime memorie reclusa".
     Já no século XVII se perdera qualquer traço do túmulo de Santa Heloisa, da qual, todavia, se conservava ainda o crâneo entre as outras relíquias protegidas no tesouro da abadia. A sua festa é celebrada em 11 de fevereiro. 

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