domingo, 14 de abril de 2013

Beata Isabel Calduch Rovira, Mártir da Guerra Civil - 14 de abril

     Isabel (Josefina) nasceu em Alcalá de Chivert, diocese de Tortosa e província de Castellón de la Plana, em 9 de maio de 1882. Seus pais, Francisco Calduch Roures e Amparo Rovira Martí, tiveram cinco filhos, a última dos quais foi Isabel. Os que conviveram com ela dizem: “Durante sua infância viveu em um ambiente muito católico. Exercitou naquele tempo a caridade para com os necessitados. Com uma amiga, ela levava comida para uma anciã e a ajudava também no asseio pessoal e da casa”.
     Durante a juventude relacionou-se com um jovem da cidade, muito bom católico, mas rompeu o relacionamento para abraçar um estado de vida mais perfeito, sempre com o consentimento de seus pais.
     Entrou no mosteiro das Capuchinhas de Castellón de la Plana, vestindo o hábito em 1900. Seu irmão José conta: “Só a vocação foi o motivo que levou minha irmã a entrar na ordem religiosa”.
     Emitiu a profissão temporária em 28 de abril de 1901 e a perpétua em 30 de maio de 1904. As religiosas dizem: “Ela tinha um temperamento tranquilo e amável, sempre alegre. Era uma religiosa exemplar. Sempre contente. Muito observante da Regra e das Constituições. Muito modesta no olhar, prudente no falar e muito mortificada. Muito mortificada na alimentação; sempre muito estimada pela comunidade. Era uma alma de intensa vida interior, muito devota do Santíssimo, da Virgem e de São João Batista”.
     Desempenhou a função de Mestra de noviças por dois triênios, “fazendo isto com muito zelo para que fossem religiosas observantes; não fazia distinção entre as noviças”, disse dela a Irmã Micaela. Foi reeleita para outro triênio, que não chegou a completar devido à chegada da revolução.
     Quando a Guerra Civil eclodiu, o mosteiro foi fechado e a Irmã Isabel foi a Alcalá de Chivert (Castellón), onde tinha um irmão sacerdote, Mosén Manuel, que depois foi assassinado. Durante a permanência em sua cidade natal, se dedicou ao retiro e à oração. Foi ali aprisionada em 13 de abril de 1937 por um grupo de milicianos, junto com o Pe. Manuel Geli, franciscano.
     Conduzidos ao Comitê local, foram injuriados e maltratados. A Beata Isabel foi fuzilada no distrito de Cuevas de Vinromá (Castellón), e foi sepultada no cemitério local.
     Em 11 de março de 2001, o Papa Joao Paulo II beatificou a Irmã Isabel junto com 232 mártires da perseguição religiosa na Espanha.
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     Em outubro de 2011, o convento das Clarissas Capuchinhas de Castellón de la Plana, onde se encontravam os restos mortais da Beata Isabel, foi transladado para o convento da Ordem em Basbastro (Huesca). O translado iniciou-se em junho e as Irmãs levaram os despojos da Beata para a nova residência causando mal-estar entre os eclesiásticos e os fieis da cidade, que veneravam seu altar na igreja das Capuchinhas, recorrendo a ela em suas necessidades e fazendo doações. A partir de então a primeira beata de Castellón de la Plana fica a 400 k de distância de seus conterrâneos...

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