Amanhã comemoraremos a Solenidade de São José, Padroeiro da Igreja Católica
Universal, assim proclamado pelo Papa Pio IX, no dia 8 de dezembro de 1870.
Entre todos os homens do seu tempo,
Deus escolheu o glorioso São José para ser pai adotivo de seu Filho divino e
humanado. E Jesus lhe era submisso, como mostra São Lucas.
Santa Gertrudes (1256-1302), a grande
mística alemã, afirmou que “viu os Anjos
inclinarem a cabeça quando no céu pronunciavam o nome de São José”.
Santa Teresa de Ávila (1515-1582), a primeira doutora da Igreja, a
reformadora do Carmelo, disse: “Quem não
achar mestre que lhe ensine a orar, tome São José por mestre e não errará o
caminho”. E declarava que em todas as suas festas lhe fazia um pedido e que
nunca deixou de ser atendida. Ensinava ainda que cada santo nos socorre em uma
determinada necessidade, mas que São José nos socorre em todas.
O Evangelho fala pouco de sua vida, mas o exalta por ter vivido segundo
“a obediência da fé” (cf. Rm 1,5).
Deus nos dá a graça para viver pela fé (cf. Rm, 5,1.2; Hb 10,38) em todas as
circunstâncias. São José, um homem humilde e justo "viveu pela fé", sem a qual “é impossível agradar a Deus” (cf. Hab 2,3; Rm 1,17; Hb 11,6).
O grande doutor da Igreja, Santo Agostinho, compara os outros santos às
estrelas e São José ao Sol. A esse grande santo Deus confiou Suas riquezas:
Jesus e a Virgem Maria. Leão XIII, na Encíclica “Quanquam Pluries”,
propôs que ele fosse tido como “advogado
dos lares cristãos”. Pio XII o declarou como “exemplo para todos os trabalhadores” e fixou o dia 1º de maio como
festa de São José Trabalhador.
Rezemos a São José:
A Vós, São José, recorremos em nossa tribulação e depois de ter
implorado o auxílio de vossa Santíssima Esposa, cheios de confiança solicitamos
também o vosso patrocínio. Por esse laço sagrado de caridade que vos uniu à
Virgem Imaculada, Mãe de Deus, e pelo amor paternal que tivestes ao Menino
Jesus, ardentemente vos suplicamos que lanceis um olhar benigno para a herança
que Jesus Cristo conquistou com o seu sangue e nos socorrais em nossas necessidades
com o vosso auxílio e poder. Protegei, ó Guarda providente da Divina Família, a
raça eleita de Jesus Cristo. Afastai, para longe de nós, ó Pai amantíssimo, a
peste do erro e do vício. Assisti-nos do alto do céu, ó nosso fortíssimo
sustentáculo, na luta contra o poder das trevas e, assim como outrora salvastes
da morte a vida ameaçada do Menino Jesus, assim também defendei agora a Santa
Igreja de Deus contra as ciladas de seus inimigos e contra toda a adversidade.
Amparai a cada um de nós com o vosso constante patrocínio a fim de que a vosso
exemplo e sustentados com o vosso auxílio possamos viver virtuosamente,
piedosamente morrer e alcançar no céu a eterna bem-aventurança. Amém.
Glorioso São José, rogai por nós.
Relicário com o “cinto de São José”. No ano de 1254,
Sire de Joinville, um dos Cruzados, trouxe o cinto do Oriente para a França, e
mandou construir uma capela em honra a São José para guardar este tesouro; nela
ele foi sepultado em 1319. Esta capela foi muito visitada pelos peregrinos franceses,
entre os quais o Rei Luís XIV e o Cardeal Richelieu. Este relicário está
atualmente na Igreja de Nossa Senhora, Joinville, Haute-Marne, França.
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