Antiga gravura representando a Abadia de Kempten, tendo o Rei Carlos Magno e a Beata Hildegarda a direita |
Um historiador do século IX a classifica
como “nobilissimam piissimamque reginam” (nobilíssima
piíssima rainha). Descendente de Gofredo, Duque da Alemanha, e de alta nobreza
sueca, Hildegarda era filha de Pabo, Conde de Thurgan (outros dizem de
Hildebrando, Conde da Suécia).
Era ainda uma adolescente quando Carlos
Magno, Rei dos Francos, a tomou como esposa, em 771, logo após ter rompido o
seu terceiro casamento com a filha de Desiderio, rei dos Longobardos, que não
tinha a aprovação do Papa Estevão IV (768-772).
Foi exemplar na vida cristã, seja em
família como na corte; teve nove filhos dos quais três morreram em tenra idade.
Foi fiel companheira de Carlos Magno a quem acompanhava sempre nas viagens,
chegando a ir a Roma.
Fez uma doação generosa à Abadia de
Saint-Arnoul de Metz, onde, segundo a sua vontade, foi sepultada à sua morte,
ocorrida em 30 de abril de 783, em Metz, quando tinha cerca de trinta anos.
O epitáfio sobre sua tumba, composto por
Paulo Diácono (720-799), monge beneditino, profundo conhecedor da história de
Metz, exalta a singular beleza de sua pessoa e sobretudo da sua alma.
Em
872, parte das suas relíquias foi transferida para a Abadia de Kempten, em
Iller, na Suécia, próximo ao lago de Constança e de Mônaco, cujos monges a
consideravam como sua fundadora.
Em 963, suas relíquias foram expostas e
desde então foi venerada como beata. Uma nova ‘Vita’ da Beata Hildegarda foi
compilada por disposição de João de Werdenau, Abade de Kempten, e dedicada ao
filho da rainha, o imperador Ludovico o Pio († 840). Ela exalta a virtude da
soberana, narra a construção de vários mosteiros, fala de sua predileção pela
Abadia de Kempten, onde tinha mandado colocar as relíquias dos mártires Jordano
e Epímaco, e conta numerosas curas verificadas sobre sua tumba.
Fonte: www.santiebeati.it
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