quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Beata Isabel Remiñán Carracedo, Religiosa e mártir - 7 de agosto

      
 
      A Irmã Isabel Remiñán nasceu no dia 17 de junho de 1876 em Seavia de Coristanco, localidade de Amboade (La Coruña). Era filha de Francisco Remiñán e de Pilar Carracedo. Foi batizada em 18 de junho de 1876 recebendo em nome de Maria do Consolo. Pertencia à uma família de lavradores de boas condições financeiras, católicos praticantes. Vários familiares e parentes próximos seguiram a vocação religiosa.
     "Pessoa de carácter, de constância, de energia e decidida, deixou a casa paterna e foi a Santiago para estudar e preparar-se para ser religiosa" (carta de seu parente D. Antônio Carracedo Viña, pároco de Sofán).
     Maria do Consolo recebeu a confirmação, como era necessário para iniciar a vida religiosa, em 19 de novembro de 1905 e vestiu o hábito no noviciado da Casa Generalícia da Congregação da Mãe do Divino Pastor, mudando o seu nome para Irmã Isabel. Emitiu sua profissão temporária em 12 de dezembro de 1907 e a perpétua em 15 de dezembro de 1912 também na Casa Generalícia.
     A função principal de Irmã Isabel era o ensino, mas o Senhor a provou nos seus últimos anos com uma enfermidade que a fez ingressar na enfermaria da comunidade e foi então o momento que se tornou patente sua humildade e seu espírito de sacrifício, nunca foi ouvida se lamentando. Em março de 1936 ingressou no Hospital da Venerável Ordem Terceira de São Francisco, em Madrid, ocupando a cama 2 da sala aos Mártires, com o diagnóstico de Lupus tuberculoso no rosto.
     Quando os distúrbios políticos e revolucionários conturbaram Madrid, pensou-se que ela poderia permanecer no hospital, mas ela teve que sair e, com as outras religiosas, se refugiar em um dos andares que os superiores haviam indicado na Rua Arenal. Irmã Isabel permaneceu ali algum tempo, mas pensou em retornar ao hospital e foi reconhecida pelas turbas revolucionárias quando para lá se dirigia, e foi aprisionada.
     O que ocorreu depois é incerto, não se sabe com certeza como chegou ao local da execução, nem as circunstâncias exatas dela. Presume-se que foi reconhecida e feita prisioneira na porta do hospital. Algumas testemunhas afirmaram que ela ficou no meio da turba e foi lapidada; outros disseram que ela foi amarrada pelas mãos e pés a dois caminhões que, partindo em direções opostas, esquartejaram o corpo.
     É fato, porém, que o seu corpo foi encontrado no dia 7 de agosto de 1936 a cinco quilômetros da estrada de Perales del Rio, nos extremos municipais de Villaverde, perto de Madrid. Os documentos judiciais estabeleceram que Irmã Isabel foi morta por feridas de arma de fogo, o que contraria os comentários difundidos entre o povo.
     Fontes da Congregação afirmam que se ignora o local de seu sepultamento, mas recentemente foi encontrado em Villaverde Alto um atestado de óbito que se refere ao cadáver de uma mulher cuja documentação identifica como Consolo Remiñán Carracedo.
     O processo canônico para confirmar sua morte como vítima do ódio à Fé, bem como a de suas coirmãs Gertrude (no século Doroteia) Llamazares Fernández e Assunta (no século Juliana) González Trujillano, transcorreu de 27 de setembro de 1999 a 15 de outubro de 2000 na Arquidiocese de Madrid, e foi integrado a um processo da Diocese de Orense em 17 de fevereiro de 2000.
     As três foram beatificadas em Tarragona no dia 13 de outubro de 2012, incluídas no grupo de 522 mártires que foram assassinados durante a guerra civil espanhola.
 
Etimologia: Isabel, forma portuguesa/espanhola do francês antigo Ysabel. Ou variação de Jesabel. Outros fazem-no provir do hebraico Izebel: “casta”.

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