sexta-feira, 9 de setembro de 2016

Santas Menodora, Metrodora e Ninfodora, Mártires da Bitinia - 10 de setembro

    
     A única passio publicada até hoje sobre estas mártires é a relatada por São Simão Metafraste no dia 10 de setembro. Os documentos bizantinos têm destas santas um breve relato, conservando poucas informações, e já Tillemont apontava o pouco valor desta composição.
     Segundo estas fontes, as três irmãs, Menodora, Metrodora e Ninfodora haviam abandonado a terra natal, na Bitinia, e se estabeleceram perto de Pithia, não distante de uma fonte.
     O brilho e a beleza de suas almas e corpos caracterizavam estas santas mulheres. Os cuidados e hábitos deste mundo não as ocupava; em tudo correspondiam ao que diz a 1ª Epístola a Timóteo: “Quanto às mulheres, que elas tenham roupas decentes e se enfeitem com pudor e modéstia. Não usem tranças, nem objetos de ouro, pérolas ou vestuário suntuoso”. Por amor a Cristo elas deixaram a sua pátria e as suas confortáveis casas, e foram viver numa colina próximo a uma fonte termal, onde viveram uma vida de ascese, cultivando ainda mais seus espíritos serenos. Elas foram abençoadas por Deus com o dom de curar as enfermidades, e assim socorriam especialmente os mais necessitados.
     Era a época da perseguição de Maximiano Galério. Denunciadas ao governador Frontão por sua fé cristã, foram levadas diante do tribunal, interrogadas e torturadas. A primeira a ser martirizada foi Menodora, mas Metrodora e Ninfodora não se intimidaram diante da visão do seu cadáver, como esperavam os juízes: ao contrário, sua coragem foi reforçada, confessaram a própria fé e foram então por sua vez martirizadas. Entregaram seus espíritos a Deus no ano 290.
     Sempre segundo aquelas fontes, o culto às três irmãs, sepultadas junto, se manteve vivo devido aos milagres que elas operavam.
     Não se conservou a lembrança da igreja em que se pretendia fossem conservadas as relíquias das três irmãs, e, por outro lado, o culto destas mártires não saiu do âmbito da Igreja bizantina. No século XVI, a memória das mártires foi introduzida, por meio do assim chamado Menológio do Cardeal Sirleto, no Martirológio Galesino; Barônio introduziu um breve comentários sobre elas no Martirológio Romano.
     O escasso fundamento histórico da passio dispensa colocar o problema se a relíquia conservada na Catedral de Cesena “os grande ex corpore S. Metrodorae”, pertence realmente à santa homônima compreendida neste grupo.

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