sábado, 19 de setembro de 2020

Santa Maria de Cervelló, Mercedária - 19 de setembro


Popularmente denominada Santa “de Socos” (do Socorro), nasceu por volta de 1230 em Barcelona; morreu naquela cidade em 19 de setembro de 1290. Ela mendigava doações para resgatar prisioneiros cristãos.

     O século XIII foi uma época de prosperidade para a Catalunha, Espanha, protagonista do comércio mediterrâneo. Em Barcelona a família Cervelló também era próspera. Maria nasceu nesta nobre família no dia 1º de dezembro de 1230, na Rua de Montcada, e foi batizada em 8 do mesmo mês, no sarcófago antigo da mártir Santa Eulália que servia de pia batismal na paroquia de Santa Maria do Mar.
     Atraída pela caridade que os Irmãos Mercedários inspiravam a favor dos cativos, isto é, os cristãos que eram feitos prisioneiros em terra e no mar, e eram vendidos como escravos na África, aos 18 anos tornou-se a consoladora dos pobres, dos doentes e dos escravos no Hospital de Santa Eulália.
     A Ordem de Nossa Senhora das Mercês foi fundada por São Pedro Nolasco; os Mercedários constituíam uma Ordem masculina que resgatava os cristãos cativos, mas havia grupos de senhoras que os sustentavam com orações e ofertas para as custosas expedições à África. Maria e sua mãe se uniram ao grupo de Barcelona. Quando a mãe faleceu, Maria doou o seu patrimônio aos Mercedários.
     Em 25 de maio de 1265 os grupos femininos se transformaram canonicamente em Ordem Terceira Mercedária, com estatuto, hábito religioso e uma priora. Maria fez profissão religiosa, recebendo o hábito das mãos de São Bernardo de Corby. Logo outras jovens a seguiram, como as Beatas Eulália Pinos, Elisabete Berti, Maria de Requesens e, mais tarde, Santa Colagia.
     Maria de Cervelló foi designada priora e é considerada a fundadora das monjas Mercedárias. Ela desenvolveu uma obra contínua e completa de resgate: encarregar-se dos escravos repatriados (alguns eram sozinhos no mundo, muitos estavam privados de tudo), ajudando-os a se tornarem independentes. Depois do resgate, a segurança.
     Ela também é chamada de Santa Maria do Socorro, porque tanto em vida como após a morte foi vista mais de uma vez nas asas do vento, apressando-se para ajudar no resgate de navios que iam remir os cativos cristãos e se viam ameaçados pelas ondas do mar tempestuoso.
   Depois de uma vida cheia de humildade, vigílias, jejuns, entremeada de milagres estupendos, Santa Maria voou para o Senhor no dia 19 de setembro de 1290; seu corpo incorrupto é preservado na Basílica das Mercês, em Barcelona.
     A Basílica foi devastada em 1936, durante a guerra civil espanhola, quando muitos padres e irmãs foram mortos por serem religiosos. Muitos sepulcros de religiosos mortos há tempos foram profanados. Segundo H. Thomas, em sua História da guerra civil espanhola, em 1936 “uma multidão acorreu para ver expostos os cadáveres insepultos de 19 irmãs salesianas”. Mas ninguém jamais tocou em Santa Maria do Socorro: mesmo em meio àquela ação burlesca, seu túmulo permaneceu intacto.
     Em 1692, Inocêncio XII, como decisão pessoal, aprovou o culto que era atribuído a ela há muito tempo. Mais tarde seu nome foi incluído no Martirológio Romano.
     Sua festa litúrgica é comemorada no dia 19 de setembro.
 

Santa Maria de Cervelló -Quadro de Claude Lorrain (1637)







Fontes:
http://www.santiebeati.it/dettaglio/70725
Acta SS., Setembro, VII, 152-171; DUNBAR, Dictionary of Saintly Women, II (Londres, 1905), 56-7; ULATE, Vita Cathalauniœ virginis Mariœ de Cervellon (Madrid, 1712); AYALA, Vida de s. Maria del Socos de la orden de N. S. de las Mercedes (Salamanca, 1695); CORBERA, Vida y hechos maravillosos de d. Maria de Cerveilon, chamada Maria Socos (Barcelona, ​​1639): uma Vida escrita por seu contemporâneo JOHN DE LAES está impressa em Acta SS., Loc. cit.
MICHAEL OTT (Enciclopédia Católica)

Postado neste blog em 18 de setembro de 2012

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