sábado, 1 de dezembro de 2012

1º. Domingo do Advento – 2 de dezembro

     Hoje se inicia o tempo do Advento, portanto preparemo-nos para mais uma vez celebrar o Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo. E a melhor maneira de fazê-lo é dirigir-se a Mãe do Menino que está prestar a nascer. Caminhemos com Ela e São José de Nazaré a Belém, façamos companhia ao Santo Casal e meditemos quais seriam as cogitações de Maria e as preocupações de José.
     O mundo está no caos e numa imoralidade assustadora; as almas fieis devem permanecer junto a Eles e procurar compensar as tristezas que Eles sentem ao ver a Humanidade em tal abismo. Rezemos e roguemos pelo momento em que Deus voltará a ser o centro de todos os corações, de todas as famílias e de todas as nações.
 
 
De Nazaré a Belém
     César Augusto ordenou a realização de um recenseamento em todo o Império Romano, devendo cada um alistar-se em sua cidade.
     Partiram pois São José e a Santíssima Virgem da cidade de Nazaré, na Galileia, rumo a Belém de Judá, a cidade de David, a cuja Casa real pertenciam. Tiveram que enfrentar uma caminhada de cerca de 120 k durante 8-10 dias, o que deve ter sido bastante penoso para Nossa Senhora, que estava prestes a dar à luz o Messias.
     Hoje, quem visita a região encontra vilarejos rurais, olivais, belas paisagens e pessoas hospitaleiras. É a chamada Rota da Natividade, que entretanto não inicia em Nazaré devido as dificuldades de movimentação em parte da região em conflito. São muitos os visitantes que procuram refazer o provável caminho seguido por Maria e José.
     Revelações particulares contam interessantes pormenores da viagem de Nazaré a Belém realizada pelo Santo Casal.
     Seguindo em direção a Jerusalém, Nossa Senhora e São José atravessaram vales frios, cobertos de geada. Às vezes paravam em lugares convenientes e descansavam. Antes da viagem um Anjo aparecera a São José ordenando-lhe que levasse, além do jumento que serviria de montaria à Virgem, uma jumentinha que os precederia, indicando o caminho.
     São José partira animado, certo da boa acolhida que teria em Belém. Porém, antes mesmo de chegar à cidade de seus pais, começaram as decepções. A dez léguas de Jerusalém foi tratado grosseiramente por um homem que lhe negou hospedagem. Pouco adiante a jumentinha os aguardava junto a um rancho onde passaram a noite. Em outras ocasiões foram recebidos asperamente, tornando ainda mais penosa a viagem para a Santíssima Virgem.
     A Beata Ana Catarina Emmerich, mística alemã do século XIX, conta que ao chegar a Belém São José e Maria Ssma. não entraram imediatamente na cidade. Já caia a noite e pernoitaram afastados do caminho, sob uma árvore. No dia seguinte, São José dirigiu-se a um grande edifício, a alguns minutos do caminho, fora de Belém. Era o antigo solar de David, Profeta e Rei, e casa paterna de São José, mas que servia então de recebedoria de impostos do Império Romano. Os funcionários verificaram a genealogia de José e Maria, notando que ambos descendiam de David em linha reta. Só depois estes entraram na cidade, procurando pousada.
     Verificou-se então a pungente rejeição da cidade ao Santo Casal, conforme registraram os Evangelhos. E São José passou pela dura prova da recusa dos amigos, que não o quiseram reconhecer. Caminhando de rua em rua, batendo de porta em porta, recebia sempre a invariável resposta negativa.
     Estava assim simbolizado o repúdio do povo judeu ao Messias: "Veio para o que era seu, e os seus não O receberam". (Jo. I,11)
     Partiram, pois, José e sua Esposa. Nas proximidades da gruta onde se abrigariam, veio-lhes ao encontro, em alegres saltos, a jumentinha que haviam deixado fora de Belém.

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