Iolanda, ou Helena, como foi chamada depois pelos súditos poloneses,
nasceu no ano de 1235, na cidade de Esztergom, filha de Bela IV, rei da
Hungria, que era terciário franciscano, e de sua esposa Maria Laskarina. As
suas duas irmãs, mais famosas, foram Santa Margarida da Hungria, canonizada em
1943 por Pio XII; e Santa Kinga (Cunegundes) canonizada por João Paulo II em
1999. Santa Isabel da Hungria, terciária franciscana, era sua tia. Nas raízes
da santidade de sua família estava Santa Edviges e os santos soberanos
húngaros, Santos Estevão e Ladislau.
Iolanda foi educada desde muito pequena pela irmã, Cunegundes, que se
casara com um dos reis mais virtuosos da Polônia, Boleslau o Casto. Por
tradição familiar e social da época, Iolanda deveria também se casar com alguém
da terra e, em 1256, foi entregue como esposa a outro Boleslau, o Duque de
Kalisz, conhecido como "o Pio". O casamento foi celebrado em
Cracóvia. Foi uma época de muita alegria para o povo polonês que viu nas duas
estrangeiras pessoas profundamente bondosas, cristãs, justas e caridosas.
Iolanda também se tornou terceira franciscana e uniu aos deveres de
esposa e mãe o exercício da caridade, concretizando-o na assistência aos pobres
e aos doentes. O reino verdadeiramente exemplar de Boleslau o Casto, de sua
esposa Santa Kinga, e dos cunhados Beata Iolanda e Boleslau o Pio, porém não
teve longa duração, pois alguns anos depois o quarteto foi desmanchado pela
fatalidade.
Primeiro morreu o rei, ficando Cunegundes viúva. Em 1279 o esposo de
Iolanda faleceu; ela então dividiu os seus bens entre a Igreja e seus parentes,
dando parte a sua irmã viúva, Santa Kinga. Ela já tinha então três filhas, das
quais duas se casaram e uma terceira retirou-se para o convento das Clarissas
de Sandeck, onde já se encontrava Cunegundes (Kinga). As duas logo seriam
seguidas por Iolanda.
Muitos anos se passaram e as três damas cristãs continuavam naquele
lugar, fazendo do silêncio do claustro o terreno para um fecundo período de
meditação e oração. Quando morreu Cunegundes, em 1292, Iolanda deixou aquele
mosteiro e foi mais para o Ocidente, para o convento das Clarissas de Gniezno,
fundado por seu marido. Ali terminou seus dias como superiora, no dia 14 de
junho de 1298. Foi enterrada na capela do claustro.
Amada pela população, seu culto
ganhou força entre os fiéis do Leste europeu e difundiu-se por todo o mundo
católico ao longo dos tempos. Seu túmulo tornou-se meta de romeiros pelos
milagres e graças atribuídos à sua intercessão.
Em 1631 foi iniciado o processo para sua beatificação; em 22 de setembro
de 1827 Leão XII autorizou o seu culto e permitiu à Ordem dos Frades Menores
Conventuais e às Clarissas celebrarem o Ofício e a Missa no dia 15 de junho.
Leão XIII estendeu sua festa a todas as outras dioceses da Polônia.
As filhas de Iolanda e Boleslau, que permaneceram no mundo, são: Edviges
de Kalisz (1266-1339), esposa do Rei Vladislau I da Polônia; Isabel de Kalisz
(1263-1304), esposa do Duque Henrique V de Legnica.
Etimologia: o seu nome, de origem grega,
significa Violeta.
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