terça-feira, 5 de julho de 2016

Beata Nazária Ignácia March y Mesa, Fundadora - 6 de julho

Nasceu em Madri, a 10 de janeiro de 1889. Seus pais, João Alexandre March e Nazária Mesa. Nazária, foi a quarta filha de uma grande prole; sendo gêmea, esteve em perigo de vida e, por isso, foi batizada imediatamente. Para completar as prescrições rituais levaram-na à igreja no dia 11 de abril.
Aos sete anos internaram-na no Colégio do Espírito Santo, onde viveu até aos treze. Ao preparar-se para a primeira comunhão, sentiu que Jesus a chamava a segui-Lo e consagrou-se totalmente a Ele com voto de virgindade no dia 15 de agosto de 1900, diante da imagem de Nossa Senhora que se venerava no colégio.
Em 1906, por motivos econômicos, a família emigrou para a cidade do México. Na viagem, Nazária conheceu as Irmãs dos Anciãos Desamparados, que viajavam no mesmo barco. Entusiasmou-se a ser como elas e entrou na Congregação a 7 de dezembro de 1908. Voltou, por isso, para a Espanha, para fazer o noviciado. Consagrada a Deus pelos votos religiosos, seguiu com outras Irmãs para a Bolívia, a fim de fundar um asilo para idosos na cidade de Oruro. Ali fez os votos perpétuos, no dia 1 de janeiro de 1915.
Por mais de doze anos fez parte dessa comunidade, dedicada inteiramente aos pobres. Percorreu outras cidades, povoações e minas a pedir esmolas para os velhinhos. Nessas caminhadas descobriu que a messe era grande e os operários poucos. Que fazer?
Nos exercícios espirituais feitos em 1920, segundo o método de Santo Inácio de Loyola, sentiu-se fortemente movida a reunir outras pessoas para dilatar o Reino de Cristo, “sob a bandeira da cruz”.
Lutou contra a ideia de abandonar a própria Congregação para fundar outra, mas em 1925 os Bispos de Oruro e de La Paz, assim como o Internúncio Apostólico, concordaram que essa era a vontade de Deus. Foi assim que no dia 16 de junho daquele ano, por decreto do Bispo de Oruro, a Irmã Nazária Inácia deixou a Congregação das Religiosas dos Anciãos Desamparados, para desempenhar a função de Superiora da Comunidade das Nazarenas, que depois tomarão o nome de Missionárias Cruzadas da Igreja.
Decorridos seis meses, eram já dez as religiosas que se dedicavam a trabalhos de apostolado por meio da catequese e da cooperação nas obras paroquiais. Com o correr do tempo, o novo Instituto vai abrir tanto o leque das suas ambições - colégios, orfanatos, oficinas, escolas noturnas, obras de beneficência, asilos, visitas aos presos e doentes nos hospitais, difusão da boa imprensa, casas de exercícios - que a Santa Sé achou prudente restringir um pouco a finalidade da Congregação, quando lhe concedeu o decreto de louvor, a 8 de abril de 1935.
As religiosas passaram pelo crisol do sofrimento. Em 1932 moveram contra elas tão cruéis perseguições que até a vida lhes puseram em perigo. Na Espanha, onde a obra se havia implantado, se não fosse a intervenção do Cônsul do Uruguai, teriam sido fuziladas. Apesar de todas estas adversidades, Madre Nazária Inácia, antes da sua morte, já tinha suas filhas trabalhando na Bolívia, Argentina, Uruguai e Espanha. Em 1977, o Instituto, dividido em cinco províncias, contava 77 casas em 13 nações da Europa, América Latina e África.
A Serva de Deus faleceu santamente em Buenos Aires (Argentina), a 6 de julho de 1943; seus restos foram trasladados para a Casa Mãe de Oruro (Bolívia), segundo seu desejo, em 18 de junho de 1972. Madre Nazária teve as suas virtudes heroicas reconhecidas pela Igreja em setembro de 1988, e foi beatificada em Roma a 27 de setembro de 1992. Sua festa foi indicada como 6 de julho de cada ano.

Fontes: www.vaticano.va/

A Beata com pequenos órfãos

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