segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Beata Serafina Micheli: a visão de Lutero no Inferno

     
     Em 1883, a Bem-aventurada Sóror Maria Serafina Micheli (1849-1911), fundadora do Instituto das Irmãs dos Anjos, passava pela cidade de Eisleben, na Saxônia, Alemanha. Eisleben é a cidade natal de Lutero. E naquele dia comemorava-se o quarto centenário do nascimento daquele grande heresiarca (10 de novembro de 1483).
     Lutero dividiu a Igreja e a Europa. Dessa divisão adviriam crudelíssimas guerras de religião que duraram décadas a fio.
     A população aguardava o imperador alemão Guilherme I que devia presidir as solenidades.
     A futura beata não se interessou pela agitação e seu único desejo era encontrar uma igreja onde pudesse rezar e visitar a Jesus Sacramentado. As igrejas estavam fechadas e já era noite. 
     Na escuridão localizou uma com as portas trancadas, mas se ajoelhou nos degraus de acesso. Pela falta de luz não percebeu que a igreja não era católica, mas protestante. Enquanto rezava lhe apareceu o anjo da guarda e lhe disse:
     ‒ “Levante, porque este é um templo protestante”.
     E acrescentou:
     ‒ “Eu quero te fazer ver o lugar aonde Martinho Lutero foi condenado e a pena que sofre como castigo de seu orgulho”.
     Depois destas palavras, a santa religiosa viu uma horrível voragem de fogo, na qual era cruelmente atormentado um número incalculável de almas. No fundo dessa voragem via-se um homem: Martinho Lutero. Ele se distinguia dos outros porque estava rodeado de demônios que o obrigavam a ficar de joelhos.
     Todos esses espíritos imundos equipados com martelos se esforçavam, em vão, para enfiar-lhe na cabeça um grande prego.
     A freira achou que se o povo que estava na festa visse aquela cena dramática, certamente não tributaria honras, lembranças, comemorações e festejos a semelhante personagem. [também pode-se dizer o mesmo daqueles que no dia de hoje comemoram a pseudo-reforma de Lutero]
     Desde então, Sóror Serafina sempre que aparecia a ocasião exortava suas irmãs de religião a viverem na humildade e no esquecimento dos outros. Ela estava convencida que Martinho Lutero foi condenado ao Inferno sobretudo por causa do primeiro pecado capital: a soberba.
     O orgulho fez que ele caísse no pecado capital e o levou para a aberta rebelião contra a Igreja Católica. A sua péssima conduta moral, sua atitude de revolta contra o Papado e a sua pregação de más doutrinas pesaram muito no desvio de muitas almas superficiais e mundanas que caíram na perdição eterna.
     Sóror Serafina foi beatificada na diocese de Cerreto Sannita, província de Benevento, em 28 de maio de 2011.


O Inferno, por Fra Angélico
Vide resumo biográfico da Beata em 24 de março de 2014.

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