Madre
Catarina Josefina Seton (28/6/1800 – 3/4/1891) era filha de Santa Isabel Ana
Seton, fundadora das Irmãs da Caridade de São José. Catarina Seton foi a
primeira norte-americana a ingressar nas Irmãs da Misericórdia da Irlanda
Catarina nasceu na Ilha de Manhattan em 28
de junho de 1800, mas cresceu em Emmitsburg, onde sua mãe, Santa Isabel Ana
Seton, havia fundado a Congregação das Irmãs da Caridade. Suas duas irmãs, Rebeca
Maria (1802-1816) e Ana Maria (1795-1812) morreram muito jovens. Até a
conversão de sua mãe do Episcopalianismo para o Catolicismo, ela foi instruída
na religião da família. Após o falecimento de sua mãe, Catarina foi adotada por
sua “segunda mãe”, Julia Scott, de 1821 a 1842. Neste período, ela esteve três
vezes na Europa.
Quando retornou a Nova York, Catarina se
tornou inquieta quanto a sua vocação. Curiosamente, ela não sentia atração pela
congregação de sua venerada mãe, e quando finalmente decidiu realizar sua
vocação religiosa, ela apelou para o Arcebispo Hughes para dirigir sua escolha.
Este prelado acabara de concluir os
preparativos para trazer as Irmãs da Misericórdia de Dublin para Nova York e
aconselhou-a a esperar sua chegada. Ela o fez e se tornou a primeira Irmã
americana da Misericórdia adotada na abertura de sua fundação em Nova York em
14 de maio de 1846. Encantada com a descrição das obras de misericórdia que lhe
foi confiada pela Madre Agnes O'Connor, ingressou no West Washington Place no
dia 11 de outubro do mesmo ano, sendo a primeira postulante de coro admitida na
nova comunidade. Catarina recebeu o nome de Irmã Maria Catarina.
Dez meses após as Irmãs estarem na cidade,
os Comissários da Caridade ofereceram-lhes livre acesso às prisões e hospitais.
Madre Catarina encontrou então sua verdadeira vocação, e a visita às prisões
foi organizada por ela naquele período remoto. Tendo passado muitos anos no
exterior, ela estava completamente familiarizada com os idiomas francês e
italiano. Assim que começou a visita às prisões, ela se propôs a aprender
alemão e espanhol, a fim de que sua utilidade entre os detentos não encontrasse
dificuldades. Ela se alegrou com o título de “Irmãs da Prisão” e tinha um jeito
materno de falar aos prisioneiros.
Madre Catarina visitou milhares de pessoas
que estavam presas em Nova York. Na última etapa de seu trabalho, ela era
respeitosamente conhecida como Madre Maria Catarina. Ela manteve sua vocação
por mais de quarenta e cinco anos. Ela era carinhosamente chamada de "o
Anjo dos Túmulos" durante a Guerra Civil, enquanto atuava como enfermeira
para as forças da União.
Ela fez maravilhas entre os prisioneiros e
continuou seu trabalho de amor até avançada idade até que foi obrigada a renunciar
delegando-o à mãos mais jovens, embora não menos dispostas. Até sua última
doença ela mantinha uma supervisão geral sobre esse trabalho, e era comum as
Irmãs que haviam visitado a prisão irem ao quarto de Madre Catarina no recreio
da noite para lhe fazer um relato do dia.
Alguns
eventos muito risíveis ocorreram durante seu trabalho nas prisões. Uma vez foi
enviado a ela de Filadélfia um baú que deveria conter livros ou roupas doadas
para os pobres. As Irmãs aguardavam com muita curiosidade que ele fosse aberto.
E quando a fechadura foi forçada, qual não foi o espanto das observadoras
quando pistolas e uma variedade de ferramentas de ladrão foram exibidas! Madre
Catarina com perspicácia adivinhou quem seria o remetente e pouco depois
soube-se de sua morte. Sem dúvida ele achava o convento o lugar mais seguro
para seu estranho legado!
Por ocasião do Jubileu de Prata de Madre
Catarina, em abril de 1874, ela recebeu de presente várias roupas masculinas
nos bolsos das quais vinte e cinco dólares em prata foram habilmente
escondidos. O presente dos prisioneiros foi recebido com gratidão.
Beatificação
Atualmente há um processo de beatificação
de Madre Seton dentro da Congregação para a Causa dos Santos, proposta pelas
Irmãs da Caridade de Santa Isabel Seton e da Arquidiocese de Nova York.
Fontes:
Kathleen Healy,
R.S.M., ed., Sisters of Mercy: Spirituality in America, 1843-1900 (New
York: Paulist Press, 1992), 247-248. https://famvin.org/en/2011/07/02/whatever-became-of-catherine-seton/
- Ann M Gallagher
R. S. M. (October 1, 2007). "Catherine
Josephine Seton and the New York Mercy Experience". Vincentian
Heritage Journal.
https://en.m.wikipedia.org/wiki/Catherine_Seton
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