terça-feira, 10 de dezembro de 2019

Beata Maria Emília Riquelme y Zayas – 10 de dezembro

Era da nobreza, mas uma visão da Virgem mudou sua vida: "exemplar no fervor à Eucaristia"

     Maria Emília Riquelme y Zayas, nascida em Granada no dia 5 de agosto de 1847, viveu durante a segunda metade do século XIX e em quase toda primeira metade do século XX.
     Seus pais Joaquim Riquelme y Gómez e Maria Emília Zayas de La Vega, profundamente religiosos, constituíam um lar cristão para sua filha. Pertencia a uma família da aristocracia espanhola. Era descendente direta do Gran Capitán por parte de sua mãe e filha de um Tenente General e Conselheiro de Estado da Espanha.
     Desde menina recebeu uma excelente formação em francês, canto, equitação e bordado. Sua mãe mesma foi quem lhe ensinou as primeiras orações e a formação religiosa. Maria Emília tinha apenas sete anos quando sua mãe morreu. Ela recorreu à Santíssima Virgem, e a partir daí, o seu amor por Maria foi crescendo de tal modo, que teve uma experiência maravilhosa da Santíssima Virgem. Por isso, em sua adolescência, consagrou-se à Nossa Senhora do Carmo, fazendo votos privados de castidade e virgindade.
     Sendo a filha mais velha de quatro irmãos, ficou só com seu pai. Nenhum dos irmãos viveram muito tempo. Maria Emília teve tudo que uma jovem pode desejar: cultura, posição, além de muitas virtudes que realçam o seu encanto. Mas o que a deixava feliz era pensar na possibilidade de ser toda do Senhor e segui-lo na Vida Religiosa, mas seu pai a proibia.
     Quando seu pai morreu, tentou ingressar em várias comunidades religiosas, mas não a aceitaram por causa de sua saúde delicada.
     Com carinho e dedicação, sente as necessidades do seu tempo e redobra o seu trabalho a favor dos mais necessitados. No entusiasmo dos Exercícios Espirituais e na Adoração ao Santíssimo Sacramento nasceu esse desprendimento de total entrega e lançou-se a cumprir a vontade de Deus. Abriu um caminho com estilo próprio na Igreja.
     Iniciou um trabalho social com os pobres e doentes de diferentes cidades espanholas e pediu à Santa Sé permissão para expor permanentemente o Santíssimo Sacramento em sua casa, permissão que lhe foi concedida. Foi como nasceu, ao anoitecer de um século, a Obra de Maria Emília, ou melhor, a “Obra de Maria” denominação dada a congregação que ela fundou no dia 25 de março de 1896, na Cidade de Granada, o que depois seria a Congregação das Irmãs Missionárias do Santíssimo Sacramento e de Maria Imaculada.
     O pequeno grupo de mulheres destemidas fazia adoração dia e noite ao Santíssimo Sacramento para pedir por todo o mundo, enquanto aguardavam a vez de levar Jesus a outras terras.
     Sucedem-se as fundações na Espanha. A Beata foi a Roma e em 1938 obteve o Decretum Laudis e a Aprovação Pontifícia, concedidos pelo Papa Pio IX que aprovou seus estatutos.
     Quase no fim de sua vida, vê com alegria fundações no Brasil e mais tarde em Portugal. Em 10 de dezembro de 1940, 5 anos após a fundação no Brasil, Maria Emília faleceu na Casa Mãe em Granada, aos 93 anos de idade, cheia de virtudes e graça por ter cumprido a vontade do Senhor em sua vida.
     Atualmente, a congregação está presente na Espanha, em Portugal, Brasil, Colômbia, Bolívia e Estados Unidos. As irmãs da Congregação de Madre Riquelme y Zayas são responsáveis por duas Capelas de adoração perpétua, uma em Madri e outra em Maiorca.
     A Congregação das Missionárias do Santíssimo Sacramento dedica-se, sobretudo, à educação em colégios e residências universitárias. Nos lugares de missão, as Irmãs desempenham um papel importante nas obras sociais.
     O processo de beatificação de Madre Maria Emília Riquelme foi aberto em 1980, na Arquidiocese de Granada; dois anos depois, foi aprovado pela Santa Sé e pela Congregação para as Causas dos Santos. Em 19 de março de 2019, foi reconhecido o milagre realizado por sua intercessão. Maria Emília Riquelme y Zayas foi beatificada no dia 9 de novembro na Catedral de Granada, Espanha, em uma Missa presidida pelo Prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, Cardeal Angelo Becciu.
Milagre
     Em 19 de março a Santa Sé reconheceu o milagre que possibilitou a beatificação da Madre Riquelme y Zayas e que aconteceu na Colômbia. O milagre atribuído à intercessão da religiosa foi a cura, em 2003, de um homem colombiano que sofria de pancreatite aguda. A irmã do enfermo, que pertence à Congregação das Missionárias do Santíssimo Sacramento, pediu a intercessão da sua fundadora para cura de seu irmão e foi atendida.


Um comentário:

  1. Admirável a vida de sacrifícios de tantas santas e santos. Sinto-me em ler a biografia dos (as) mesmo (a)s. Solictei 1 cartão-relíquia da mesma a sua congregação. Espero ser atendido.

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