Em Slonim, na Polônia, Beatas Maria Eva da Providência Noiszewska e Maria Marta de Jesus Wolowska, virgens da Congregação das Irmãs da Imaculada Conceição e mártires, que, por manter a fé no tempo da ocupação da Polônia durante a guerra, foram fuziladas.
Estas duas religiosas da Congregação das
Irmãs da Imaculada Conceição da Bem-aventurada Virgem Maria foram presas
durante a noite de 18 para 19 de dezembro de 1942 na cidade de Slonim, em que
sua congregação tinha uma casa, e na manhã foram levadas para as cercanias da
cidade, na colina chamada Góra Pietralewicka, onde foram fuziladas por ódio à
fé. O papa João Paulo II as beatificou em 13 de junho de 1999.
Bogumila Noiszewska nasceu em 11 de
junho de 1885 em Osaniszki, Lituânia, no seio de uma família polonesa; era a
mais velha de onze irmãos. Passou sua infância e primeira adolescência em
Duneburg e Tula. Terminado o curso médio, estudou medicina, em que chegou a
doutorar-se, e na 1ª. Guerra Mundial trabalhou nos hospitais militares com
grande entrega e dedicação, aproveitando seu contato com os feridos para
aproximá-los de Deus e infundir-lhes sentimentos religiosos.
Confiou a direção de sua alma ao venerável
servo de Deus Segismundo Lozinski (+ 1932), mais tarde bispo de Pinks. A ele
confiou seu desejo de se tornar religiosa, porém não foi senão em 1919 que pode
concretizar seu anelo entrando na Congregação das Irmãs da Imaculada Conceição
da Bem-aventurada Virgem Maria. Em 12 de maio de 1920 recebeu o hábito
religioso e tomou o nome de Irmã Maria Eva da Providência. Em 12 de maio de
1921 emitiu a profissão temporária e em 16 de julho de 1927 a profissão
perpétua.
Um de seus destinos foi a casa de
Jazlowiek onde foi educadora, médica dos alunos e diretora do Seminário
(1930-1936). Em 1938 foi destinada à casa de Slonim. Chegada a 2ª. Guerra
Mundial, a cidade foi tomada, primeiro pelos bolcheviques e depois pelos nazis,
porém ela não mudou sua entrega e dedicação nas obras de caridade e ao
apostolado, trabalhando no hospital e hospedando na casa os perseguidos judeus.
Casimira Wolowska nasceu em Lublin
no dia 30 de setembro de 1879, última de oito filhos. Recebeu em sua família
uma esmerada educação e aos 13 anos perdeu a mãe. Ingressou em novembro de 1900
na mencionada congregação religiosa, e começou o noviciado em 30 de junho de
1901, com o nome de Irmã Maria Marta de Jesus. Fez a primeira profissão em 8 de
dezembro de 1902 e os votos perpétuos em 3 de julho de 1909. Religiosa dedicada
e de boas qualidades, era jovem quando foi nomeada superiora de várias casas
sucessivamente.
Em 1919 organizou o orfanato de Maciejów
para crianças polonesas, ucranianas e russas procedentes da Sibéria, e em
seguida abriu para elas uma escola de instrução geral e profissional e uma
escola pedagógica. Muito inteligente e preparada, buscava boas relações com
ortodoxos e judeus. Em agosto de 1939 foi nomeada superiora da casa de Slonim e
poucos dias depois eclodiu a II Guerra Mundial.
Tendo a cidade sido tomada sucessivamente
pelos bolcheviques e nazis, ela procurou organizar uma ajuda a todos:
prisioneiros, perseguidos, famintos etc. Foi-lhe dito que estava sendo vigiada
e que se encontrava em uma lista muito perigosa. Teria podido fugir, mas
preferiu manter-se em seu posto.
Fonte: “Año Cristiano” - AAVV, BAC, 2003
http://www.eltestigofiel.org/lectura/santoral.php?idu=4564
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