O
Natal deveria ser um momento de grande alegria, mas muitas vezes não é. Talvez
a alegria se perca na comercialização berrante e frenética que transformou um
grande dia sagrado em um feriado secular. Há também a grande folia das festas
de fim de ano, que tendem a sufocar as memórias dos calmos Natais do passado.
Qualquer que seja a causa, permanece o fato de que o alegre é frequentemente
retirado de nossos natais.
Não
é que as pessoas não tentassem comemorar o Natal. Elas fazem todas as coisas
certas: enfeitam árvores de Natal, reúnem-se com a família, enviam cartões de
Natal ou até vão à igreja. Mas esse vago desejo de ser feliz geralmente
desencadeia apenas sentimentos confusos. O resultado final é a sensação de um
grande vazio, de algo que desapareceu.
Há
uma razão para esse vazio. O Natal não pode ser apenas uma mistura de
sentimentos confusos. Ele pede mais de nós do que simplesmente reunir-se com
familiares e amigos ou fazer uma aparição superficial na igreja. A festa não se
presta à mediocridade. Ela se recusa a ser reduzida a ornamentos, luzes e
loucura. Quando transformamos o Natal em uma ocasião social, ele perde seu
significado e se torna vazio.
A melhor coisa para remediar esta situação
é fazer algo sublime neste Natal. É realmente a única maneira de tornar o Natal
feliz novamente. Por sublime, entendemos fazer as coisas que, por sua
excelência, fazem com que as almas sejam dominadas por sua magnificência,
grandeza e maravilha. Provoca o que Edmund Burke chama corretamente de "a
emoção mais forte que a mente é capaz de sentir".
Fazer
algo sublime neste Natal não precisa envolver grandes despesas, mas pede que
não sejamos mesquinhos e egoístas. Pode ser experimentado sozinho, mas com mais
frequência envolve compartilhar com os outros. Tudo o que é necessário para o
sublime funcionar é que nos voltemos para aquilo que inspira admiração. É
natural que nossa busca nos leve à manjedoura onde Cristo nos espera.
Assim,
fazer algo sublime deve envolver obras de arte, música, ideias ou feitos
associados ao Natal que nos atraem e dominam fortemente. Envolve o
extraordinário, não o comum; o belo, não o feio; tudo isto é maravilhoso e
inocente.
Para
desfrutar de um Natal sublime, participe de atividades que sempre cativaram a
alma. Esta lista pode incluir:
1.
Coloque uma árvore de Natal com todas as luzes e enfeites diante da qual você
pode facilmente passar horas contemplando. Evite as árvores artificiais
pré-iluminadas.
2.
Cante músicas natalinas a pleno pulmão, aquelas belas canções de Natal que captam
a cena sublime daquela primeira noite silenciosa.
3.
Participe de um concerto tradicional de Natal e seja enlevado por um coro e uma
orquestra ao vivo. Maravilhe-se com o fato de que muitos ainda se reúnem para
esses eventos em nossos dias seculares para celebrar o nascimento de Nosso
Salvador.
4.
Procure viver o Natal através dos olhos das crianças. Sua inocência deleita a
alma e regenera a nossa inocência perdida. Faça todo o possível para cultivar
essa inocência nas crianças e a criança na nossa própria alma.
5.
Visite um elaborado e belo presépio que encanta a alma por sua variedade e
caráter imaginativo.
6.
Assista a uma missa da meia-noite que observe toda a pompa e cerimônia da
ocasião, permitindo que todos vejam o sublime no simbolismo e na liturgia
Todas
estas coisas (e tantas outras) podem ser sublimes, pois enchem o vazio da festa
com admiração intensa, enlevo e amor reverente. Elas podem ser excelentes,
inspiradoras e extremamente bonitas. No entanto, são meros meios para que
possamos considerar melhor "a razão da comemoração".
A
sétima e mais importante coisa sublime que podemos fazer neste Natal é
contemplar o Menino Jesus na manjedoura sob o olhar amoroso de Sua Santa Mãe e
de São José. Devemos considerar o fato de que Cristo veio para nos salvar.
“Porque um filho nos nasceu e um filho nos foi dado”. (Is. 9: 6)
Naquela
noite inefável, quando Nosso Salvador nasceu de Maria sempre Virgem, uma imensa
impossibilidade se tornou possível: o Deus-homem nasceu. Desde o momento de Seu
nascimento, este Infante Divino desejou suportar dificuldades por nós. Sentimos
Seu amor marcante, audacioso e sublime por nós. Do céu desceram torrentes de
graças que abriram o caminho para a nossa salvação e tornaram possível a Civilização
Cristã.
Tais
considerações devem inspirar-nos a servir o objeto de nossa admiração e a
dar-nos livremente Àquele a quem amamos. É então que o Natal faz sentido e é
novamente alegre.
E, portanto, que este Natal não seja um feriado comum e vazio. Que não seja uma celebração agradável a si mesmo. Ao contrário, preencha esta comemoração especial com tudo o que pode nos encher de amor, reverência e admiração enlevada pelo Menino Jesus. Que seja um Natal alegre e sublime!
E, portanto, que este Natal não seja um feriado comum e vazio. Que não seja uma celebração agradável a si mesmo. Ao contrário, preencha esta comemoração especial com tudo o que pode nos encher de amor, reverência e admiração enlevada pelo Menino Jesus. Que seja um Natal alegre e sublime!
Fonte:
Autor John Horvat II
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