sábado, 27 de junho de 2020

Santa Gudena, mártir de Cartago – 27 de junho

   
       A forma como se escreve o nome de Gudena varia muito segundo a fonte aonde é citada. É possível encontrar as grafias Giddina, Guddenas, Guddentes, Guddina e até na forma masculina: Giddinus, Gaudentes.
     Não existe muita informação sobre a vida de Santa Gudena. O martirológico Lionês resume seus dados, registrando que seu martírio ocorreu em Cartago, na atual Tunísia, norte da África, em 27 de junho de 203. Especifica ainda que foi morta na perseguição aos cristãos decretada Lúcio Septímio Severo, imperador romano de 193 a 211, e Rufino era o nome do procônsul que a condenou à morte. Descreve os tormentos que sofreu: torção dos membros, lacerações do corpo com pregos de ferro, abusos na prisão e finalmente a decapitação.
     No cabeçalho do Sermão 294 de Santo Agostinho consta que aquele discurso contra os pelagianos fora proferido pelo santo no dia 27 de junho, por ocasião do nascimento para o céu de Santa Gudena.
     A memória de Santa Gudena também é encontrada nesta mesma data no Martirológio Jerônimiano (em latim: Martyrologium Hieronymianum) que é o mais antigo catálogo de mártires cristãos da Igreja Católica. Deve o seu nome ao fato de ter sido atribuído a São Jerônimo.
     A partir desses testemunhos conclui-se que Santa Gudena foi, portanto, uma mártir da perseguição do Imperador Septímio Severo, que alguns meses antes, na própria Cartago, também martirizou as Santas Perpetua e Felicidade (7 de março de 203). É interessante notar que há registros de que em março o posto de procônsul da África estava vago e o procurador Ilariano exercia suas funções, enquanto em junho já havia o novo procônsul, Rufino.

Fontes:

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