quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Beata Francisca da Encarnação, Mártir de 1937 - 13 de janeiro

    
     Maria Francisca Espejo y Martos nasceu no dia 2 de fevereiro de 1873 em Martos, Espanha; pertencia a uma família humilde, era sobrinha de uma monja trinitária, Irmã Maria do Rosário. Ao ficar órfã muito jovem, Francisca entrou como educanda no convento de Martos, ficando sob a proteção da tia; na adolescência sentiu desejo de permanecer no convento como monja e pediu para ser admitida na comunidade.
     Em 2 de julho de 1893 recebeu o hábito e em 5 de julho de 1894 emitiu sua profissão religiosa tomando o nome de Irmã Francisca da Encarnação.
     Durante anos nada pressagiava a tormenta que se avolumava no horizonte até que as chamas devoraram as igrejas de Nossa Senhora da Vila e de Santo Amador na fatídica madrugada de 18 para 19 de julho de 1936. Dois dias depois, o convento das Trinitárias se tornava alvo dos perversos sanguinários, que o invadiram e deixaram as religiosas desprovidas de tudo; elas foram obrigadas a recorrer às pessoas generosas.
     Irmã Francisca da Encarnação e sua tia encontraram refúgio na casa de seu irmão, Ramón. Ali levavam uma vida muito similar ao do convento, entre orações e trabalhos e auxiliando nas tarefas da família.
     Em 12 de janeiro de 1937, uns milicianos se apresentaram e prenderam as duas monjas e a cunhada de Irmã Francisca. Seu irmão havia sido preso e liberado. Irmã Rosário tinha mais de 80 anos; sua sobrinha, Irmã Encarnação, tinha quase 64. Devido à idade, deixaram Irmã Rosário voltar para casa.
     Irmã Francisca Encarnação foi posta no cárcere por erro: os revolucionários haviam decidido fuzilar as superioras dos três conventos femininos de Martos, no caso das Trinitárias se enganaram de monja. No calabouço Irmã Francisca e outras religiosas unidas em oração se amparavam mutuamente e se consolavam com o exemplo dos primeiro mártires.
     No dia 13 de janeiro elas foram obrigadas a subir numa camioneta e foram conduzidas a vários quilômetros de distância de sua cidade natal, concretamente a Casillhas de Martos. A baixeza e a brutalidade dos assassinos se mostraram com toda sua crueza quando, depois de fuzilar covardemente vários homens que tinham capturado, se propunham a violentar as três religiosas. Elas se defenderam com unhas e dentes. Em meio a brutal luta, os verdugos, contrariados e impotentes para realizar seus propósitos, deixaram no corpo abandonado da Beata os sinais de sua ferocidade.
     Seus restos mortais foram exumados no início de julho de 1939 e foram levados para a igreja das monjas trinitárias. Em 1986 eles foram reconhecidos e se conservavam incorruptos. Novamente eles foram reconhecidos por ocasião de sua beatificação. Bento XVI a beatificou em 28 de outubro de 2007. Seu corpo incorrupto se conserva no Mosteiro da Santíssima Trindade de Martos.

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