Santa
Lumbrosa de Cea em León, na província autônoma de Castela, segundo a tradição,
foi martirizada pelos muçulmanos no ano de 830, quando Almanzur destruiu o
mosteiro de São Facundo.
Nós não sabemos nada sobre Santa Lumbrosa. Apenas a sua tumba de mármore é
preservada na capela de São Mâncio, na igreja do mosteiro de São Facundo, localizado
na cidade de Sahagún.
No decorrer dos séculos, a veneração por essa mártir estava muito viva, de modo
que o povo fez um furo em seu sarcófago para roubar as relíquias, e no século
XVII só restava a cabeça da mártir.
Sua festa era celebrada em 1º de novembro e só era lembrada no Martirológio
Hispanicum de Tamayo de Salazar.
Ruinas do Mosteiro |
Mosteiro Real de São
Bento (Sahagún)
Antigo mosteiro beneditino em Sahagún (província
de León, Espanha) foi muito importante durante a Idade Média, chegando suas
possessões desde Tierra de Campos até Liébana e Segóvia. Foi o principal foco
da reforma dos mosteiros beneditinos quando se introduziu pela primeira vez a
regra de Cluny no ano de 1080 na península ibérica.
A história do mosteiro começa com Afonso
III o Magno, quando ele adquire uma igreja existente no lugar onde se venerava
as relíquias dos santos mártires Facundo e Primitivo, para doa-la ao abade
Alonso que fugia das perseguições aos cristãos decretadas em Córdoba. O
primeiro documento escrito sobre o mosteiro data da época, quando no ano de 904
Afonso III doa a vila de Calzada ao abade Afonso.
No ano 988 Almanzur destruiu a abadia
durante uma incursão.
A época de maior esplendor do mosteiro
está associada com a figura de Afonso VI, ao eleger este lugar para tomar o
habito e professar nele antes de tornar-se rei. Seu casamento com Constança de
Borgonha propiciou a entrada dos monges de Cluny na abadia, pois devido sua ascendência
francesa estava interessada em implantar a liturgia romana que se praticava na
França.
Em 1080 Afonso VI nomeou abade o francês
D. Bernardo de Aquitânia, e em 1085 concedeu a Sahagún foros que propiciaram o
crescimento da vila, sob o poder da abadia.
Afonso VI faleceu em 1109 e foi enterrado
no mosteiro, como também suas esposas. Este costume de utilizar o mosteiro como
panteão funerário foi seguido por outros nobres.
A decadência do mosteiro começou no século
XV coincidindo com a fundação do mosteiro de São Bento de Valladolid e a
reforma implantada no mesmo. O desaparecimento do mosteiro foi fruto também da
continua luta com a cidade de Sahagún pelo poder sobre a população, que
provocou que o mesmo fosse incendiado várias vezes.
Em 1755 o Terremoto de Lisboa afetou a
estrutura do cruzeiro da basílica, foi preciso realizar uma série de reformas
profundas para evitar a ruina do mosteiro.
No ano 1820 o decreto de supressão das
ordens monacais realizadas durante o Triênio Liberal provocou a exclaustração
do mosteiro. Em 1837, com a desamortização de Mendizabal os edifícios que conformavam
o mosteiro passaram a ser propriedade pública.
https://es.m.wikipedia.org/wiki/Monasterio_Real_de_San_Benito_(Sahagún)
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