terça-feira, 31 de maio de 2011

31 de maio, Nossa Senhora da Visitação

     A Santa Igreja encerra o mês de maio, dedicado particularmente à devoção a Nossa Senhora, com a Festa da Visitação da Virgem Maria à sua prima Santa Isabel. Esta festa ocorria anteriormente no dia 2 de julho.
     Os Evangelhos narram que Maria viajou para a casa da família de Zacarias logo após a anunciação do Anjo, que lhe dissera "vossa prima Isabel, também conceberá um filho em sua idade avançada. E este é agora o sexto mês dela, que foi dita estéril; nada é impossível para Deus". (Lc 1, 26, 37).
     A puríssima Virgem foi levar sua ajuda e apoio à sua prima, mãe do precursor do Salvador. O encontro dessas duas Mães resultou na oração da Ave-Maria e o cântico do "Magnificat", rezados e entoados por toda a Cristandade ao longo de dois milênios.
     Em 1441, o Papa Urbano VI instituiu esta festa com a finalidade de obter a intercessão de Nossa Senhora para recuperar a paz e a união do clero dividido pelo grande cisma do Ocidente. Mas a referência mais antiga da invocação de Nossa Senhora da Visitação pertence à Ordem franciscana, que a festejava desde 1263 na Itália.
     Desde 1412, Nossa Senhora da Visitação também é festejada pelos italianos da Sicília, como padroeira da cidade de Enna.
     Finalmente, no Sínodo de Basiléia, esta veneração foi confirmada para todo o orbe católico, pois nem todas as nações a celebravam.
     O Rei D. Manuel I, o Venturoso, que governou Portugal de 1495 a 1521, escolheu Nossa Senhora da Visitação para padroeira da Santa Casa de Misericórdia de Lisboa, e de todas do reino. Assim, os portugueses sempre celebraram esta festa com muita pompa.
     E foram os portugueses que trouxeram este culto para o Brasil, primeiro na Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro e em seguida a todo o território brasileiro.
     Naquele tempo, os fieis faziam uma procissão até os Hospitais da Misericórdia para levar conforto aos enfermos e doações às instituições. Atualmente, as paróquias enviam as doações recolhidas para as Casas de Saúde mais deficitárias.
     Festejar esta festa é uma forma de perpetuar a iniciativa de Maria Santíssima ao visitar sua santa prima, demonstrando como os católicos devem agir movidos pela caridade cristã: levar a amizade, a ajuda aos que mais precisam e sobretudo as palavras de fé e de confiança na Providência Divina, tão necessárias nos momentos de dificuldades.
     Neste dia, também, muitas paróquias e escolas católicas perpetuam a devoção já secular da Coroação de Maria.
     Quem não se recorda de na sua infância ter assistido essas demonstrações de afeto e veneração pela Mãe de Deus? Aquelas festas ficavam para sempre gravadas em nossa memória, incentivando uma devoção sempre maior a Nossa Senhora.
     Se as rainhas da terra são coroadas em meio a grandes festas, demonstrações de júbilo e de dedicação de seus súditos, com quão mais razão estas celebrações devem ser dirigidas a Maria Santíssima, Mãe de Nosso Senhor, que é o modelo perfeito de todas as virtudes, é nossa Advogada, Intercessora e Co-redentora.
     Que Maria Santíssima receba toda nossa veneração e dedicação neste encerramento de seu mês e nos prepare para os grandes acontecimentos que ainda virão!

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