sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Beata Dolores Broseta Bonet, Leiga mártir de 1936 – 9 de dezembro

Martirológio Romano: Na Comunidade Valenciana, Espanha, Beatas Josefa Martínez Pérez e 12 religiosas professas da Congregação das Filhas da Caridade de São Vicente de Paula, que junto com Dolores Broseta Bonet, leiga, foram assassinadas por ódio à fé. (1936) 

     Dolores nasceu em Bétera (Valencia, Espanha) em 1892 no seio de uma família de seis filhos. Dois morreram pequenos. Seus pais, Joaquim e Maria, bons cristãos, levavam seus filhos ao Colégio Asilo das Filhas da Caridade a partir dos três anos. Dolores era a mais nova dos irmãos que chegaram a idade adulta.
     Aos 16 anos terminou sua formação no colégio e se dedica a ajudar as Irmãs, sem descuidar de sua mãe idosa, pois seus três irmãos viviam fora de Bétera. Dolores participou da Associação das Filhas de Maria da Medalha Milagrosa, e nela cultivou a imitação da Santíssima Virgem na oração e no atendimento aos pobres.
     Aos 21 anos decidiu se tornar Filha da Caridade. Foi ao Hospital de Valencia para realizar a prova, mas por sofrer de frequentes hemorragias não pode ingressar no instituto, razão pela qual passou a cuidar e a ensinar crianças.
      Quando em 1925 sua mãe falece, ela se passou a viver no convento, ajudando as monjas como leiga.
Fiel colaboradora
     Apesar de sua saúde delicada, Dolores ajudava a comunidade de todas as maneiras que lhe era possível. Colaborava com as Irmãs na classe dos pequenos e na oficina de bordados. Segundo quem a conheceu, era uma mulher muito generosa e boa.
     Em 21 de junho de 1936 as religiosas foram expulsas do convento e Dolores se refugiou na casa de seus irmãos.
     As monjas encontraram hospitalidade em um local do povoado, mas no início de agosto o comitê comunista obrigou-as a abandonar Bétera. A pequena comunidade de cinco religiosas transferiu-se para uma pousada em Valencia, e Dolores cuidava para que não faltasse nada a elas. Percorria as ruas buscando provisões para as religiosas. Ia seguidamente para Bétera e faz chegar às Irmãs os víveres recolhidos entre os habitantes da cidade, que sentiam carinho e estima pelas religiosas.
     Um ex-alcaide ameaçou Dolores para que lhe dissesse o lugar onde estavam refugiadas as Irmãs. Ela chorou muito, mas não disse nada. Este homem e outro de Moncada, seguiram Dolores numa das viagens que fez e viram onde entrava, localizaram as Irmãs e as levaram prisioneiras a Checa localizada no Seminário diocesano de Moncada (Valencia). Levaram com elas também Dolores.
     No dia 9 de dezembro, a uma da madrugada, foram levadas ao “Picadero de Paterna”, onde normalmente eram assassinados os sacerdotes e as religiosas. Ali foram fuziladas junto a outros trinta ou quarenta católicos. Foram beatificadas em 13 de outubro de 2013.
A Beata Dolores e as Beatas religiosas beatificadas



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