Martirológio
Romano: Na Comunidade Valenciana, Espanha, Beatas Josefa Martínez Pérez e
12 religiosas professas da Congregação das Filhas da Caridade de São Vicente de
Paula, que junto com Dolores Broseta Bonet, leiga, foram assassinadas por ódio à
fé. (1936)
Dolores nasceu em Bétera (Valencia, Espanha)
em 1892 no seio de uma família de seis filhos. Dois morreram pequenos. Seus
pais, Joaquim e Maria, bons cristãos, levavam seus filhos ao Colégio Asilo das
Filhas da Caridade a partir dos três anos. Dolores era a mais nova dos irmãos
que chegaram a idade adulta.
Aos 16 anos terminou sua formação no
colégio e se dedica a ajudar as Irmãs, sem descuidar de sua mãe idosa, pois
seus três irmãos viviam fora de Bétera. Dolores participou da Associação das
Filhas de Maria da Medalha Milagrosa, e nela cultivou a imitação da Santíssima
Virgem na oração e no atendimento aos pobres.
Aos 21 anos decidiu se tornar Filha da
Caridade. Foi ao Hospital de Valencia para realizar a prova, mas por sofrer de
frequentes hemorragias não pode ingressar no instituto, razão pela qual passou
a cuidar e a ensinar crianças.
Quando em 1925 sua mãe falece, ela se
passou a viver no convento, ajudando as monjas como leiga.
Fiel colaboradora
Apesar de sua saúde delicada, Dolores
ajudava a comunidade de todas as maneiras que lhe era possível. Colaborava com
as Irmãs na classe dos pequenos e na oficina de bordados. Segundo quem a
conheceu, era uma mulher muito generosa e boa.
Em 21 de junho de 1936 as religiosas foram
expulsas do convento e Dolores se refugiou na casa de seus irmãos.
As monjas encontraram hospitalidade em um
local do povoado, mas no início de agosto o comitê comunista obrigou-as a
abandonar Bétera. A pequena comunidade de cinco religiosas transferiu-se para
uma pousada em Valencia, e Dolores cuidava para que não faltasse nada a elas. Percorria
as ruas buscando provisões para as religiosas. Ia seguidamente para Bétera e
faz chegar às Irmãs os víveres recolhidos entre os habitantes da cidade, que
sentiam carinho e estima pelas religiosas.
Um ex-alcaide ameaçou Dolores para que lhe
dissesse o lugar onde estavam refugiadas as Irmãs. Ela chorou muito, mas não
disse nada. Este homem e outro de Moncada, seguiram Dolores numa das viagens
que fez e viram onde entrava, localizaram as Irmãs e as levaram prisioneiras a
Checa localizada no Seminário diocesano de Moncada (Valencia). Levaram com elas
também Dolores.
No dia 9 de dezembro, a uma da madrugada,
foram levadas ao “Picadero de Paterna”, onde normalmente eram assassinados os
sacerdotes e as religiosas. Ali foram fuziladas junto a outros trinta ou quarenta
católicos. Foram beatificadas em 13 de outubro de 2013.
A Beata Dolores e as Beatas religiosas beatificadas |
Fonte:
www.santiebeati.it
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