Mártires de Songkhon
Martirológio Romano: Na vila
de Song-Khon, na Tailândia, beatas mártires Inês Phila e Lucia Khambang, virgens
da Congregação das Irmãs Amantes da Cruz, e também Ágata Phutta, Cecilia Butsi,
Bibiana Khampay e Maria Phon, todas as quais, por não querer negar a fé católica,
foram fuziladas no cemitério da vila. († 1940)
O cristianismo foi introduzido na Tailândia
em 1881 e em 1940 os fiéis católicos já eram setecentos. Nos quatro anos seguintes
os missionários franceses foram obrigados a abandonar o país que se encontrava
na guerra entre a Tailândia e a Indochina francesa. Como é habitual nestas
circunstancias, se considerou prioridade a unidade nacional e como perigoso um
pluralismo religioso.
A vila de Songkhon, situada nas margens do
grande rio Meking, zona fronteiriça com o Laos, foi cenário, em 1940, do
glorioso martírio de sete cristãos nativos: Felipe Siphong Onphitak, Inês
Phila, Lucia Khambang, Ágata Phutta, Cecilia Butsi, Bibiana Khamphay e Maria
Phon.
Felipe Siphong Onphitak, pai de família, líder
da comunidade cristãs de Songkhon na ausência de sacerdotes, durante o
desencadear da perseguição contra os cristãos foi atraído e enganado perto do
Rio Tum Nok, e assassinado no dia 16 de dezembro de 1940 por um grupo de
gendarmes. Foi o primeiro nativo tailandês a derramar seu sangue testemunhando
sua fé em Cristo.
No dia de hoje vamos nos ocupar
particularmente das seis mulheres que também sofreram o martírio dez dias
depois. Eis uma breve informação sobre cada uma delas.
Inês Phila, religiosa
Ban Nahi (Tailândia), 1909 -
Songkhon (Tailândia) 26 de dezembro de 1940
Inês Phila (no século Margarida) nasceu em
1909 na aldeia pagã de Ban Nahi, filha de Joaquim Thit Son e Ana Chum. A
família emigrou para a vila cristã de Viengkhuk, onde a beata recebeu o batismo
em 1924. Sua madrinha foi a tia da famosa Irmã Lucia de Fatima. Em 7 de
dezembro de 1924 entrou na Congregação das Irmãs Amantes da Cruz, em Siengvang
(Laos). Dois anos depois, em 26 de novembro de 1926 postulou, e em 10 de
novembro de 1927, com o nome de Irmã Inês, entrou no noviciado, tendo
professado em 16 de novembro de 1928. Em 1932 foi enviada como professora à
escola de Songkhon, onde foi assassinada em 26 de dezembro de 1940.
Lucia Khambank, religiosa
Viengkhuk (Tailândia) 22 de janeiro
de 1917 - Songkhon (Tailândia) 26 de dezembro de 1940
Lucia Khambang nasceu na aldeia cristã de
Viengkhuk em 22 de janeiro de 1917, filha de Santiago Da e Maria Mag Li. Foi
batizada no dia 10 de março seguinte e em 4 de junho de 1925, com a idade de
oito anos, recebeu o sacramento da Confirmação e fez sua 1ª. Comunhão. Em 3 de
setembro de 1931 entrou na Congregação das Irmãs Amantes da Cruz. Postulante
durante três anos, começou seu noviciado em 18 de outubro de 1935, etapa que
durou dois anos. Realizou sua profissão em Siengvang (Laos) no dia 15 de
outubro de 1937. Em princípios de 1940 foi enviada como professora para Songkhon,
onde foi assassinada em 26 de dezembro. Tinha somente 23 anos de idade.
Ágata Phutta, leiga
Bi Ban Keng Pho (Tailândia), 1881
- Songkhon (Tailândia) 26 de dezembro de 1940
Ágata Phutta nasceu na vila de Bi Ban Keng
Pho em 1881; sua família era pagã. Filha única, se converteu ao cristianismo
quando tinha 30 anos de idade e foi batizada e confirmada em 3 de março de 1918
em Siengvang. Solteira, decidiu ajudar as obras missionárias colaborando nas
cozinhas das missões de Songkhon, Mong Seng, Pkasè, e finalmente voltou para Songkhon,
onde vivia quando foi assassinada em 26 de dezembro de 1940. Tinha 59 anos de
idade.
Cecília Butsi, jovem leiga
Songkhon (Tailândia), 16 de dezembro
de 1924 - Songkhon (Tailândia) 26 de dezembro de 1940
Cecília Butsi, filha de Amando Sinuen e Ágata Thep, nasceu em 16 de dezembro de 1924 e foi batizada dois dias depois. Colaborava na cozinha da missão, seu temperamento era alegre e corajoso. Um dia antes de seu martírio, durante a reunião diante da igreja da vila, ela se declarou cristã, apesar das ameaças de morte feitas pelos policiais. Por isto foi assassinada quando tinha apenas 16 anos de idade.
Cecília Butsi, filha de Amando Sinuen e Ágata Thep, nasceu em 16 de dezembro de 1924 e foi batizada dois dias depois. Colaborava na cozinha da missão, seu temperamento era alegre e corajoso. Um dia antes de seu martírio, durante a reunião diante da igreja da vila, ela se declarou cristã, apesar das ameaças de morte feitas pelos policiais. Por isto foi assassinada quando tinha apenas 16 anos de idade.
Bibiana Khampay, jovem leiga
Songkhon (Tailândia) 4 de novembro
de 1925 - Songkhon (Tailândia) 26 de dezembro de 1940
Bibiana Khamphay nasceu no dia 4 de
novembro de 1925 em Songkhon, filha de Benito Lon e Mônica Di. Foi batizada e
confirmada menos de dois meses depois, em 28 de dezembro. Adolescente de conduta
intocável, boa cristã, assídua nos sacramentos, frequentava a missão de
Songkhon, também foi assassinada no dia 26 de dezembro de 1940, menos de dois
meses após ter completado 15 anos de idade
Maria Phon, jovem leiga
Songkhon (Tailândia) em 6 de janeiro
de 1925 - Songkhon (Tailândia) 26 de dezembro de 1940
Maria Phon nasceu em Songkhon no dia 6 de
janeiro de 1926; seus pais eram João Batista Tàn e Catarina Pha. Foi batizada e
confirmada seis dias apenas após seu nascimento. Vivia com uma tia chamada Maria,
frequentava a missão local. Particularmente assídua à Eucaristia e aos demais
sacramento. Também foi assassinada no dia 26 de dezembro, quando não havia
completado ainda 15 anos.
Contamos a seguir os eventos que
culminaram com o martírio dessas mulheres católicas.
Na noite seguinte ao martírio do
catequista Felipe Siphong Onphitak, a notícia correu em Songkhon, causando
grande tristeza. Os soldados, com a esperança da apostasia imediata dos fiéis,
não avaliam a presença das duas religiosas, Inês Phila e Lucia Khambang, que
compreendiam que logo chegaria para elas o momento de dar testemunho de sua fé.
O chefe dos policiais era um homem de nome
Lu, que tentou de todas as maneiras convencer as monjas a abandonar sua
religião, mas nada conseguiu.
Na véspera de Natal convocou toda vila
para comparecer diante da igreja para comunicar que tinha ordem de destruir a
religião cristã, inclusive se para isto tivesse que matar os fiéis. Nessa mesma
noite as religiosas escreveram uma carta a Lu declarando-se dispostas a morrer
ante de negar a Cristo.
Lu voltou pela tarde do dia seguinte ao
Natal e lhes perguntou: - Muito bem, renunciam a seu Deus? Sim ou não? Elas
responderam: - Não, nunca o faremos!
Lu convidou-as a ir até o rio, mas as
irmãs Lucia e Inês, percebendo sua intenção, preferiram ser fuziladas no
cemitério. Ali, de joelhos contra o tronco de uma árvore, foram executadas
junto com as jovens Cecília, Bibiana, Maria e Ágata.
Todas foram enterradas em Songkhon. Em
1959 os restos mortais de Felipe Siphong Onphitak foram reunidos com os das
mártires e em torno de suas relíquias foi construído um santuário.
Estes mártires foram beatificados em 22 de
outubro de 1989 por SS João Paulo II.
O martirológio oficial da Igreja Católica
os comemora separadamente: em 16 de dezembro é comemorado o Beato Felipe
Siphong Onphitak; enquanto que as Beatas Inês Phila e Lucia Khambang, virgens
das Irmãs Amantes da Cruz, e suas companheiras Ágata Phutta, Cecília Butsi,
Bibiana Khampay e Maria Phon são
comemoradas no dia de seu martírio, isto é, 26 de dezembro.
Fonte: PrelaturaAyaviri.org
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