Continuação
Maria
Auxiliadora apareceu a São João Bosco
No século 19, São João Bosco foi o
grande propagador do amor a esta devoção mariana. Mas ouçamos do próprio Dom
Bosco o relato de um “sonho”, tido em 1844, quando andava ainda à procura de
uma sede estável para o seu oratório.
A Senhora que lhe
apareceu, diz-lhe: “Observa. – E eu vi uma igreja pequena e
baixa, um pequeno pátio e jovens em grande número. Recomecei o meu trabalho. Mas
tendo-se esta igreja tornado pequena, recorri a Ela outra vez e Ela me fez ver
uma outra igreja bastante maior com uma casa vizinha. Depois, conduzindo-me a um lado, a um pedaço de terreno cultivado,
quase em frente da fachada da segunda igreja, acrescentou: “Neste
lugar onde os gloriosos Mártires de Turim Aventor, Solutor e Octávio ofereceram
o seu martírio”.
Em 1860, a própria Virgem Maria apareceu a
ele e assinalou o lugar em Turim (Itália) onde queria que fosse construído um
templo em sua homenagem. Do mesmo modo, pediu para ser homenageada com o título
de “Auxiliadora”.
Entre 1860-1862, nestes momentos
particularmente críticos para a Igreja, vemos que D. Bosco toma uma opção
definitiva pela “Auxiliadora”, título em que ele decide concentrar a devoção
mariana por ele oferecida ao povo. E justamente em 1862, ele tem o “Sonho das
Duas Colunas” e no ano seguinte seus primeiros acenos para a construção do
célebre e grandioso Santuário de Maria Auxiliadora.
Dom Bosco desde pequeno aprendera com sua mãe
Margarida a confiar inteiramente em Nossa Senhora; ao falar da Mãe de Deus,
acrescentou o título Auxiliadora dos Cristãos, para perpetuar o seu amor, a sua
gratidão para com Nossa Senhora e ficasse conhecido por todos e para sempre que
foi “Ela (Maria) quem tudo fez”.
Pio IX, então cabeça da Igreja,
manifestou-se logo a favor de uma devoção pessoal para com a Auxiliadora e
quando este sofrido Pontífice esteve no exílio, o nosso Santo lhe enviou 35
francos, recolhidos entre seus jovens do oratório. O Papa ficou profundamente
comovido com esta atitude e conservou uma grande lembrança deste gesto de afeto
de D. Bosco e da generosidade dos rapazes pobres.
Em
1863, São João Bosco começou a construção da igreja com alguns centavos, mas
com a intercessão da Santíssima Virgem Maria, em 9 de junho de 1868, apenas 5
anos depois, foi realizada a consagração do templo.
O Papa Pio IX fundou, no Santuário de
Turim (Itália), dia 5 de abril de 1870, uma Arquiconfraria, enriquecendo-a de
muitas indulgências e de favores espirituais. No dia 17 de maio de 1903, por
decreto do Papa Leão XIII, foi solenemente coroada a imagem de Maria
Auxiliadora, que se venera no Santuário de Turim.
O Santo costumava dizer: “Cada tijolo
deste templo corresponde a um milagre da Santíssima Virgem Maria”. A partir
daquele Santuário, começou a espalhar pelo mundo a devoção a Maria sob o título
de Auxílio dos Cristãos.
Se a devoção de Nossa
Senhora Auxiliadora tomou novo incremento na Igreja Católica, é também devido a
este grande Santo dos nossos dias, que deu a Deus e a Igreja duas congregações: a Pia Sociedade de São
Francisco de Sales (Salesianos) e a das Filhas de Maria Auxiliadora (esta
última por
ele fundada juntamente com Santa Maria Domingas Mazzarello), ambas destinadas à educação
cristã da mocidade, pregação do Reino de Deus entre os pagãos, à caridade de
Cristo em suas diversas modalidades. Ambas trabalham e se santificam sob a
égide de Maria Auxiliadora.
ORAÇÃO À
NOSSA SENHORA AUXILIADORA
(Composta
por São João Bosco)
Ó Maria, Virgem poderosa,
Tu, grande e ilustre defensora da Igreja;
Tu, auxílio maravilhoso dos cristãos;
Tu, terrível como exército ordenado em
ordem de batalha;
Tu, que só destruíste toda heresia em todo
o mundo.
Ah! nas nossas angústias, nas nossas
lutas, nas nossas aflições, defende-nos do inimigo; e, na hora da morte, acolhe
a nossa alma no Paraíso.
Amém.
Frases de São João Bosco
“Nossa Senhora deseja que a veneremos com
o título de AUXILIADORA: vivemos em tempos difíceis e necessitamos que a
Santíssima Virgem nos ajude a conservar e defender a fé cristã”, disse Dom
Bosco ao clérigo Cagliero
“São estes os motivos que temos para
sermos devotos de Nossa Senhora: Maria é a mais santa entre as criaturas, Maria
é a Mãe de Deus, Maria é a nossa mãe”.
“Quem confia em Maria nunca ficará
desiludido”.
“Maria Auxiliadora obteve e obterá sempre
graças particulares, até extraordinárias e miraculosas, para aqueles que ajudam
a dar educação cristã à juventude em perigo, com as obras, com o conselho, com
o bom exemplo ou simplesmente com a oração”.
“Estamos neste mundo como num mar
tempestuoso, como num exílio, num vale de lágrimas. Maria é a estrela do mar, o
conforto do nosso exílio, a luz que nos indica o caminho do céu enxugando as
nossas lágrimas”.
“Amai, honrai, servi Maria. Procurai
fazê-la conhecer, amar e honrar pelos outros. Nenhum filho que tenha honrado
esta mãe morrerá e poderá aspirar a uma grande coroa no céu”. “É quase
impossível ir ter com Jesus se não se vai por meio de Maria”.
“A Virgem domina num mar de luz e
majestade. Está rodeada de uma multidão de Anjos que a homenageiam como rainha.
Na mão direita segura o ceptro, que é símbolo do seu poder; na mão esquerda
segura o Menino que tem os braços abertos, oferecendo assim as suas graças e a
sua misericórdia a quem recorre à sua augusta Mãe”.
Fontes:
www.paginaoriente.com
No ano de 1927 foi encontrado no Egito um
fragmento de papiro que remonta ao século III. Nele estava escrito: “À vossa
proteção recorremos Santa Mãe de Deus. Não desprezeis as nossas súplicas em
nossas necessidades, mas livrai-nos sempre de todos os perigos, ó Virgem
gloriosa e bendita!”. Esta oração conhecida com o nome “Sub tuum praesidium” (À vossa
proteção) é a mais antiga oração a Nossa Senhora que se conhece e é de uma
excepcional importância histórica pela explícita referência ao tempo de
perseguições dos cristãos (“livrai-nos de todo perigo”) e uma particular
importância teológica por recorrer à intercessão de Maria invocada com o título
de Theotokos (Mãe de Deus). Já no século II este título, o mais belo e
importante privilégio da Virgem Santíssima., era dirigido à Maria e foi objeto
de definição conciliar em Éfeso no ano de 431.
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