segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Beata Liduina Meneguzzi, Religiosa - 1 de dezembro


     Ângela Elisa nasceu em Giarrre, Abano Terme, província de Pádua, no dia 12 de setembro de 1901. Junto com o leite materno sorveu doses abundantes de e honestidade, as únicas riquezas de sua humilde e modesta família camponesa.
     Ela cresceu à sombra do campanário, não tanto geograficamente falando, pois eram dois quilômetros de estrada a serem percorridos a pé para chegar à igreja, mas porque ela se sentia irresistivelmente atraída pela paróquia como por um ímã. A missa diária e o catecismo, primeiro para aprender e em seguida para ensiná-lo, e à noite, com toda a família em torno da mesa da cozinha, o rosário era rezado com fervor.
     Aos 14 anos ela foi trabalhar fora de casa, como servidora em famílias e em hospedarias que não faltavam em Abano Terme, mas aos 25 anos, ela deixou tudo para ingressar nas Irmãs de São Francisco de Sales (as "freiras Salesianas"), que têm a Casa Mãe em Pádua.
     Naquela instituição lhe deram o novo nome, Irmã Liduina, e ali exerceu as tarefas domésticas humildes que já exercera em casa. Com facilidade e simplicidade que encanta, passou do ofício de cuidadora do vestiário ao de enfermeira, da função de sacristã ao de assistente no colégio feminino. Em cada posto e em cada tarefa um toque humano, um sorriso, muita disponibilidade. As meninas do internato veem nela uma amiga e confidente, e a procuram para causa da ternura, serenidade e paciência que emana dela.
     Há muito tempo ela desejava ir para uma missão e os superiores a fazem esperar até 1937, quando finalmente a mandam para a Etiópia. Chegando à Dire-Dawa, uma cidade cosmopolita, caracterizada pela presença de pessoas de origens, costumes e religiões diversas, esta freira italiana se encaixou nesse mosaico de raças e religiões com a única arma que possui: a bondade, distribuída à mão cheia no hospital em que trabalha como enfermeira atenciosa, atenta, muito terna.
     A eclosão da guerra transformou aquela unidade de saúde em um hospital militar e ela tem que multiplicar sua generosidade e sua atenção com os soldados feridos que são trazidos de todos os lugares, e que logo que a conhecem só a querem à sua cabeceira. Sua generosidade se transformou em heroísmo durante os bombardeios frequentes da cidade: sem se importar com os perigos, mesmo sob as bombas, ela corria buscar os feridos nos escombros para transportá-los para abrigos, prestar-lhes os primeiros socorros, acompanhá-los no momento de sua morte.
     Neste trabalho de assistência a sua caridade não tem fronteiras e se difundia a todos sem distinção de raças. a doença pode pará-la: um tumor devastador ceifou sua vida aos 40 anos, no dia 2 de dezembro de 1941 e todos a choraram como a uma mãe.
     Beatificada em 2002, Irmã Liduina Meneguzzi tornou-se um autêntico espelho de humildade e caridade cristãs, manifestando a misericórdia de Deus com os pobres, doentes e feridos.
 
 

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