Ângela Elisa nasceu em Giarrre,
Abano Terme, província
de Pádua, no dia 12 de setembro de 1901. Junto com o leite materno sorveu doses abundantes de fé e
honestidade, as únicas riquezas de sua humilde e modesta família camponesa.
Ela cresceu à sombra do campanário, não tanto geograficamente
falando, pois eram dois quilômetros de estrada a serem percorridos a pé para chegar à igreja, mas porque ela se sentia irresistivelmente atraída pela paróquia
como por um ímã. A missa diária e o catecismo, primeiro para aprender e em seguida para ensiná-lo, e à noite, com
toda a família em torno da mesa
da cozinha, o rosário era rezado com fervor.
Aos
14 anos
ela foi trabalhar fora de casa, como servidora
em famílias e em
hospedarias que não faltavam em Abano
Terme, mas aos 25 anos, ela deixou tudo para ingressar
nas Irmãs de São Francisco de
Sales (as "freiras Salesianas"),
que têm a Casa Mãe em Pádua.
Naquela instituição lhe deram o
novo nome, Irmã Liduina, e ali exerceu as tarefas domésticas humildes
que já exercera em
casa. Com facilidade e
simplicidade que encanta, passou
do ofício de cuidadora do vestiário
ao de enfermeira, da função de sacristã ao de assistente
no colégio feminino. Em cada posto e
em cada tarefa um
toque humano, um sorriso, muita
disponibilidade. As meninas do
internato veem nela uma amiga e confidente, e a procuram para causa da ternura, serenidade e paciência que emana
dela.
Há muito tempo ela desejava ir para uma missão e os superiores a fazem esperar
até 1937, quando finalmente
a mandam para a Etiópia. Chegando à Dire-Dawa,
uma cidade cosmopolita, caracterizada pela
presença de pessoas de origens,
costumes e religiões diversas, esta
freira italiana se encaixou nesse
mosaico de raças e religiões com a única arma que possui: a bondade, distribuída à mão cheia no hospital em
que trabalha como enfermeira
atenciosa, atenta, muito terna.
A eclosão da guerra transformou aquela
unidade de saúde em um hospital militar
e ela tem que multiplicar sua generosidade e sua atenção com os soldados feridos que são trazidos de todos os lugares, e que logo que a conhecem só a querem à sua cabeceira. Sua generosidade se transformou em heroísmo durante os bombardeios frequentes da cidade: sem
se importar com os perigos, mesmo sob as bombas, ela corria buscar os feridos nos
escombros para transportá-los para
abrigos, prestar-lhes os primeiros socorros, acompanhá-los no momento de sua morte.
Neste trabalho de
assistência a sua caridade não
tem fronteiras e se difundia a
todos sem distinção de raças. Só a
doença pode pará-la: um tumor devastador ceifou sua vida aos 40 anos, no dia 2 de dezembro de 1941 e todos a choraram como a
uma mãe.
Beatificada em 2002, Irmã Liduina Meneguzzi
tornou-se um autêntico espelho de humildade e caridade cristãs, manifestando a misericórdia
de Deus com os pobres, doentes e feridos.
Fonte: www.santiebeati/it
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