Luzia nasceu na cidade italiana de Siracusa e era de uma família rica e
cristã. Era considerada como uma das jovens mais belas de sua cidade. Seu pai
morrera quando ela tinha 5 anos e sua mãe, Eutíquia, sofria de graves
hemorragias internas.
Luzia tinha uma grande convicção cristã, que a fez consagrar-se
secretamente a Nosso Senhor Jesus Cristo, e oferecer sua virgindade
perpetuamente.
Ela e a mãe decidiram fazer uma peregrinação à cidade de Catânia onde se
encontrava o corpo da grande virgem Santa Águeda, que morrera por recusar
adorar os ídolos. O Evangelho pregado na Santa Missa daquele dia foi o da
mulher que sofria com hemorragias internas, iguais às da mãe de Luzia. Ela
então pensou: "Se aquela mulher ao
tocar nas vestes do Senhor ficou curada, será que Santa Águeda não pedirá ao
Senhor que cure minha mãe da mesma forma como Ele curou aquela mulher?"
Ela então disse à mãe que esperassem todos saírem da igreja para irem rezar junto
ao corpo da Santa.
Nesse interim, Luzia em êxtase sonhou que anjos rodeavam Santa Águeda e
que a mesma lhe dizia: "Luzia, minha
irmã, por que pedes a mim uma coisa que tu mesma podes conceder?"
Luzia saiu do êxtase e foi procurar sua mãe, que lhe disse ter sido curada.
Luzia aproveitou esse momento para revelar à mãe que havia feito voto de
virgindade a Jesus e que distribuiria seus bens aos pobres. Sua mãe disse:
"Luzia minha filha, tudo o que é meu
e de seu falecido pai é teu, por isso faça o que queres".
Elas então começaram a distribuir seus bens aos pobres. Um jovem muito
rico e pagão, que se enamorara de Luzia, perguntou à mãe dela o motivo de tanto
esbanjamento de dinheiro, e em resposta Eutíquia disse: "Luzia achou bens muito mais valiosos do que
esses". O jovem não entendeu que ela falava dos bens celestes.
Luzia e sua mãe davam mais e mais dinheiro aos necessitados dilapidando
a grande fortuna da família, o que fez com que o jovem tivesse certeza que Luzia
era cristã. Ele denunciou-a ao prefeito de Siracusa, Pascasio que furioso com a
grande fé de Luzia, mandou-a ao Imperador Diocleciano que tentou persuadi-la a
se converter aos ídolos. Luzia se mostrou cheia do Espírito Santo diante de
Diocleciano.
Vendo que nada a convertia, Diocleciano mandou enviá-la a uma casa de
prostituição, mas foi em vão: ninguém conseguia tirar Luzia dali, nem mesmo uma
junta de bois. Os soldados saíram envergonhados por não conseguir tirá-la dali.
Era como se seus pés estivessem fincados no chão como raízes de plantas.
Depois tentaram colocar fogo em seu corpo, mas Luzia fez uma oração e as
chamas nada fizeram contra ela e por isso retiraram-na de dentro do fogo. Como nada
havia dado certo, foi-lhe aplicado o castigo mais cruel depois da degolação: um
soldado, a mando do imperador, arrancou-lhe os olhos e entregou-os em um prato
a Luzia. No mesmo instante nasceram-lhe olhos sãos, perfeitos e mais belos do
que os outros.
Vendo que nada a convencia a voltar para o paganismo, deceparam sua
cabeça no momento em que Luzia dizia: "Adoro
a um só Deus verdadeiro, e a Ele prometi amor e fidelidade". No mesmo
instante sua cabeça rolou pelo o chão. Era 13 de dezembro do ano de 304 D.C. Os
cristãos recolheram seu corpo virginal e a sepultaram nas catacumbas de Roma.
Sua fama de santidade se espalhou por toda a Itália e Europa e depois para todo
mundo, onde hoje é venerada e honrada como a "Santa da Visão".
Fonte: Referências: Santa Luzia, virgem, mártir, +303, Evangelizo.org
2001-2010, 13 de Dezembro de 2011
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