Na legendária narração da
"Vita" de São Savino, Bispo de Spoleto, Itália, há algumas
informações referentes à Santa Serena. Era uma viúva que se dedicava com grande
empenho na caridade ao próximo e tinha uma grande veneração pelo Bispo São
Savino. Durante a perseguição de Diocleciano sofreu o martírio. Estas são as
únicas informações que dela se possui.
No século X, Teodorico, Bispo de Metz, na França, conseguiu que as
relíquias da mártir fossem transferidas para sua diocese. Elas estavam
sepultadas no Mosteiro de São Savino, em Spoleto, sendo muito venerada pelo
povo. Com a transladação das relíquias para Metz (no ano 970) o seu culto se
estendeu gerando um grande desdobramento.
Santa Serena é celebrada no dia 7 de dezembro com São Savino, mas também
no dia 30 de maio.
No dia 16 de agosto de alguns calendários o nome de Santa Serena é
mencionado, mas se trata da esposa de Diocleciano, que nos Atos de São Marcelo
e de Santa Susana aparece como defensora dos cristãos. Trata-se de uma
informação falsa, já que Latanzio, que vivia na corte de Diocleciano, no seu
“De mortibus persecutorem” diz que a mulher daquele imperador se chamava Prisca
e a filha Valéria, portanto a celebração não é exata.
O nome Serena deriva do sobrenome tardio latino Serenus,
com o feminino Serena. Originariamente significava "enxuto",
"seco", e vem em seguida a um adjetivo referente ao céu, significando
"límpido", "privado de nuvens". Aplicado a uma pessoa
assume o significado de "tranquila", "calma",
"feliz", "sem preocupação": si trata portanto de um nome
que pressagia, de significado análogo a Feliz, Tranquilo, Pacífico, etc.
No âmbito religioso o nome adquiriu o significado de "pura" e
se difundiu nos ambientes cristãos graças à veneração a alguns mártires e com
presságio da serenidade na Fé. A variante Serenella, além de ser o
diminutivo de Serena, pode ser vista como derivada de homônima flor. Da
mesma raiz de Serena surgiu o nome inglês Serenity.
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