Das 4 às 5 da madrugada Jesus
nas mãos dos soldados é negado por Pedro
Estando Pedro embaixo, no pátio,
veio uma das criadas do sumo sacerdote. Ela fixou os olhos em Pedro, que se
aquecia, e disse: Também tu estavas com Jesus de Nazaré. Ele negou: Não sei,
nem compreendo o que dizes. E saiu para a entrada do pátio; e o galo cantou.
(Mc 14, 66-68) Dirigia-se ele para a porta, a fim de sair, quando outra criada
o viu e disse aos que lá estavam: Este homem também estava com Jesus de
Nazaré. Pedro, pela segunda vez, negou com juramento: Eu nem conheço tal
homem. Pouco depois, os que ali estavam aproximaram-se de Pedro e disseram:
Sim, tu és daqueles; teu modo de falar te dá a conhecer. Pedro então começou a
fazer imprecações, jurando que nem sequer conhecia tal homem. E, neste momento,
cantou o galo. Pedro recordou-se do que Jesus lhe dissera: Antes que o galo
cante duas vezes, negar-me-ás três vezes. E saindo, chorou amargamente. (Mt 26,
71-75)
Das 5 às 6 da madrugada Jesus
na prisão
Ao amanhecer, reuniram-se os
anciãos do povo, os príncipes dos sacerdotes e os escribas, e mandaram trazer
Jesus ao seu conselho. Perguntaram-lhe: Dize-nos se és o Cristo! Respondeu-lhes
ele: Se eu vo-lo disser, não me acreditareis; e se vos fizer qualquer pergunta,
não me respondereis. Mas, doravante, o Filho do Homem estará sentado à direita
do poder de Deus. Então perguntaram todos: Logo, tu és o Filho de Deus?
Respondeu: Sim, eu sou. Eles então exclamaram: Temos nós ainda necessidade de
testemunho? Nós mesmos o ouvimos da sua boca. (Lc 22, 66-71)
Das 6 às 7 da manhã Caifás
confirma a condenação à morte e O envia a Pilatos
Pilatos entrou no pretório,
chamou Jesus e perguntou-lhe: És tu o rei dos judeus? Jesus respondeu: Dizes
isso por ti mesmo, ou foram outros que to disseram de mim? Disse Pilatos: Acaso
sou eu judeu? A tua nação e os sumos sacerdotes entregaram-te a mim. Que
fizeste? Respondeu Jesus: O meu Reino não é deste mundo. Se o meu Reino fosse
deste mundo, os meus súbditos certamente teriam pelejado para que eu não fosse
entregue aos judeus. Mas o meu Reino não é deste mundo. Perguntou-lhe então
Pilatos: És, portanto, rei? Respondeu Jesus: Sim, eu sou rei. É para dar
testemunho da verdade que nasci e vim ao mundo. Todo o que é da verdade ouve a
minha voz. Disse-lhe Pilatos: Que é a verdade? (Jo 18, 33-38) Saiu, por isso,
Pilatos para ter com eles, e perguntou: Que acusação trazeis contra este homem?
Responderam-lhe: Se este não fosse malfeitor, não o teríamos entregue a
ti. Disse, então, Pilatos: Tomai-o e julgai-o vós mesmos segundo a vossa
lei. Responderam-lhe os judeus: Não nos é permitido matar ninguém. Assim se cumpria
a palavra com a qual Jesus indicou de que gênero de morte havia de morrer (Mt
20,19). Declarou Pilatos aos príncipes dos sacerdotes e ao povo: Eu não acho
neste homem culpa alguma. (Lc 23, 4)
Das 7 às 8 da manhã Jesus diante de Pilatos manda Jesus a
Herodes
E quando soube que era da
jurisdição de Herodes, enviou-o a Herodes, pois justamente naqueles dias se
achava em Jerusalém. Herodes alegrou-se muito em ver Jesus, pois de longo tempo
desejava vê-lo, por ter ouvido falar dele muitas coisas, e esperava presenciar
algum milagre operado por ele. Dirigiu-lhe muitas perguntas, mas Jesus nada
respondeu. Ali estavam os príncipes dos sacerdotes e os escribas, acusando-o
com violência. Herodes, com a sua guarda, tratou-o com desprezo, escarneceu
dele, mandou revesti-lo de uma túnica branca... (Lc 23, 7-11) Foi maltratado e
resignou-se; não abriu a boca, como um cordeiro que se conduz ao matadouro, e
uma ovelha muda nas mãos do tosquiador. (Ele não abriu a boca.) (Is 53, 7)
Das 8 às 9 da manhã Herodes devolve Jesus a Pilatos que
manda flagelá-Lo
Pilatos convocou então os
príncipes dos sacerdotes, os magistrados e o povo e disse-lhes:
Apresentastes-me este homem como agitador do povo, mas, interrogando-o eu
diante de vós, não o achei culpado de nenhum dos crimes de que o acusais. Nem
tampouco Herodes, pois no-lo devolveu. Portanto, ele nada fez que mereça a
morte. Por isso, soltá-lo-ei depois de o castigar. (Lc 23, 13-16) Pilatos então
mandou então flagelar JESUS (Jo 19,1) Os soldados conduziram-no ao interior do
pátio, isto é, ao pretório, onde convocaram toda a coorte. (Mc 15, 16)
Das 9 às 10 da manhã Jesus é coroado de espinhos
Os soldados teceram de espinhos
uma coroa e puseram-lha sobre a cabeça, diziam: Salve, rei dos judeus! E
davam-lhe bofetadas. (Jo 19, 2-3) Arrancaram-lhe as vestes e colocaram-lhe um
manto escarlate. Depois, trançaram uma coroa de espinhos, meteram-lha na cabeça
e puseram-lhe na mão uma vara. Dobrando os joelhos diante dele, diziam com
escárnio: Salve, rei dos judeus! Cuspiam-lhe no rosto e, tomando da vara,
davam-lhe golpes na cabeça. (Mt 27, 28-30)
Das 10 às 11 da manhã Jesus é condenado à morte e vai para o Calvário
Pilatos disse aos judeus: Eis o
vosso rei! Mas eles clamavam: Fora com ele! Fora com ele! Crucifica-o! Pilatos
perguntou-lhes: Hei de crucificar o vosso rei? Os sumos sacerdotes responderam:
Não temos outro rei senão César! (Jo 19, 14-15) Pilatos viu que nada adiantava,
mas que, ao contrário, o tumulto crescia. Fez com que lhe trouxessem água, lavou
as mãos diante do povo e disse: Sou inocente do sangue deste homem. Isto é lá
convosco! E todo o povo respondeu: Caia sobre nós o seu sangue e sobre nossos
filhos! Libertou então Barrabás, mandou açoitar Jesus e lho entregou para ser
crucificado. (Mt 27, 24-26) Em seguida levaram-nO para crucificar” (Mt 27, 31)
Levaram então consigo Jesus. Ele próprio carregava a sua cruz para fora da
cidade, em direção ao lugar chamado Calvário, em hebraico Gólgota. (Jo 19, 17)
Enquanto o conduziam, detiveram um certo Simão de Cirene, que voltava do campo,
e impuseram-lhe a cruz para que a carregasse atrás de Jesus. (Lc 23, 26)
Seguia-O uma grande multidão de povo e de mulheres, que batiam no peito e o
lamentavam.
Das 11 ao meio-dia Jesus
é despojado de suas vestes e crucificado
Depois de os soldados
crucificarem Jesus, tomaram as suas vestes e fizeram delas quatro partes, uma
para cada soldado. A túnica, porém, toda tecida de alto a baixo, não tinha
costura. Disseram, pois, uns aos outros: Não a rasguemos, mas deitemos sorte
sobre ela, para ver de quem será. Assim se cumpria a Escritura: Repartiram
entre si as minhas vestes e deitaram sorte sobre a minha túnica (Sl 21,19).
Isso fizeram os soldados. (Jo 19, 23-24)
Do meio-dia à 1 da tarde 1ª hora de agonia sobre a Cruz. 1ª Palavra de
Jesus
Jesus, porém, dizia: “Meu Pai,
perdoai-lhes, porque não sabem o que fazem”. É preciso ser Jesus para encontrar
desculpas e palavras de perdão para um tão grande crime. A oração de Jesus
produziu logo o desejado efeito: converteu-se um dos ladrões e os soldados
proclamaram sua divindade.
Da 1 às 2 da tarde 2ª
hora de agonia. Segunda, terceira e quarta Palavras
[O bom ladrão] dizia a Jesus:
“Senhor, lembrai-vos de mim quando chegardes ao vosso reino”. Respondeu-lhe Jesus:
“Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso”. Quando
Jesus viu sua mãe e perto dela o discípulo que amava, disse à sua mãe: Mulher,
eis aí teu filho. Depois disse ao discípulo: Eis aí tua mãe. E dessa hora em
diante o discípulo a levou para a sua casa. (Jo 19, 26-27) Quase a hora nona,
clamou Jesus com grande brado, dizendo: “Eli, Eli, lamma sabacthani?” Isto é:
“Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?”
Das 2 às 3 da tarde 3ª
hora de agonia. Quinta, sexta e sétima Palavras de Jesus
“Tenho sede”. Havia ali um vaso
cheio de vinagre. Os soldados encheram de vinagre uma esponja e, fixando-a numa
vara de hissopo, chegaram-lhe à boca. (Jo 19, 29) Havendo Jesus tomado do
vinagre, disse: “Tudo está consumado”. (Jo 19, 30) O véu do templo rasgou-se
então de alto a baixo em duas partes. (Mc 15, 38) Jesus deu então um grande
brado e disse: “Meu Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito”. (Lc 23, 46)
Inclinou a cabeça e rendeu o espírito. (Jo 19, 30)
Das 3 às 4
da tarde Jesus morto é trespassado com a lança
do soldado. Jesus
é descido da Cruz
Os judeus temeram que os corpos
ficassem na cruz durante o sábado, porque já era a Preparação e esse sábado era
particularmente solene. Rogaram a Pilatos que se lhes quebrassem as pernas e
fossem retirados. Vieram os soldados e quebraram as pernas do primeiro e do
outro, que com ele foram crucificados. Chegando, porém, a Jesus, como o vissem
já morto, não lhe quebraram as pernas, mas um dos soldados abriu-lhe o lado com
uma lança e, imediatamente, saiu sangue e água. (Jo 19, 31-34)
Havia um homem, por nome José,
membro do conselho, homem reto e justo. Ele não havia concordado com a decisão
dos outros nem com os atos deles. Originário de Arimatéia, cidade da Judéia,
esperava ele o Reino de Deus. Foi ter com Pilatos e lhe pediu o corpo de Jesus.
(Lc 23, 50-52) Pilatos admirou-se de que ele tivesse morrido tão depressa. E,
chamando o centurião, perguntou se já havia muito tempo que Jesus tinha
morrido. Obtida a resposta afirmativa do centurião, mandou dar-lhe o corpo. (Mc
15, 44-45)
Das 4 às 5 da tarde A sepultura de Jesus - Maria Santíssima
desolada
Foi, pois, e tirou o corpo de
Jesus. Acompanhou-o Nicodemos (aquele que anteriormente fora de noite ter com
Jesus), levando umas cem libras de uma mistura de mirra e aloés. Tomaram o
corpo de Jesus e envolveram-no em panos com os aromas, como os judeus costumam
sepultar. (Jo 19, 38-40) No lugar em que ele foi crucificado havia um jardim, e
no jardim um sepulcro novo, em que ninguém ainda fora depositado. Foi ali que
depositaram Jesus por causa da Preparação dos judeus e da proximidade do
túmulo. (Jo 19, 41-42) ... Depois rolou uma grande pedra à entrada do sepulcro
e foi-se embora. (Mt 27, 60) As mulheres, que tinham vindo com Jesus da Galiléia,
acompanharam José. Elas viram o túmulo e o modo como o corpo de Jesus ali fora
depositado. Elas voltaram e prepararam aromas e bálsamos... (Lc 23, 55-56)
Oração de agradecimento
depois de cada Hora.
Meu Jesus, Tu chamaste-me nesta Hora da
Tua Paixão a fazer-Te companhia e eu vim. Parecia-me que Te ouvia, angustiado e
sofredor, a pedir, a reparar e a sofrer, e com as vozes mais comovedoras e
eloquentes pedir a salvação das almas. ...
Ó Jesus, faz com que de todo o meu ser
brote uma corrente contínua de gratidão e de bênçãos, de forma a atrair sobre
mim e sobre todos as Tuas bênçãos e graças. Ó Jesus, aperta-me ao Teu Coração e
com as Tuas mãos santíssimas marca cada partícula do meu ser com o Teu
“bendigo-Te”, para que de mim brote um hino contínuo de louvor a Ti.
Nota:
O Pe. Aníbal Maria Di Francia no dia 16 de maio de 2004 foi declarado Santo. A
sua memória celebra-se no dia 1 de junho.
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