quinta-feira, 13 de abril de 2017

As Horas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo

Das 4 às 5 da madrugada                  Jesus nas mãos dos soldados é negado por Pedro
Estando Pedro embaixo, no pátio, veio uma das criadas do sumo sacerdote. Ela fixou os olhos em Pedro, que se aquecia, e disse: Também tu estavas com Jesus de Nazaré. Ele negou: Não sei, nem compreendo o que dizes. E saiu para a entrada do pátio; e o galo cantou. (Mc 14, 66-68) Dirigia-se ele para a porta, a fim de sair, quando outra criada o viu e disse aos que lá estavam: Este homem também estava com Jesus de Nazaré. Pedro, pela segunda vez, negou com juramento: Eu nem conheço tal homem. Pouco depois, os que ali estavam aproximaram-se de Pedro e disseram: Sim, tu és daqueles; teu modo de falar te dá a conhecer. Pedro então começou a fazer imprecações, jurando que nem sequer conhecia tal homem. E, neste momento, cantou o galo. Pedro recordou-se do que Jesus lhe dissera: Antes que o galo cante duas vezes, negar-me-ás três vezes. E saindo, chorou amargamente. (Mt 26, 71-75)


Das 5 às 6 da madrugada                  Jesus na prisão
Ao amanhecer, reuniram-se os anciãos do povo, os príncipes dos sacerdotes e os escribas, e mandaram trazer Jesus ao seu conselho. Perguntaram-lhe: Dize-nos se és o Cristo! Respondeu-lhes ele: Se eu vo-lo disser, não me acreditareis; e se vos fizer qualquer pergunta, não me respondereis. Mas, doravante, o Filho do Homem estará sentado à direita do poder de Deus. Então perguntaram todos: Logo, tu és o Filho de Deus? Respondeu: Sim, eu sou. Eles então exclamaram: Temos nós ainda necessidade de testemunho? Nós mesmos o ouvimos da sua boca. (Lc 22, 66-71)

Das 6 às 7 da manhã                          Caifás confirma a condenação à morte e O envia a Pilatos
Pilatos entrou no pretório, chamou Jesus e perguntou-lhe: És tu o rei dos judeus? Jesus respondeu: Dizes isso por ti mesmo, ou foram outros que to disseram de mim? Disse Pilatos: Acaso sou eu judeu? A tua nação e os sumos sacerdotes entregaram-te a mim. Que fizeste? Respondeu Jesus: O meu Reino não é deste mundo. Se o meu Reino fosse deste mundo, os meus súbditos certamente teriam pelejado para que eu não fosse entregue aos judeus. Mas o meu Reino não é deste mundo. Perguntou-lhe então Pilatos: És, portanto, rei? Respondeu Jesus: Sim, eu sou rei. É para dar testemunho da verdade que nasci e vim ao mundo. Todo o que é da verdade ouve a minha voz. Disse-lhe Pilatos: Que é a verdade? (Jo 18, 33-38) Saiu, por isso, Pilatos para ter com eles, e perguntou: Que acusação trazeis contra este homem? Responderam-lhe: Se este não fosse malfeitor, não o teríamos entregue a ti. Disse, então, Pilatos: Tomai-o e julgai-o vós mesmos segundo a vossa lei. Responderam-lhe os judeus: Não nos é permitido matar ninguém. Assim se cumpria a palavra com a qual Jesus indicou de que gênero de morte havia de morrer (Mt 20,19). Declarou Pilatos aos príncipes dos sacerdotes e ao povo: Eu não acho neste homem culpa alguma. (Lc 23, 4)


Das 7 às 8 da manhã                          Jesus diante de Pilatos manda Jesus a Herodes
E quando soube que era da jurisdição de Herodes, enviou-o a Herodes, pois justamente naqueles dias se achava em Jerusalém. Herodes alegrou-se muito em ver Jesus, pois de longo tempo desejava vê-lo, por ter ouvido falar dele muitas coisas, e esperava presenciar algum milagre operado por ele. Dirigiu-lhe muitas perguntas, mas Jesus nada respondeu. Ali estavam os príncipes dos sacerdotes e os escribas, acusando-o com violência. Herodes, com a sua guarda, tratou-o com desprezo, escarneceu dele, mandou revesti-lo de uma túnica branca... (Lc 23, 7-11) Foi maltratado e resignou-se; não abriu a boca, como um cordeiro que se conduz ao matadouro, e uma ovelha muda nas mãos do tosquiador. (Ele não abriu a boca.) (Is 53, 7)

Das 8 às 9 da manhã                          Herodes devolve Jesus a Pilatos que manda flagelá-Lo
Pilatos convocou então os príncipes dos sacerdotes, os magistrados e o povo e disse-lhes: Apresentastes-me este homem como agitador do povo, mas, interrogando-o eu diante de vós, não o achei culpado de nenhum dos crimes de que o acusais. Nem tampouco Herodes, pois no-lo devolveu. Portanto, ele nada fez que mereça a morte. Por isso, soltá-lo-ei depois de o castigar. (Lc 23, 13-16) Pilatos então mandou então flagelar JESUS (Jo 19,1) Os soldados conduziram-no ao interior do pátio, isto é, ao pretório, onde convocaram toda a coorte. (Mc 15, 16) 


Das 9 às 10 da manhã                        Jesus é coroado de espinhos
Os soldados teceram de espinhos uma coroa e puseram-lha sobre a cabeça, diziam: Salve, rei dos judeus! E davam-lhe bofetadas. (Jo 19, 2-3) Arrancaram-lhe as vestes e colocaram-lhe um manto escarlate. Depois, trançaram uma coroa de espinhos, meteram-lha na cabeça e puseram-lhe na mão uma vara. Dobrando os joelhos diante dele, diziam com escárnio: Salve, rei dos judeus! Cuspiam-lhe no rosto e, tomando da vara, davam-lhe golpes na cabeça. (Mt 27, 28-30)


Das 10 às 11 da manhã                      Jesus é condenado à morte e vai para o Calvário
Pilatos disse aos judeus: Eis o vosso rei! Mas eles clamavam: Fora com ele! Fora com ele! Crucifica-o! Pilatos perguntou-lhes: Hei de crucificar o vosso rei? Os sumos sacerdotes responderam: Não temos outro rei senão César! (Jo 19, 14-15) Pilatos viu que nada adiantava, mas que, ao contrário, o tumulto crescia. Fez com que lhe trouxessem água, lavou as mãos diante do povo e disse: Sou inocente do sangue deste homem. Isto é lá convosco! E todo o povo respondeu: Caia sobre nós o seu sangue e sobre nossos filhos! Libertou então Barrabás, mandou açoitar Jesus e lho entregou para ser crucificado. (Mt 27, 24-26) Em seguida levaram-nO para crucificar” (Mt 27, 31) Levaram então consigo Jesus. Ele próprio carregava a sua cruz para fora da cidade, em direção ao lugar chamado Calvário, em hebraico Gólgota. (Jo 19, 17) Enquanto o conduziam, detiveram um certo Simão de Cirene, que voltava do campo, e impuseram-lhe a cruz para que a carregasse atrás de Jesus. (Lc 23, 26) Seguia-O uma grande multidão de povo e de mulheres, que batiam no peito e o lamentavam.


Das 11 ao meio-dia                            Jesus é despojado de suas vestes e crucificado
Depois de os soldados crucificarem Jesus, tomaram as suas vestes e fizeram delas quatro partes, uma para cada soldado. A túnica, porém, toda tecida de alto a baixo, não tinha costura. Disseram, pois, uns aos outros: Não a rasguemos, mas deitemos sorte sobre ela, para ver de quem será. Assim se cumpria a Escritura: Repartiram entre si as minhas vestes e deitaram sorte sobre a minha túnica (Sl 21,19). Isso fizeram os soldados. (Jo 19, 23-24)


Do meio-dia à 1 da tarde                   1ª hora de agonia sobre a Cruz. 1ª Palavra de Jesus
Jesus, porém, dizia: “Meu Pai, perdoai-lhes, porque não sabem o que fazem”. É preciso ser Jesus para encontrar desculpas e palavras de perdão para um tão grande crime. A oração de Jesus produziu logo o desejado efeito: converteu-se um dos ladrões e os soldados proclamaram sua divindade.

Da 1 às 2 da tarde                              2ª hora de agonia. Segunda, terceira e quarta Palavras
[O bom ladrão] dizia a Jesus: “Senhor, lembrai-vos de mim quando chegardes ao vosso reino”. Respondeu-lhe Jesus: “Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso”. Quando Jesus viu sua mãe e perto dela o discípulo que amava, disse à sua mãe: Mulher, eis aí teu filho. Depois disse ao discípulo: Eis aí tua mãe. E dessa hora em diante o discípulo a levou para a sua casa. (Jo 19, 26-27) Quase a hora nona, clamou Jesus com grande brado, dizendo: “Eli, Eli, lamma sabacthani?” Isto é: “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?”

   
 

Das 2 às 3 da tarde                            3ª hora de agonia. Quinta, sexta e sétima Palavras de Jesus
“Tenho sede”. Havia ali um vaso cheio de vinagre. Os soldados encheram de vinagre uma esponja e, fixando-a numa vara de hissopo, chegaram-lhe à boca. (Jo 19, 29) Havendo Jesus tomado do vinagre, disse: “Tudo está consumado”. (Jo 19, 30) O véu do templo rasgou-se então de alto a baixo em duas partes. (Mc 15, 38) Jesus deu então um grande brado e disse: “Meu Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito”. (Lc 23, 46) Inclinou a cabeça e rendeu o espírito. (Jo 19, 30)


Das 3 às 4 da tarde                            Jesus morto é trespassado com a lança do soldado. Jesus é descido da Cruz                  
Os judeus temeram que os corpos ficassem na cruz durante o sábado, porque já era a Preparação e esse sábado era particularmente solene. Rogaram a Pilatos que se lhes quebrassem as pernas e fossem retirados. Vieram os soldados e quebraram as pernas do primeiro e do outro, que com ele foram crucificados. Chegando, porém, a Jesus, como o vissem já morto, não lhe quebraram as pernas, mas um dos soldados abriu-lhe o lado com uma lança e, imediatamente, saiu sangue e água. (Jo 19, 31-34)
Havia um homem, por nome José, membro do conselho, homem reto e justo. Ele não havia concordado com a decisão dos outros nem com os atos deles. Originário de Arimatéia, cidade da Judéia, esperava ele o Reino de Deus. Foi ter com Pilatos e lhe pediu o corpo de Jesus. (Lc 23, 50-52) Pilatos admirou-se de que ele tivesse morrido tão depressa. E, chamando o centurião, perguntou se já havia muito tempo que Jesus tinha morrido. Obtida a resposta afirmativa do centurião, mandou dar-lhe o corpo. (Mc 15, 44-45)

Das 4 às 5 da tarde                            A sepultura de Jesus - Maria Santíssima desolada
Foi, pois, e tirou o corpo de Jesus. Acompanhou-o Nicodemos (aquele que anteriormente fora de noite ter com Jesus), levando umas cem libras de uma mistura de mirra e aloés. Tomaram o corpo de Jesus e envolveram-no em panos com os aromas, como os judeus costumam sepultar. (Jo 19, 38-40) No lugar em que ele foi crucificado havia um jardim, e no jardim um sepulcro novo, em que ninguém ainda fora depositado. Foi ali que depositaram Jesus por causa da Preparação dos judeus e da proximidade do túmulo. (Jo 19, 41-42) ... Depois rolou uma grande pedra à entrada do sepulcro e foi-se embora. (Mt 27, 60) As mulheres, que tinham vindo com Jesus da Galiléia, acompanharam José. Elas viram o túmulo e o modo como o corpo de Jesus ali fora depositado. Elas voltaram e prepararam aromas e bálsamos... (Lc 23, 55-56)

    
Oração de agradecimento depois de cada Hora.
     Meu Jesus, Tu chamaste-me nesta Hora da Tua Paixão a fazer-Te companhia e eu vim. Parecia-me que Te ouvia, angustiado e sofredor, a pedir, a reparar e a sofrer, e com as vozes mais comovedoras e eloquentes pedir a salvação das almas. ...
     Ó Jesus, faz com que de todo o meu ser brote uma corrente contínua de gratidão e de bênçãos, de forma a atrair sobre mim e sobre todos as Tuas bênçãos e graças. Ó Jesus, aperta-me ao Teu Coração e com as Tuas mãos santíssimas marca cada partícula do meu ser com o Teu “bendigo-Te”, para que de mim brote um hino contínuo de louvor a Ti.

Nota: O Pe. Aníbal Maria Di Francia no dia 16 de maio de 2004 foi declarado Santo. A sua memória celebra-se no dia 1 de junho.

Fonte: http://www.passioiesus.org/pt/horasdelapasion/distribucion.htm

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