Figura medieval com dama e guerreiro |
Quando João de Vernon faleceu, em 1094,
seus domínios passaram para seu filho mais velho, Adjutor, que fora educado por
São Bernardo, Abade de Tiron, na observância estrita da religião Católica.
Em 1095, Adjutor partiu para a Terra Santa
com duzentos cavaleiros para participar na 1ª Cruzada, deixando seus domínios
nas mãos de seu irmão Mateus. Acompanhava-o seu irmão Ricardo. Próximo de
Antioquia, estes valentes defensores do Cristianismo foram cercados por mil e
quinhentos infiéis ameaçadores. Adjutor invocou Santa Maria Madalena, por quem
a cidade de Vernon já tinha grande devoção, e subitamente os infiéis foram
vítimas de uma violenta tempestade e fizeram meia-volta. Muitos tombaram sob as
flechas dos homens de Adjutor.
Tendo sido vítima de uma emboscada em
Tambire, foi capturado, lançado numa prisão, carregado de correntes, duramente
pressionado para renegar sua fé. Novamente Adjutor recorreu à sua Santa
Protetora e foi miraculosamente transportado para Vernon, após ter ficado
ausente por dezessete anos. O fato foi constatado pelo bispo Hugues de Rouen,
mas uma hipótese leva a supor que na realidade Adjutor voltou para a França
após a vitória de Antioquia.
Segundo uma legenda, o santo reconheceu
com alegria a floresta onde muitas vezes passara horas contemplando e rezando a
Deus. Pediu então a um pastor que se encontrava próximo que fosse avisar sua
mãe, a Duquesa Rosamunda, que seu filho tinha retornado. Conta ainda a legenda
que quando Rosamunda chegou ao local onde fora dito que seu filho se
encontrava, este agonizava.
Após seu retorno, Adjutor mandou construir
uma capela em honra de Santa Maria Madalena para agradecer a graça de voltar
são e salvo ao seu país. Ele se tornou beneditino na Abadia de Tiron, mas logo
preferiu a solidão de sua pequena capela, onde ele passou os últimos anos de
sua vida como eremita, recebendo os doentes para lhes proporcionar algum
remédio ao corpo e conduzir as almas à alegria de Deus.
Santo Adjutor faleceu em
Pressagny-l’Orgueilleux em 30 de abril de 1131.
Ele tornou-se um santo muito popular entre
os Normandos. Em Blaru, uma fonte milagrosa era o local onde a nutriz de
Adjutor lavava suas roupas.
Quanto a Duquesa Rosamunda de Blaru, como
viúva recebeu o véu tornando-se religiosa e após sua morte foi sepultada junto
a seu filho. Rosamunda logo foi venerada como beata e é comemorada no dia 30 de
abril, junto com o filho, nas Dioceses de Chartres, Evreux e Rouen, no norte da
França.
O túmulo de Santo Adjutor existe ainda nos
dias atuais.
Etimologia:
Rosamunda = do germânico, “proteção
ou protetora (mund) da glória (hroud)”; ou “boca (mund) vermelha (rothe)”.
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