Martirológio
Roman: Em Faremoutiers-en-Brie perto de Meaux na Aquitânia, França, Santa Etelburga,
abadessa, que, filha do rei dos anglos orientais, deu glória a Deus com a
abstinência severa do corpo e virgindade perpétua.
Filha natural de Anna, rei dos anglos
orientais (635-54), por desejar alcançar a perfeição cristã foi para a França e
ali consagrou-se a Deus no mosteiro de Eboriacum, na diocese de Meaux, mais
tarde chamado Faremoutiers-en-Brie, do nome da fundadora Santa Fara,
tornando-se abadessa após a morte da irmã Santa Sesburga.
Ela iniciou a construção de uma igreja em
honra aos Apóstolos no mosteiro. Por ocasião de sua morte, em 7 de julho de 695,
embora a construção do edifício tivesse apenas alcançado a metade, ela foi
enterrada ali, de acordo com seus desejos. Seu desaparecimento fez com que as obras
permanecessem suspensas por sete anos, depois foram definitivamente abandonadas;
seu corpo foi então transferido para a igreja de Santo Estevão. Seu corpo,
conforme testemunha São Beda, permaneceu incorrupto. [1]
São Beda, de quem estes detalhes foram
tomados, nos informa que sua festa era celebrada com grande solenidade no dia
de sua serena morte.
Ela está inscrita em antigos calendários
ingleses, começando com o de Canterbury, compilado por volta do ano 1000; em
uma carta de Eugenio III, datada de 3 de janeiro de 1146, é feita referência a
uma capela dedicada a Santa Adelberga e seu Ofício permanece em um Breviário do
mosteiro Eboriacum do século XIII. O primeiro a inscrever seu nome em um
martirológio foi Ermanno Greven no século XV, que traz: "Ethilburge
virginia et abbatisse, filie regis Anglorum Orientalium", do qual
passou para o Molano e para o Martirológio Romano.
Ela é celebrada nos Martirológios Romano, francês
e inglês neste dia. Neste último, sua sobrinha Santa Earcongota é homenageada
com ela. [seu nome tem variadas formas: Edilburga, Adelberga, Aubierge (na
França)]
_________________________
Note [1] Beda, b. 3, c. 6.
A
principal forte é a Historia Ecclesiastica de São Beda, lib. III,8; ver
também as notas de Plummer. Cf. Stanton,
Menology, pp. 13-14, 319-321, 324; e sobretudo H. M. Delsart, Sta Fara (1911),
pp. 112-113 y 181-185.
Fonte:
«Vidas de los santos de A. Butler», Herbert Thurston, SI
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