quinta-feira, 25 de julho de 2019

Santa Glodesinda, Abadessa – 25 de julho

  
     De acordo com antiga Passio, Glodesinda (também conhecida como Glodesindis, Glodesind, Godesludis) viveu sob Childeberto II e Teodeberto II. Nasceu em 578 filha do duque Wintrom, nobre da corte da Austrasia (e que talvez tenha sido assassinado pela rainha Brunilda em 598) e Godila.
     Muito jovem dedicou sua virgindade a Deus. Um homem ilustre, Oboleno, foi-lhe imposto como esposo pela família. Pouco antes do casamento ser concluído, Oboleno foi chamado pelo rei e decapitado após um ano de prisão. A razão não é declarada, mas pode significar que ele cometeu um grande sacrilégio. Sua morte salvou-a de um primeiro casamento. Ela então recusou um segundo matrimônio e se refugiou em Metz, na Igreja de Santo Estêvão, local que possuía (e ainda possui) uma relíquia daquele santo, portanto um refúgio sagrado.
     Segundo a legenda, seu pai mandou que seus guardas a seguissem e que vigiassem a entrada da igreja por seis dias; ela ali permaneceu em oração sem comida e sem bebida. No sétimo dia, que era um domingo, um anjo apareceu e entregou a ela o véu virginal. A virgem se ajoelhou no altar e deixou que ele a velasse; quando olhou ao redor a aparição havia desaparecido. Os guardas de seu pai, que tinham visto o que acontecera, agora se recusavam a persegui-la e rezavam à noiva escolhida de Deus, Glodesinda.
     Finalmente, com o consentimento de seus pais, ela encontrou proteção junto à irmã de seu pai, Rotelinde, abadessa, em Trier, e começou a vida monástica sob sua direção. Depois de algum tempo ela retornou a Metz e ali construiu um mosteiro, doado por seus pais, inicialmente chamado de São Pedro de Metz, depois recebeu o nome da fundadora. Era tão ricamente dotado, que foi possível receber 100 freiras. Glodesinda adotou a Regra de São Bento em sua fundação.
     Depois de ficar à frente deste mosteiro por 6 anos, ela morreu em 608 (segundo Lechner em 610), aos 30 anos de idade. em sua primeira inocência. Ela foi enterrada na Igreja dos Santos Apóstolos, mais tarde chamada de Santo Arnaldo. Vinte e cinco anos depois, com o consentimento do rei, seu corpo foi colocado na Igreja de Santa Maria.
     Ela sempre foi venerada como santa em Metz por seus grandes méritos e poderosas intercessões. No entanto, a primeira evidência do culto público remonta ao ano de 830, quando a exumação solene de suas relíquias ocorreu. Sob o comando de Luís, o Bom, o bispo de Metz, Drogone, transferiu seus restos mortais para a igreja que ele havia construído e que passou a ser chamada de Santa Glodesinda.
     Segundo Migne, as monjas beneditinas que viviam no mosteiro em 1791 souberam preservar as relíquias da santa da profanação das tempestades revolucionárias e depois as enviaram, após a restauração do culto, ao bispo diocesano, que novamente as expôs à veneração dos fiéis na antiga Igreja de Santa Glodesinda, que atualmente serve como capela episcopal, onde elas estão colocadas em um relicário muito bonito.
     Seu nome aparece nas ladainhas de Hastière-Waulsort e no Calendário de Liége. Ela também era cultuada em Huy, na Bélgica, e é celebrada em 25 de julho e 14 de março (data da trasladação).

Fontes:
https://www.wikizero.com - Friedrich Wilhelm Bautz (1990). "Glodesindis, Heilige". In Bautz, Friedrich Wilhelm (ed.). Biographisch-Bibliographisches Kirchenlexikon (BBKL) (in German). 2. Hamm: Bautz. col. 254. 

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