São Gregório de Tours (m. 594 ca.) conhecia muito bem a história da região de Clermont-Ferrand, no Auvergne, França, pois nasceu e passou muitos anos naquela cidade. Tinha portanto um bom conhecimento das tradições relativas a existência e as virtudes de Santa Georgina (De Gloria confessorum, XXXIV), de quem foi quase contemporâneo. E o que sabemos desta Santa é o que foi transmitido por ele.
No início do século VI, Georgina vivia em Clermont-Ferrand "religiosa atque devota Deo". Retirou-se para uma aldeia dos arredores para ficar em maior recolhimento e poder oferecer a Deus "as suas oferendas de louvor". Jejuava todos os dias e rezava quase sem cessar.
Por ocasião de sua morte (ca. 500), quando seu corpo era transportado em direção a igreja para ali serem feitas as orações fúnebres, um bando de pombas acompanhou-lhe os santos despojos desde a casa mortuária, e durante o ofício escondeu-se no telhado. Logo que o cortejo se encaminhou para o cemitério, as aves tornaram a aparecer e pairavam por cima dos despojos da Santa até estes descerem à terra. Depois, subiram para o céu.
O candor das pombas simbolizava e honrava a virgindade da defunta. Segundo a tradição, eram anjos que, para honrar a pureza da defunta, tinham tomado a forma de pombas brancas.
Estudiosos acreditam que os restos de Santa Georgina foram colocados na igreja de São Cassiano, em Clermont-Ferrand. O Martirológio Romano a menciona no dia 15 de fevereiro, dia em que é comemorada também naquela cidade.
Etimologia: Jorge ou George, do grego Geórgios, o mesmo que Georgós, "agricultor". Feminino: Jórgia (Português), Georgina (Italiano), Georgette (Francês).
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São Filipe Néri já dizia: "Na luta pela pureza, vence quem foge". "O sagaz vê o perigo e se esconde, o incauto segue em frente e paga por isso" (Prov XXVII, 12).
Foge, pois, meu irmão, "foge do pecado como de uma serpente, porque, se te aproximares, morder-te-á; seus dentes são dentes de leões que aos homens tiram a vida" (Eclo XXI, 2).
"Fuja, e quão longe puder, fuja (…). Fuja como de ar pestilento, corte-lhe o passo como a incêndio; creia que a fragilidade humana - e a astúcia diabólica - é maior do que ponderação alguma pode declarar" (Pe. Manuel Bernardes).
Fuja, porque "quem ama o perigo, nele perecerá" (Eclo III, 27).
Como cera ao fogo!
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