jul 01 Santa Regina
de Denain
|
jul 01 Santa Ester,
Rainha da Pérsia
|
jul 02 Beata
Eugênia Joubert, Religiosa
|
jul 02 Santa
Monegunda, Venerada em Tours
|
jul 03 Beata Maria
Ana Mogas Fontcuberta, Fundadora
|
jul 04 Beata
Catarina Jarrige, Dominicana
|
jul 04 Beata Maria
Crucifixa Curcio
|
jul 04 Santa Berta
de Blangy, Abadessa
|
jul 04 Santa Isabel
de Portugal, Rainha
|
jul 04 Santa
Natália de Tolosa, Virgem mercedária
|
jul 05 Santa Cirila
de Cirene, Mártir
|
jul 05 Santa
Febrônia, Venerada em Patti
|
jul 05 Santa
Filomena, Venerada
|
jul 05 Santa Marta,
Mãe de São Simão Estilita o Jovem
|
jul 05 Santa
Trifina, Mártir
|
jul 05 Santa Zoé de
Roma († c 286)
|
jul 05 Santas
Teresa Chen Jinxie e Rosa Chen Aixie, Mártires
|
jul 06 Beata Maria
Rosa (Susana Ágata de Loye), Beneditina, mártir
|
jul 06 Beata Maria
Teresa Ledochowska, Virgem
|
jul 06 Beata
Nazária Inácia March Mesa, Religiosa, fundadora
|
jul 06 Santa Darerca (Monenna) de Killeavy,
Abadessa
|
jul 06 Santa
Domingas (Ciríaca) Venerada em Tropea
|
jul 06 Santa Maria
Goretti, Virgem e mártir
|
jul 06 Santa Noela,
Virgem e mártir
|
jul 06 Santa
Sexburga, Rainha de Kent, Abadessa
|
jul 07 Beata
Beatriz d’Este, Rainha da Hungria (†
11/7/1239)
|
jul 07 Beata
Ifigênia de S. Mateus de Gaillard de
|
jul 07 Beata Maria
Romero Meneses
|
jul 07 Santa Etelburga
(Edilburga) Abadessa
|
jul 07 Santa Maria
Guo Lizhi, Mártir
|
jul 08 Santa
Glicéria, Mártir da Eracleia
|
jul 08 Santa
Landrada, Abadessa de Bilsen
|
jul 09 Beata Joana Scopelli, Virgem
|
jul 09 Beatas
Mártires Ursulinas de Orange
|
jul 09 Santa
Faustina, Mártir
|
jul 09 Santa Maria
Adolfina, Franciscana, mártir na China
|
jul 09 Santa Maria
Amandina, Irmã Franciscana, mártir na China
|
jul 09 Santa Maria
Clara, Irmã Franciscana, mártir na China
|
jul 09 Santa Maria
da Paz, Irmã Franciscana, mártir na China
|
jul 09 Santa Maria
de São Justo, Irmã Francana, mártir na China
|
jul 09 Santa Maria
de Sta.Natália, Irmã Franciscana, mártir na China
|
jul 09 Santa Maria
Ermelina de Jesus, Irmã Franciscana, mártir na China
|
jul 09 Beata Maria
de Jesus Crucificado Petkovic Religiosa, Fundadora
|
jul 09 Santa
Paulina do Coração Agonizante de Jesus, Religiosa, Fundadora
|
jul 09 Santa
Verônica Juliani, Virgem
|
jul 09 Santas
Floriana e Faustina, Mártires de Roma
|
jul 10 Beatas Maria
Gertrudes e Inês de Jesus de Romillon, Mártires
|
jul 10 Santa
Amalberga de Maubeuge, Viúva e monja
|
jul 10 Santa
Amalberga, Virgem
|
jul 10 Santa
Anatólia, Mártir
|
jul 10 Santa
Vitória, Mártir
|
jul 10 Santas
Rufina e Segunda, Mártires de Roma
|
jul 11 Beatas
Teotista do Ss. Sacr. e 3 comp. V e mártires Rev Francesa
|
jul 11 Santa
Marciana de Cesárea de Mauritânia, Mártir
|
jul 11 Santa Olga
de Kiev, Grã-duquesa
|
jul 11 Stas Ana An
Xinzhi, Matia An Guozhi, Ana An Jiaozhi e Ma An Lihua
|
jul 12 Beatas Marta
do Bom Anjo e 3 comp. Virgens e mártires
|
jul 12 Santa Inês
Le Thi Thanh (De) Mãe de família, mártir
|
jul 12 Santa
Verônica
|
jul 13 Beatas
Madalena da Mãe de Deus Verchière e 5 comp. Mártires
|
jul 13 Santa Clélia Barbieri
|
jul 13 Santa Mirope
de Chio, Mártir
|
jul 14 Beata
Angelina de Montegiove ou de Marsciano
|
jul 14 Santa
Lupercila (ou segundo domingo de julho)
|
jul 14 Santa
Toscana, Viúva
|
jul 15 Beata Ana Maria
Javohey, Fundadora
|
jul 15 Santa
Valentina, Venerada em Nevers
|
jul 16 Beata
Irmengarda de Chiemsee, Abadessa de Frauenwörth
|
jul 16 Beatas Amada
de Jesus de Gordon e 6 comp. Mártires
|
jul 16 Santa Elvira
(Erlvira) de Ohren, Abadessa
|
jul 16 Santa Maria
Madalena Postel, Religiosa
|
jul 16 Santa
Reinildes, Virgem Mártir
|
jul 16 Santa Teresa
Zhang Hezhi, Mártir
|
jul 17 Beata
Constância de Aragão, Rainha
|
jul 17 B. Teresa de
Sto.Agostinho e Carmelitas de Compiègne, V e mártires
|
jul 17 Santa Edviges
(Jadwiga), Rainha da Polônia
|
jul 17 Santa Justa,
Mártir de Sevilha
|
jul 17 Santa
Marcelina, Virgem
|
jul 17 Santa
Rufina, Mártir de Sevilha
|
jul 18 Beata
Tarcísia (Olga) Mackiv, Virgem e mártir
|
jul 18 Santa Marina
de Orense, Mártir
|
jul 18 Santa Sinforosa
e sete filhos, Mártires
|
jul 18 Santa Teodósia
de Constantinopla, Mártir
|
jul 19 Beata Stilla de Abenberg, Virgem
|
jul 19 Santa Áurea
de Córdoba, Mártir
|
jul 19 Santa
Macrina a Jovem, Monja
|
jul 19 Santos
Elisabete Qin Bianzhi e Simão Qin Chunfu, Mártires
|
jul 20 Beata
Francisca do S. Coração de Jesus, Mártir na Espanha
|
jul 20 Beata Rita
Dolores Pujalte Sanchez, Mártir na Espanha
|
jul 20 Santa
Etelvina, Rainha
|
jul 20 Santa Maria
Fu Guilin, Mártir
|
jul 20 Santa Marina
(Margarida) de Antioquia de Pisidia, Virgem e mártir
|
jul 20 Santa Rosa
Wang-Hoei, Mártir na China
|
jul 20 Santas Maria
Zhao Guozhi, Rosa Zhao e Maria Zhao, Mártires
|
jul 21 Santa Praxedes
de Roma, Virgem e mártir
|
jul 22 Santa Maria
Madalena
|
jul 22 Santa Maria
Wang Lizhi, Mártir
|
jul 23 Beata Joana
de Orvieto, Dominicana
|
jul 23 Beata
Margarida Maria Lopez de Maturana, Fundadora
|
jul 23 Santa
Brígida da Suécia, Religiosa, Fundadora
|
jul 24 Beata
Cristina a Admirável
|
jul 24 Beata
Ludovica de Savóia, Princesa, Clarissa
|
jul 24 Beata Maria
dos Anjos de S. José, Carmelita, Mártir
|
jul 24 Beata Maria
Pilar de S. Francisco Borja, Carmelita, Mártir
|
jul 24 Beata
Mercedes do Sagrado Coração (Mercedes Prat Y Prat), Mártir
|
jul 24 Beata Teresa
do Menino Jesus e de S. João da Cruz, Carmelita, Mártir
|
jul 24 Santa
Cristina de Bolsena, Mártir
|
jul 24 Santa
Cunegundes (Kinga), Rainha da Polônia
|
jul 24 Santa Eufrásia,
Eremita em Tebaida
|
jul 24 Santa
Sigolena, Religiosa
|
jul 24 Santas
Niceta e Aquilina, Mártires na Lícia
|
jul 25 Beata Carmem
Sallés Barangueras, Fundadora
|
jul 25 Beata Maria
Teresa do Menino Jesus, Virgem e Mártir
|
jul 25 Santa
Glodesinda, Abadessa
|
jul 25 Santa
Olimpíada, Viúva
|
jul 25 Santa
Valentina, Mártir
|
jul 26 Beata Camila Gentili de Rovellone
|
jul 26 Beata Sancha
de Leon, Esposa, religiosa
|
jul 26 Beatas Ma.
Margarida de Sto. Agostinho Bonnet e 4 comp. Mártires
|
jul 26 Santa Ana,
Mãe da Virgem Maria
|
jul 26 Santa
Bartolomea Capitanio, Virgem
|
jul 27 Beata Lúcia
Bufalari de Amélia
|
jul 27 Beata Maria
Clemência de Jesus Crucificado, Virgem e Mártir
|
jul 27 Beata Maria
da Paixão (Maria Graça Tarallo) Religiosa
|
jul 27 Beata Maria
Madalena (Margarida) Martinengo, Religiosa
|
jul 27 Santa Antusa
de Onoriade Virgem, fundadora
|
jul 27 Santa
Natália e companheiras Mártires de Córdoba
|
jul 28 Beata Clara
(Sancha de Maiorca), Rainha da Sicília
|
jul 28 Santa Afonsa
da Imaculada Conceição, Clarissa da Índia
|
jul 29 Santa Marta
de Betânia
|
jul 29 Santa
Serafina de Mamie, Virgem
|
jul 29 Santas
Lucila, Flora, Eugênio e comp. Mártires
|
jul 30 Beata Maria
Vicenta de Sta. Doroteia Chávez Orozco, Fundadora
|
jul 30 Santa
Angelina, Princesa da Sérvia
|
jul 30 Santa
Godeleva, Mártir
|
jul 30 Santa Julita
de Cesarea, Mártir
|
jul 30 Santa Maria
de Jesus Sacramentado, Fundadora
|
jul 30 Santas
Donatila, Máxima e Segunda, Mártires na África
|
jul 31 Beata
Catarina de Lovain, Monja
|
jul 31 Beata Zdenka
Cecília Schelingova, Mártir
|
jul 31 Santa Helena
(Elin) de Skovde
|
"O encanto grandioso e delicado da Cristandade não provém tanto do que ela realizou, como da harmonia profunda e da veracidade cintilante dos princípios sobre os quais ela construiu". Graças a Igreja Católica a mulher foi elevada a uma dignidade nunca antes atingida. Essas mulheres virtuosas também contribuíram para a grandeza da Cristandade. Aquelas glorificadas pela Igreja, o foram para que as mulheres de todos os tempos as tomassem como exemplo.
sábado, 30 de junho de 2012
Santas do mês de julho
sexta-feira, 29 de junho de 2012
Santa Erentrudes, Abadessa - Festejada 30 de junho
Erentrudes
(ou Erentraud, também conhecida como Erendruda) era originária da região de
Worms (Palatinado). Foi chamada pelo Bispo de Juvanum (atual Salzburgo,
Áustria), São Roberto de Salzburgo, seu tio e diretor espiritual, para fundar
em Nonnberg um mosteiro de religiosas, do qual veio a ser a primeira abadessa.
Colaborou com os trabalhos
apostólicos do bispo com a oração e cuidando da educação da juventude feminina.
Como abadessa introduziu a regularidade monástica, privilegiando a vida de
oração, da qual era um exemplo.
Estando São Roberto à morte,
Erentrudes apareceu debulhada em lágrimas: "Pedi que eu vá convosco",
disse-lhe ela. "Que desejais vós que eu venha a ser, quando não estiverdes
presente, e me veja destituída do meu pai espiritual?"
O santo bispo parece ter pedido
nesta intenção ao chegar ao Paraíso, porque Erentrudes deixou este mundo poucos
dias depois, em 30 de junho de 710.
Foi São Roberto quem mudou o
nome de Juvanum para Salzburgo (cidade do sal) em recordação das salinas por
ele criadas para o bem das suas ovelhas, residentes nas imediações.
O culto a esta Santa é muito
antigo em Salzburgo. Houve transladação de suas relíquias em 1023 e em 1624.
Parte da cabeça se conserva em um precioso relicário de 1316; as outras
relíquias estão sob o altar do coro do mosteiro; o sarcófago de pedra, vazio,
ainda é encontrado na cripta de Santa Erentrudes.
Em 1924, as relíquias foram
examinadas: os ossos revelaram uma estatura pequena e a idade estimada, com
base em um dente conservado, foi de cinquenta e cinco anos.
Santa Erentrudes foi eleita
recentemente para ser homenageada com uma medalha comemorativa da Abadia de
Nonnberg (5 de abril de 2006). Foi a primeira medalha de uma série “Grandes
Abadias da Áustria”. O reverso mostra a cripta dedicada a Santa Erentrudes na
Abadia de Nonnberg, com uma imagem da santa.
Ela é celebrada no dia 30 de
junho e a transladação de suas relíquias é comemorada em 4 de setembro.
Abadia de Nonnberg, Salzburgo, Áustria
quinta-feira, 28 de junho de 2012
Santa Vicência Gerosa, Cofundadora - Festejada 28 de junho
Ela jamais
havia pensado em tornar-se uma ‘fundadora’. O seu horizonte era Lovere, cidade
do norte da Itália sujeita à República de Veneza. A empresa comercial que
geriam garantia aos Gerosa uma vida abastada.
Santa
Vicência nasceu em 29 de outubro de 1784 e foi batizada com o nome de Catarina;
começou a estudar nas Beneditinas de Gandino, em Val Seriana, mas a saúde frágil
a impediu de continuar e teve que voltar para Lovere.
A sua vida
é constelada de projetos que as circunstâncias revolvem continuamente.
Reservada
e tímida, durante um período viveu contente atrás do balcão do pequeno comércio
da família. Mas, sob o ciclone napoleônico os negócios entram em crise,
enquanto Lovere passava do domínio veneziano ao francês na República Cisalpina.
A crise
econômica levou à morte seu pai, depois sua irmã Francisca e por último, em
1814, também sua mãe. Apesar da tragédia pessoal, com ânimo e fé inabalável ela
aceitou tudo com resignação. Confiante em Deus sofreu no silêncio do seu
coração, encontrando forças na oração e na penitência.
Quando
Napoleão caiu, Lovere passou para o domínio do Império dos Habsburg. Naquele
período, Catarina se dedicou ao ensino gratuito para jovens pobres, a atividade
de assistência e de formação religiosa, encorajada por dois párocos sucessivos.
Este empenho local lhe bastava, porque se revelava muito rico de estímulos e de
desafios. E eis que surge outro projeto que mudou o curso de sua existência.
Em 1824,
iniciou uma amizade com Bartolomea Capitanio, jovem professora de 17 anos,
nascida também em Lovere. Desde menina Bartolomea pensava em dedicar-se a
praticar a caridade junto aos pobres e aos doentes. Por isso se diplomou
professora no colégio das Clarissas de sua cidade natal.
O encontro
levou Catarina para uma nova aventura: criar um hospital. O que as duas conseguiriam
alguns anos depois. Com os bens herdados da família Gerosa, Catarina teria
possibilidade de fazê-lo, mas era necessário terem pessoal preparado para a
assistência hospitalar.
Bartolomea
tem um projeto bem claro: fundar um instituto religioso com os objetivos de dar
assistência aos doentes, dar instrução gratuita às jovens, criar um orfanato, dar
assistência à juventude. E convence a amiga. De maneira que no outono de 1837 o
instituto nasceu e foi chamado de Instituto das Irmãs de Maria Menina, com sede
em Lovere, e com as regras escritas por Bartolomea. Para evitar objeções de
caráter político, o instituto foi fundado autônomo. E assim independente ele
permaneceu, cresceu e se difundiu nos anos subsequentes.
Último e
tremendo impacto: Bartolomea Capitanio morre no dia 26 de julho de 1833, com
apenas 26 anos. Caterina Gerosa fica sozinha, tem pouca instrução, se sente
quase velha, desejaria deixar tudo... Mas, ao contrário, permanece, não
renuncia.
Decidida,
Catarina acolheu as primeiras jovens e por sete anos a pequena comunidade
seguiu a regra das Irmãs de Santa Maria Antida Thouret, até que em 1840 chegava
o reconhecimento pontifício, e as Irmãs de Maria Menina tomam vida
canonicamente com as regras escritas por Bartolomea Capitanio e com a direção
de Caterina Gerosa, que emite os votos assumindo o nome de Irmã Vicência.
Já em
1842, embora fossem ainda poucas, chamam-nas a Milão. O Arcebispo Cardeal
Gaysruk (da alta aristocracia austríaca) desejava fazer uma instituição
diocesana. Mas Irmã Vicência resiste: elas nasceram em Lovere e Lovere deve ser
a sua casa, com as suas regras.
Quando
Santa Vicência morreu, depois de uma longa doença, em 28 de junho de 1847, as
Irmãs eram somente 171. No início do terceiro milênio são cerca de 5.200
religiosas.
Santa
Vicência foi sepultada ao lado da cofundadora no santuário da Casa-mãe em
Lovere. Atualmente o Instituto das Irmãs da Caridade das Santas Bartolomea
Capitanio e Vicência Gerosa, ou Irmãs de Maria Menina, atua em toda a Europa,
África, Ásia e nas Américas.
Santa
Vicência Gerosa é celebrada no dia de sua morte e foi canonizada por Pio XII no
Ano Santo de 1950, junto com Santa Bartolomea Capitanio.
segunda-feira, 25 de junho de 2012
Beata Madalena Fontaine e comp. mártires - Festa 26 de junho
Estas quatro mártires eram Irmãs da
Caridade de São Vicente de Paulo, no convento de Arrás. Foram: Beata Madalena
Fontaine, de 71 anos; Beata Francisca Lanel, de 42 anos; Beata Teresa Fantou,
de 47; Beata Juana Gerard, de 42.
Filha de uma boa família temente a Deus,
Maria Madalena Fontaine nasceu em Etrépagny, França, a 22 de abril de 1723.
Chamada por Deus a vida religiosa na família de São Vicente de Paulo, no dia 9
de julho de 1748, iniciou na Casa-Mãe das Filhas da Caridade, em Paris, os
exercícios do Seminário.
Logo manifestou um desejo de perfeição,
uma retidão de espírito e uma firmeza de vontade e não tardaram em designá-la
para Superiora da “Casa da Caridade” em Arrás, fundada no tempo de SãoVicente
de Paulo e de Santa Luisa de Marillac.
Havendo triunfado a lúgubre Revolução
Francesa em 1789, logo começaram as medidas de perseguição contra a Igreja e as
congregações religiosas que atingiram a Casa da Caridade de Arras, mas não
fizeram a Irmã Fontaine perder a serenidade e a prudência.
Depois de por em lugar seguro as
irmãzinhas mais novas, ficou com as que julgou mais firmes para afrontar a
tempestade. Só pensando em fazer bem até o fim, mantinha-se indiferente a todas
as paixões políticas, mas indefectivelmente fiel a Igreja e a Religião.
Em fins de 1793, a Convenção estendeu às
religiosas da França a obrigação do juramento liberdade-igualdade, reprovado
pela Igreja. O Bispo de Arrás não julgou lícito que elas o prestassem e a Madre
Fontaine, com as suas companheiras Irmãs Lanel, Fantou e Gerard, recusou
prestá-lo.
No dia 1o. de novembro do mesmo ano, José
Lebon, padre apóstata, chegou a Arrás a fim de ser "representante do
povo". Lá iniciou a era do Terror. As Irmãs confessaram não ter prestado,
nem estar dispostas a prestar, o tal juramento. Tiveram que suportar
inventários de tudo o que se encontrava no hospital. A "Casa da
Caridade" passou a se chamar "Casa da Humanidade". As Irmãs
continuaram a atender os hospitalizados apesar de terem perdido a
independência, pois não havia quem as substituisse.
No inicio de 1794, André Mury passou a
dirigir a 'casa da humanidade'. As Irmãs foram expulsas e, acusadas de
anti-revolucionárias, foram enviadas para o tribunal revolucionário do
departamento. Presas e sujeitas a miúdos e capciosos interrogatórios, respondeu
por todas a Superiora com calma, firmeza e prudência.
Transferidas para Cambrai, foram julgadas
e condenadas a morte pelo sinistro José Lebon: Madre Fontaine foi condenada
como "piedosa contra-revolucionária" que mantinha escondido brochuras
e jornais monarquista e recusado o juramento; as outras Irmãs foram condenadas
como "cúmplices da dita Madalena Fontaine".
Quando preparavam as condenadas para a
morte, os algozes tiveram uma surpresa: as quatro tinham-se mostrado sempre
dóceis e resignadas, mas quando lhes quiseram tirar os terços para lhes
prenderem as mãos atrás das costas, elas não deixaram. O verdugo propos-lhes
então, a fim de troçar delas, por-lhes os terços como coroas nas cabeças. Assim
foram para o suplício.
Até o fim Madre Fontaine, bem como suas
companheiras, manteve uma atitude digna e heróica. Não passaram tristes a
caminho do local da execução, pelo contrário, rezavam e cantavam o Ave Maris
Stella. Ao chegaram junto ao cadafalso, se ajoelharam e desta forma esperaram
sua vez de morrer. As três Irmãs foram as primeiras.
A última a ser executada foi a Superiora.
Madre Fontaine antes de se apresentar ao algoz voltou-se para o povo e gritou
forte: "Cristãos, ouvi-me. Somos as últimas vítimas. Amanhã a perseguição
cessará, o cadafalso será destruído e os altares de Jesus levantar-se-ão
gloriosos". Foram executadas no dia 26 de junho de 1794.
Os fatos confirmaram a profecia de Madre
Fontaine: Lebon, o padre apóstata, violentamente atacado na Convenção, teve de
suspender as execuções; ele foi por sua vez guilhotinado em outubro de 1795.
As gloriosas mártires foram beatificadas a
13 de junho de 1920 por Bento XV.
sexta-feira, 22 de junho de 2012
Beata Maria d'Oignies, Beguina e Mística - Festejada 23 de junho
A Diocese de Liège foi o berço das
Beguinas graças à vida e à ação de Maria d'Oignies, cujo modo de vida agradou o
frei dominicano Tiago de Vitry, seu confessor e discípulo. Quando ele a
conheceu um numeroso grupo de mulheres e homens estavam estabelecidos junto ao
priorado de São Nicolau de Oignies, próximo à cidade natal de Maria, Nivelles.
O
movimento nascera no final do século XII, sendo que o primeiro convento
destas religiosas foi fundado por Lambert Le Bègue na Bélgica. Após a sua
fundação, espalharam-se pelos Países Baixos, Alemanha e França.
As Beguinas eram mulheres piedosas que praticavam uma vida ascética em
comum, parecida com a monacal, a maior parte das vezes nos chamados
beguinários. Elas dedicavam-se ao cuidado dos doentes e dos pobres, assim como
às tarefas caritativas e piedosas, sem estar contudo vinculadas a regras de
clausura nem a votos públicos.
Em 1311, o Concílio de Vienne condenou-as
por causa do perigo de heresia que representavam. Posteriormente subsistiram
sob a forma de asilos. Encontram-se ainda hoje alguns beguinários muito bem
conservados em Bruxelas, Antuérpia, Kortrijk e Gante (Bélgica), bem como nos Países
Baixos.
Maria d’Oignies nasceu em Nivelles, no
Brabante, provavelmente em 1177, numa família abastada. Muito cedo ela nutriu
um desprezo pelos prazeres em que normalmente se envolvem as pessoas mais
favorecidas; nada lhe agradava tanto como a solidão, onde ela se consagrava
inteiramente à meditação sobre as coisas divinas.
Quando ela completou catorze anos, seus
pais fizeram-na desposar um jovem proveniente duma excelente família, que
também possuía grande fortuna, cujo nome era João. Durante algum tempo eles
viveram a vida conjugal, mas Maria conquistou seu jovem esposo ao seu ideal de
vida religiosa. Juntos, na castidade, eles decidem se consagrar a Deus na pobreza
e nas obras de piedade. Para o grande desgosto de seus pais e de seus amigos,
eles se instalam no leprosário de Willambroux, onde eles viveram vários anos
cuidando dos leprosos.
A personalidade brilhante de Maria aliada
a uma vida de austera mortificação atraia visitantes que a consultavam sobre
questões de vida espiritual. São atribuídos a ela milagres, leprosos são
curados.
Como ela se tornou muito célebre em
Willambroux, sua sede de solidão e de renúncia fez com que, de acordo com seu
marido, ela deixasse Willambroux, em 1207, e se juntasse à uma pequena
comunidade de religiosas beguinas instaladas junto a um mosteiro de cônegos
agostinianos recentemente fundados em Oignies (vilarejo da comunidade de
Aiseau-Presles, próximo de Charleroi). Sua reputação de santidade e de
sabedoria espiritual cresceu: as pessoas vinham de longe para consultá-la.
Entre estes visitantes, em 1208, chegou um
brilhante teólogo de Paris (mais tarde cardeal), Tiago de Vitry (+ 1240). Ele
ficou encantado com a personalidade de Maria. A afinidade foi reciproca. Tiago
de Vitry renunciou a uma brilhante carreira em Paris e se instalou em Oignies,
onde ele se tornou discípulo, confessor e ‘pregador’ de Maria de Oignies. Ele
permaneceu ali até o falecimento da beata em 1213.
Eram tempos complexos, a Cristandade era
dilacerada pelas lutas contra as heresias dos cátaros e dos albigenses. Embora
vivendo quase em clausura, Maria acompanhava os acontecimentos. Passava muitas
horas noturnas em oração diante do Santíssimo Sacramento. Um dia teve a
premonição de que a festa de Corpus Christi seria instituída. Com efeito, isto
aconteceu em 1246, na vizinha cidade de Liège, graças a Santa Juliana de
Cornillon.
Em 1212, Maria conheceu São Folco, Bispo
de Toulouse, quando os albigenses o expulsaram de sua diocese. O Santo se
refugiou em Liège e ficou impressionado com a santidade de vida das Beguinas.
Naquele ano Maria recebeu os estigmas. No ano seguinte, no dia 23 de junho de
1213, depois de numerosas e especiais graças, morreu na idade de 36 anos. No
leito de morte predisse que surgiria uma ordem de pregadores que para o bem da
Igreja venceria a heresia. Folco de Toulouse, junto com São Domingos, lutou
contra os cátaros e assistiu a fundação dos primeiros conventos dominicanos.
Os seus rigores e abstinências obtiveram
de Jesus que ela se beneficiasse também de visões celestes, particularmente do
seu Anjo da Guarda que lhe aparecia regularmente e a aconselhava. Teve
igualmente várias vezes, a “visita” de São João evangelista que lhe oferecia
manjares celestes. Maria d’Oignies tinha pela Virgem Maria uma grande devoção e
não hesitava, mesmo durante os rigores do inverno, em visitar um dos seus
Santuários; ela peregrinava descalça, em espírito de penitência.
Em 1216, a pedido de Folco, Tiago de Vitry
escreveu uma Vida de Maria d’ Oignies que
é praticamente a única fonte de informação sobre a Beata. Para Tiago de Vitry
Maria d’Oignies é um exemplo da vida espiritual na Diocese de Liège, que ele
avaliava como uma terra de santos. Para obter a aprovação para as Beguinas, e a
correspondente comunidade masculina, foi para Perugia sede temporária do
Papado. Tiago era um pregador ilustre, teólogo e historiador; foi sagrado bispo
de São João d’Acre, na Palestina.
Em 1226 ou 1228, o corpo de Maria foi
exumado e colocado num sarcófago de pedra dentro da igreja do priorado. Em
1609, ocorreu uma nova cerimônia de transladação por iniciativa do Bispo de
Namur, Francisco Buisseret. Seus despojos foram repartidos e colocados em três
relicários, executados entre 1609 e 1622 pelo ourives Henri Libert, e se
conservam respectivamente em Nivelles, Igreja de São Nicolau, em Falisolle e em
Aiseau.
Área interna do Mosteiro de Oignies, Bélgica |
Fonte: Jacques
de Vitry, Vita B. Mariae Oigniacensis, dans Acta Sanctorum, juin, vol.
IV, 1707.
terça-feira, 19 de junho de 2012
Beata Margarida Ebner, Dominicana - Festejada 20 de junho
Margarida pertencia à família Ebner, da
aristocracia alemã, muito rica e respeitada. Quando fez quinze anos de idade
vestiu o hábito dominicano no Mosteiro de Maria Santíssima em Medingen, na
diocese de Augusta.
De 1314 até 1326, sofreu diversas e graves
enfermidades, permanecendo a maior parte do tempo confinada em seu leito. Era
consolada por Deus e chamada a cumprir em tudo a sua divina vontade. Devido às
enfermidades não podia realizar as grandes penitências exteriores. Margarida
então se mortificava no alimento, no porte, no sono, dedicando-se a uma vida de
orações inspirada nos ciclos do ano litúrgico e caracterizada pela meditação
dos mistérios da vida de Nosso Senhor Jesus Cristo. Destacou-se pelo silêncio e
pela paciência com que suportou suas constantes enfermidades.
A política influenciou muito a vida da
Beata Margarida. Foi uma contemplativa comprometida com a trama da História. Durante
oito anos a Alemanha esteve em guerra de disputa da coroa. Para as monjas de
Medingen, e especialmente para Margarida, a pátria e o imperador tinham muito
espaço em suas orações. Rogavam com fervor pela volta da paz.
Durante o período do Grande Cisma na Igreja Católica, quando havia três diferentes aspirantes ao trono papal, as monjas do Mosteiro de Medingen ficaram leais ao Papa de Roma. Como resultado, a comunidade foi forçada a se dispersar durante a campanha militar do imperador Luis IV contra as forças papais.
Durante o período do Grande Cisma na Igreja Católica, quando havia três diferentes aspirantes ao trono papal, as monjas do Mosteiro de Medingen ficaram leais ao Papa de Roma. Como resultado, a comunidade foi forçada a se dispersar durante a campanha militar do imperador Luis IV contra as forças papais.
Em 1324, as monjas sairam do
mosteiro devido aquele conflito. Margarida passou dois anos com sua família
acompanhada de uma conversa, dentro da segurança dos muros da cidade de
Donauworth, antes de poder voltar para o Mosteiro de Maria Medingen. Quando
tudo retornou ao normal ela voltou para a clausura daquele mosteiro.
Margarida era devotíssima da Eucaristia e
do Santo Nome e do Coração de Jesus. E ao constatar que os homens morriam aos
milhares por causa da guerra, se dedicou particularmente a realizar sufrágios
pelos defuntos.
Em 28 de outubro de 1332, Henrique de
Nördlingen visitou o Mosteiro de Maria Medingen. Ali
conheceu Margarida e assumiu sua direção espiritual.
Margarida Ebner foi, sem dúvida, a figura
central do movimento espiritual alemão dos "amigos de Deus", e uma
das grandes místicas da região do Reno no século XIV, nos mais de setenta
mosteiros alemães da Ordem Dominicana. O seu diário espiritual, escrito de 1312
até 1348, que chegou até os nossos dias, revela a vida humilde, devotada,
caritativa e confiante em Deus de uma religiosa provada por muitas penas e
doenças. Ela viveu e morreu no amor de Deus, fiel na certeza de encontrar-se em
plena comunhão com seu Filho Jesus, como sempre dizia: "Eu não posso
separar-me de ti em coisa alguma".
A santa humanidade de Jesus foi o divino
objeto da sua constante e amorosa contemplação e nela reviveu os vários
mistérios no exercício da virtude, no holocausto ininterrupto dela mesma, no
sofrimento interno e externo, todo aceito e ofertado com Jesus, para Jesus e em
Jesus.
Na noite de Pentecostes de 1348, quando
entrava no coro para o Ofício solene de Matinas, a Beata teve a impressão de
receber uma graça que declarava incapaz de descrever, similar a recebida pelos
Apóstolos quando sobre eles pousou o Espírito Santo. O Senhor prometeu
assisti-la em seu trânsito com a Virgem Maria e o Apóstolo São João, e fez uma
revelação particular a respeito de sua morte.
Margarida Ebner morreu aos 60 anos no dia
20 de junho de 1351, no Mosteiro de Medingen, onde foi sepultada. Suas últimas
palavras foram: “Demos graças a Deus. Virgem Maria, Mãe de Deus, tem misericórdia
de mim”. Seu corpo se venera na igreja de seu convento, que hoje é habitado
pelas franciscanas de Medingen. Seu culto imemorial foi confirmado e ratificado
por João Paulo II em 24 de fevereiro de 1979.
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