ago 01 Beata Clara,
venerada em Orleans, Monja cistercense
|
ago 01 Beatas
Ma.Estela do SS.Sacram. Mardosewicz e 10 comp. Mártires MR
|
ago 02 Beata Joana
d'Aza, Mãe de S. Domingos MR
|
ago 02 Santa
Alfreda (Etelreda) de Crowland, Monja Beneditina
|
ago 02 Santa
Centola, Martir MR
|
ago 03 Santas
Licínia, Leôncia, Ampélia e Flávia, Virgens de Vercelli
|
ago 04 Beata
Cecília Cesarini, Virgem MR
|
ago 04 Santa Ia,
Mártir na Pérsia MR
|
ago 05 Santa
Margarida de Cesolo (
|
ago 05 Santa Nonna, Esposa MR
|
ago 06 Beata Maria
Francisca de Jesus (Ana Maria Rubatto), Fundadora MR
|
ago 07 Beata Berta,
Abadessa de Cavriglia, 1º domingo de agosto
|
ago 07 Santa Afra,
Mártir MR
|
ago 08 Beata
Bonifácia Rodriguez Castro MR
|
ago 08 Beata Maria
Margarida Caiani, Religiosa MR
|
ago 08 Beatas Ma.do
Menino Jesus Badillou y Bullit e 4 comp.Márt Escolopias MR
|
ago 08 Santa Maria
Helena MacKillop (Maria da Cruz), Fundadora
MR
|
ago 09 Beata
Mariana Cope de Molokai, Religiosa
|
ago 09 Santa Cândida
Maria de Jesus Cipitria, Fundadora MR
|
ago 09 Santa Teresa
Benedita da Cruz (Edith Stein), Mártir
MR
|
ago 10 Santa
Pletrudes VII-VIII século
|
ago 11 Santa Attratta, Abadessa MR
|
ago 11 Santa Clara,
Virgem e Fundadora MR
|
ago 11 Santa Degna,
Venerada em Todi
|
ago 11 Santa
Filomena de Roma, Mártir
|
ago 11 Santa
Rustícula de Arles, Abadessa MR
|
ago 11 Santa Susana
de Roma, Mártir MR
|
ago 12 Beata
Vitória Diez y Bustos de Molina, Virgem e mártir MR
|
ago 12 Santa
Cecília de Remiremont, Abadessa
|
ago 12 Santa Joana
Francisca de Chantal, Religiosa MR
|
ago 12 Santa Lélia,
Virgem MR
|
ago 13 Beata
Gertrudes de Altenberg, Abadessa premostratense MR
|
ago 13 Santa
Concórdia, Mártir
|
ago 13 Santa Irene
da Hungria, Imperatriz
|
ago 13 Santa
Radegunda, Rainha da França MR
|
ago 14 Beata
Elisabete Renzi, Virgem e Fundadora MR
|
ago 15 Beata Juliana Puricelli de Busto Arsizio,
Religiosa MR
|
ago 15 Beata Maria
Sacrário de S. Luis M. Cantarero, Carmelita descalça, mártir MR
|
ago 15 Beatas
Elisabete e Maria do Paraíso, Virgens mercedárias
|
ago 16 Beata Pietra
de S. Jose Pérez Florido (Ana Josefa) Fundadora MR
|
ago 16 Santa
Hugolina de Vercelli, Virgem e eremita
|
ago 16 Santa Rosa
Fan Hui, Mártir MR
|
ago 16 Santa Serena
de Roma, Imperatriz
|
ago 17 Santa
Beatriz da Silva Meneses, Fundadora MR
|
ago 17 Santa Clara
de Montefalco MR
|
ago 17 Santa Joana
da Cruz (Jeanne Delanoue), Fundadora
MR
|
ago 18 Beata Paula
Montaldi, Virgem MR
|
ago 18 Santa
Helena, Mãe de Constantino MR
|
ago 19 Beatas
Elvira da Natividade de Na. Sra. e 8 comp. mártires MR
|
ago 20 Beata Maria
Climent Mateu, Virgem e mártir MR
|
ago 20 Santa Maria
de Matias, Fundadora MR
|
ago 21 Beata
Beatriz de Roelas, Virgem mercedária
|
ago 21 Beata
Vitória Rasoamanarivo, Viúva e princesa de Madagascar MR
|
ago 21 Santa
Ciríaca de Roma MR
|
ago 21 Sta. Bassa e
3 filhos Teonho/Agapio/Pisto Mártires
MR
|
ago 23 Beatas
Rosária Quintana Argos e Serafina Fernandez Ibero, V e mártires MR
|
ago 23 Santa Rosa
de Lima, Virgem MR
|
ago 23 Santa
Tydfil, Virgem e mártir
|
ago 24 Beata Maria
Encarnação Rosal, Fundadora MR
|
ago 24 Santa Emília
de Vialar MR
|
ago
24 Santa Joana Antida Thouret,
Virgem MR
|
ago 24 Santa Maria
Micaela do SS. Sacramento, Fundadora
MR
|
ago 25 Beata Maria
do Trânsito de Jesus Sacramentado MR
|
ago 25 Santa Ebba
de Coldingham, Princesa, Abadessa
|
ago 25 Santa
Ermínia (Ermina) Venerada em Reims
|
ago 25 Santa
Patrícia de Constantinopla, Virgem
|
ago 26 Beata
Lourença (Leukadia) Harasymiv, Virgem e mártir MR
|
ago 26 Beata Maria
de Jesus Crucificado (Mariam Baouardy) Carmelita MR
|
ago 26 Beata Maria
dos Anjos Ginard Martì, Virgem e mártir
|
ago 26 Santa Joana
Elisabete Bichier des Ages MR
|
ago 26 Santa Teresa
de Jesus Jornet e Ibars, Fundadora MR
|
ago 27 Beata
Francisca Pinzokere, Mártir
|
ago 27 Beata Maria Pilar Izquierdo Albero MR
|
ago 27 Santa
Mônica, Mãe de Sto. Agostinho MR
|
ago 28 Beata Zélia
Guerin, Mãe de S. Teresa do Menino Jesus
|
ago 28 Santa
Adelina de Poulangy, Abadessa
|
ago 28 Santa
Florentina, Virgem MR
|
ago 28 Santa
Joaquina De Vedruna, Viúva e fundadora
MR
|
ago 29 Beata Bronislava de Kamien, Religiosa MR
|
ago 29 Beata
Eufrásia do Sagrado Coração de Jesus, Carmelita
|
ago 29 Beata Filipa Guidoni, Monja
|
ago
29 Beata Sancha Szymkowiak MR
|
ago 29 Beata Teresa
Bracco, Virgem e mártir MR
|
ago 29 Santa
Basila, Mártir em Sírio MR
|
ago 29 Santa
Beatriz de Nazaré
|
ago 29 Santa Maria
da Cruz, Fundadora das Peq. Irmãs dos Pobres
MR
|
ago 29 Santa
Sabina, Mártir MR
|
ago 29 Santa Verona
de Magonza
|
ago 30 Beata Maria
Rafols, Fundadora MR
|
ago 30 Santa
Gaudência, Virgem e mártir
|
ago 30 Santa
Margarida Ward, Mártir na Inglaterra
MR
|
ago 30 Beata
Bronislava da Polônia
|
"O encanto grandioso e delicado da Cristandade não provém tanto do que ela realizou, como da harmonia profunda e da veracidade cintilante dos princípios sobre os quais ela construiu". Graças a Igreja Católica a mulher foi elevada a uma dignidade nunca antes atingida. Essas mulheres virtuosas também contribuíram para a grandeza da Cristandade. Aquelas glorificadas pela Igreja, o foram para que as mulheres de todos os tempos as tomassem como exemplo.
terça-feira, 31 de julho de 2012
Santas do mês de agosto
segunda-feira, 30 de julho de 2012
Santa Helena (Elin) de Skövde, Viúva e Mártir - Festa 31 de julho
Mártir da primeira metade do século XII.
Sua festa se celebra no dia 31 de julho.
Sua vida (Acta SS., Julio, VII, 340) é atribuída a São Brynolph, Bispo
de Skara, na Suécia (+ 1317). E' chamada também de Santa Elin de Vastergotland,
do nome da província sueca onde se encontra Skövde.
Era de origem aristocrática, era filha de
Jarl Guthorm. Tendo ficado viúva muito jovem, vivia piedosamente dando esmolas
e contribuindo com generosidade na construção da igreja da sua cidade. As
portas de sua casa estavam sempre abertas para os necessitados.
O marido de sua filha era um homem muito
cruel, e foi assassinado por seus próprios empregados. Seus familiares, desejando
vingar sua morte, interrogaram os empregados, que admitiram o crime, mas
afirmaram falsamente que haviam agido instigados por Helena.
Para evitar uma vingança, Helena fez uma
peregrinação a Terra Santa, permanecendo ausente quase um ano. Retornando à pátria
por ocasião da festa de consagração da igreja de Gotene, foi surpreendida numa
emboscada e morta pelos familiares de seu genro, no dia 31 de julho de 1160.
Seu corpo foi levado para Skövde para ser
enterrado, e muitas curas maravilhosas aconteceram por sua intercessão.
Conta-se que na tarde de sua morte um
cego, acompanhado de uma criança, passou perto do lugar do assassinato e o menino
descobriu num arbusto iluminado por uma luz muito viva um dedo decepado de
Helena, no qual estava um anel que ela trouxera da Terra Santa. Quando o cego
curvou-se, com a ajuda do menino, pode tocar o sangue de Helena e esfregá-lo
nos olhos, ficando curado.
No local onde a Santa caiu ferida de
morte, cerca de dois quilômetros de Skövde, surgiu uma fonte de água que foi
chamada de Elins Kalla.
Estes milagres foram reportados a Roma
pelo bispo de Upsala, Estevão, e este, por ordem do Papa Alexandre III,
inscreveu o nome de Helena na lista dos santos canonizados (Benedicto XIV,
"De canonizatione sanctorum", I, 85). Grande era a veneração a suas relíquias,
inclusive depois que a Reforma se expandiu na Suécia. São Lene Kild, muito
conhecido no tempo de Santa Helena, esteve em sua igreja.
As autoridades luteranas censuraram várias
vezes o que eles chamavam de superstição papal e anticristã. Especialmente zeloso
neste sentido foi o arcebispo luterano Angermannus, que em 1596 ordenou que enchessem
a fonte de água com pedras e escombros, mas a água continuou a brotar
(Baring-Gould, "Lives of the Saints", July, II, 698). Próximo da
nascente existia também uma capela dedicada a Santa. Em 1759 a igreja de
Skövde, devorada por um incêndio, foi reconstruída.
Helena também era muito venerada na
Dinamarca. De fato, nas vizinhanças de Tiisvilde, já então um vilarejo
pesqueiro no Kattegat, e que posteriormente se tornou uma estação balneária,
existia uma localidade chamada Helenes Kilde que era visitada especialmente na
vigília de São João, porque ela restituía a saúde aos doentes. Os peregrinos,
principalmente os doentes, permaneciam toda a noite junto à sepultura, levavam
consigo bolsas com terra do local, e com frequência deixavam seus bastões em
sinal de agradecimento.
Em 1658, o jesuíta Lindanus enviou de
Copenhague estas informações aos Bollandistas. Informação semelhante foi feita
por Werlaiff, em 1858, em seu "Hist. Antegnelser". A legenda dizia
que o corpo de Santa Helena flutuou até Tiisvilde em seu ataúde de pedra, e que
uma fonte brotou no local onde o ataúde tocou. Os Bollandistas (loc. cit.) dão
como uma possível razão para a veneração de Santa Helena em Tiisvilde que
talvez ela tenha visitado o lugar, ou que alguma de suas relíquias tenham sido
levadas para lá.
Martirológio
Romano
Em Skövde, Suécia, Santa Helena, viúva,
considerada mártir por ter sido injustamente assassinada (c. 1160).
Fontes:
Igreja de Santa Helena em Skövde, Suécia |
domingo, 29 de julho de 2012
Santa Marta da Betânia - Festejada 29 de julho
As Escrituras contam que em seus poucos momentos de
descanso Jesus procurava a casa de amigos em Betânia, local muito agradável há cerca
de apenas quatro quilômetros de Jerusalém. Marta, Lázaro e Maria, três irmãos
provavelmente filhos de Simão, o leproso, eram os seus solícitos hospedeiros. Poucas,
mas importantíssimas são as referências a Santa Marta nas Sagradas Escrituras.
É muito conhecido o episódio da primeira
visita de Jesus a sua casa. Marta era a mais velha dos irmãos. Jesus conversava
com eles e Maria estava aos seus pés ouvindo sua pregação. Marta, trabalhadora
e responsável, se queixou da atitude da irmã, que nada fazia, apenas ouvindo o
Mestre.
Ela se queixa que Maria, “sentada aos pés
do Senhor, escutava a sua palavra”, em vez de preparar a comida: “Senhor, não
se Te dá que a minha irmã me deixe só a servir? Diz-lhe que me venha ajudar”.
“Marta, Marta, respondeu Ele, andas inquieta e perturbada com muitas coisas;
uma só é necessária. Maria escolheu a melhor parte, que lhe não será tirada”.
(Lc. 10, 40-41).
Os estudiosos das Escrituras veem nestas palavras do Divino Salvador um
ensinamento dEle quanto à precedência da vida contemplativa à vida ativa.
Quando da ressurreição de Lázaro, é ela quem mais fala com
Jesus naquele momento tão comovente, que inclusive arrancou lágrimas do
Salvador. Marta diz a Jesus: "Senhor, se tivesses estado aqui, o meu irmão
não teria morrido. Mas mesmo agora, eu sei que tudo o que pedires a Deus, Deus
dará". Jesus,
que ressuscitaria Lázaro em seguida, responde: «Eu sou a Ressurreição e a Vida;
quem crê em Mim, ainda que esteja morto, viverá» (Jo 11,21-25).
A segunda resposta do Salvador como que suprime em nós o medo da morte e
satisfaz todas as aspirações do nosso coração. E o milagre de reviver Lázaro, já morto e sepultado, solicitado com tamanha
simplicidade por Marta, exemplifica a plena fé na omnipotência do Senhor.
Outra passagem é a ceia de Betânia, com a
presença de Lázaro ressuscitado, uma pré-figura da última ceia, pois ali Marta
serve a mesa e Maria lava os pés de Jesus, gesto que Ele vai imitar em seu
último encontro com os doze apóstolos na noite em que Ele instituiu a Sagrada
Eucaristia e em que seria aprisionado.
A devoção a Santa Marta nasceu na época
das Cruzadas, na França, quando nela principiou a divulgar-se que toda a
família da Betânia tinha vindo terminar os seus dias na Provença, Santa Marta
mais precisamente na cidade de Tarascon, onde lhe foi atribuído estrangular a
Tarasca, dragão fêmea que devorava os animais domésticos e as crianças. Foi o
que levou os Tarasconenses de então a procurar as relíquias dela. E, julgando
tê-las encontrado (1187), construíram uma igreja para guardá-las (1197) e
tomaram a benfeitora dos seus antepassados como padroeira.
Santa Marta é patrona das donas-de-casa e das cozinheiras.
Os primeiros a dedicarem uma festa litúrgica a Santa
Marta foram os frades franciscanos, em 1262, e escolheram o dia 29 de julho
para sua celebração, dia que ainda hoje é guardado pela Santa Igreja em sua
honra.
sexta-feira, 27 de julho de 2012
Beata Maria Madalena Martinengo, Abadessa Capuchinha - Festa 27 de julho
A nossa Beata nasceu em 1687, dos Condes de
Barco, em Brescia, na Lombardia. Nasceu muito fraca, tanto que imediatamente a
batizaram. A mãe morreu cinco meses mais tarde. Passado pouco tempo, o pai
casou-se de novo.
Aos cinco anos andava ela bem vestida,
chamava as atenções e com isso envaidecia-se, mas não gostava de brincar e
apreciava o estudo. Aos sete anos já lia o breviário romano, em latim com
certeza. Tornara-se piedosa; aparecia com o oficio de Nossa Senhora ou o terço
na mão.
Aos dez anos entrou como interna na casa
das ursulinas de Santa Maria dos Anjos. “Deixei de boa vontade a casa paterna,
escreveu ela nas suas notas autobiográficas, para me dar toda a Deus no santo
claustro”. Ao receber a primeira comunhão, a hóstia caiu no chão, entre ela e a
grade; apanhou-a logo, mas pareceu-lhe que o Senhor não queria vir ao seu
coração.
Começou bem cedo a oferecer grandes
penitências: orações prolongadas de noite, no maior frio; enxergão com pedaços
de madeira, pedras e espinhos; caminhar descalça sobre cascalho e urtigas, até
deitar sangue.
Impressionava-se com as imundices que às
vezes via no mosteiro; para se vencer, tudo isso beijava. Pedia às companheiras
que lhe batessem muito, pois o merecia. Nessa altura, não julgava a obediência
necessária, em matéria de penitência; e sendo pequena a vigilância sobre ela,
seguia a inclinação, julgando fazer bem. O crucifixo servia-lhe de modelo,
animador e juiz. “Tudo o que ouvia ler na Vida dos santos, propunha-me copiá-lo
na minha”. Mais tarde, para reproduzir um ponto da paixão dos santos Crispim e
Crispiniano, espetou agulhas entre a carne e as unhas das mãos e dos pés, e
conservou estas vinte torturas, durante três horas.
Passados dois anos, foi para o convento do
Espírito Santo, onde lhe começaram a chamar Santinha (Santarella). Ao cabo de
três anos de internato, voltou à casa da família. Os irmãos procuraram-lhe
romances e foi obrigada a vestir-se com elegância. Pensava-se em lhe encontrar
noivo, mas ela queria conservar-se virgem por amor de Deus, e o pai teve de
capitular diante de tal firmeza.
Viu um dia Santa Teresa e Santa Clara
discutirem, diante de Nossa Senhora, a respeito da sua vocação. Mas o cinzento
de Santa Clara venceu o branco de Santa Teresa: a nossa donzela tomaria o duro
hábito das pobres Clarissas. Fez experiências nos fins de 1704 e princípios de
1705; mas era austeridade demasiada. Finalmente, a 8 de setembro de 1705, tomou
em Brescia o hábito das capuchinhas, ficando a chamar-se Irmã Madalena.
A saúde mantinha-se fraca, dormia mal: “Levantava-me
mais cansada do que me deitava na véspera”. Caiu gravemente doente, mas
curou-se. Os seus escrúpulos de consciência persistiam. Por fim, viu Nosso
Senhor, em vestes pontifícias, que lhe dizia: “Absolvo-te completamente de
todos os teus pecados”. Fez um tríplice voto: de procurar o mais perfeito, o
mais custoso e o mais intensamente “capuchinho”. Esta contemplativa não
desestimava, por outro lado, rezar cem Ave-Marias com genuflexões, todos os
sábados. E mais rezava nas grandes circunstâncias.
Não compreendia que se temesse a morte. No
caso de vir a falecer dentro de poucas horas, dizia ela: “Pôr-me-ia como
criança nos braços do meu Deus e absolutamente nada temeria”. Gostava de
meditar sobre a sua padroeira Madalena, que, segundo a liturgia romana,
confundia com a pecadora perdoada, de S. Lucas (cap. 7). ...
A sua piedade tomava-se cada vez mais
profunda. Soma ao ver um padre celebrar o santo sacrifício apressadamente,
atrapalhando as palavras. O Senhor disse-lhe um dia: “Esquece-te, como se
realmente não existisses”.
Era terrivelmente engenhosa para encontrar
sofrimentos; mas, desde que religiosa, não prescindia da licença. De noite
rezava, por horas a fio, com os braços estendidos. ... O que é certo é que ela
soma cruelmente com estas torturas inventadas, como testemunho de amor a Cristo
crucificado.
Mas o grande empenho era a obediência, a
morte da vontade própria. Dizia que a profissão a decapitara; tinha entrado no
mosteiro com a cabeça nas mãos, como se representa São Dinis. Gostava de
obedecer a todas, de se fazer menina (bambina).
Quem escolhera ser a humilde serva das
suas Irmãs foi nomeada três vezes mestra das noviças, abadessa em 1732 e de
novo em 1736, embora estivesse doente. Exerceu também o cargo de porteira e de
vigária. Embora dissesse “O nada não faz nada”, era julgada utilizável! Servia
de proteção ao mosteiro; se era anunciada a peste para breve, vinha-lhe uma dor
tremenda de dentes, e a peste afastava-se.
Às
noviças mandava ler e reler a Regra, as Constituições, o Legendário franciscano
e os Anais dos irmãos menores capuchinhos. Pedia a união de todos os corações,
para amarem a Deus: “Amá-lo com um só coração é pouquíssimo, é pouquíssimo!”
Para 15 de fevereiro (santos Faustino e
Jovita, patronos de Brescia), os “filósofos” do local quiseram inaugurar um
cassino. Durante a manifestação, o animador da ímpia iniciativa caiu moribundo;
converteu-se, porém, antes de expirar. Entretanto, a Irmã Maria Madalena orava.
De repente parou, com uma alegria radiosa, dizendo: “A graça está concedida!”.
A graça era a festa sacrílega interrompida e o filósofo reconduzido a Deus.
Gostava do “silêncio alegre, afável, bom;
das palavras humildes, doces e santas”. Antes de falar era preciso, segundo
ela, fazer a pergunta se as palavras se podiam escrever, a seguir à letra N do
dicionário: “necessidade”.
Já doente, foi reeleita abadessa, e 15
dias mais tarde faleceu, a 27 de julho de 1736, aos quarenta e nove anos, e
trinta e dois de vida religiosa. Em 1738 apareceu uma dissertação dum médico
que lhe tinha examinado o cadáver. É admirável, escrevia ele, que as agulhas no
corpo não tenham dado nem inflamação, nem úlceras nem gangrena.
Maria Madalena Martinengo foi beatificada
por Leão XIII, a 3 de junho de 1900.
Fonte: Pe. José Leite, S.J., Santos de cada dia
quarta-feira, 25 de julho de 2012
Santa Bartolomea Capitanio, Fundadora - Festejada 26 de julho
Bartolomea Capitanio nasceu em
Lovere, Bérgamo, na região da Lombardia no norte da Itália, no dia 13 de
janeiro de 1807, filha de Modesto e de Catarina Canossi.
Desde menina,
Santa Bartolomea se mostrou precoce e esperta, e com grande interesse por
ensinar. Com todo seu afã por aprender, aos 11 anos ingressou no Mosteiro das
Clarissas de Lovere, e em 1822 obteve o diploma de educadora. Naquele
educandário, graças à direção de uma superiora culta e piedosa, Irmã Francisca
Parpani, Bartolomea fez grandes progressos nos estudos e na via da perfeição. Dois
anos depois voltou para casa, onde abriu uma pequena escola para meninas
pobres.
Rica de dons e
naturalmente expansiva, Bartolomea não tardou a voltar sua atenção para outro
campo de apostolado: a juventude feminina, na qual as ideias péssimas da
Revolução Francesa tinham deixado sinais de ruína e falta de orientação moral.
Devido sua
atividade pedagógica manteve contato com outra pessoa também original de
Lovere, e que como ela atingiria a santidade. De fato, Santa Bartolomea
Capitanio entrou em contato com Santa Vicência Gerosa (1784-1847) (28 de
junho), a qual seria sua amiga, companheira e com quem executaria seus planos. Em
1829, Santa Bartolomea começou a trabalhar como diretora no hospital para
pobres que tinha sido fundado pelas irmãs Gerosa na mesma cidade de Lovere.
Durante os
exercícios espirituais feitos em Sellere, em 1829, Bartolomea escreveu a Regra
de uma nova Instituição, para a qual havia conquistado a adesão de Vicência
Gerosa. Quando estas duas amigas se conhecem mais intimamente e trocam ideias,
ambas contemplam a grandiosa possibilidade de trabalharem juntas pela
juventude, principalmente pelas jovens.
Assim, fundam a
Congregação das Irmãs de Maria Menina, em 1832, instalando-se em um antigo
edifício abandonado que tinha o nome de Casa Gaya, e que as pessoas começaram a
chamar "o Conventinho".
Após terem feito
os votos solenes de pobreza, obediência e caridade, ofereceram a si mesmas ao
serviço dos pobres. Na nova casa se concentraram as obras já iniciadas por
Bartolomea: a escola gratuita para as filhas do povo, o orfanato com dez
alunas, as reuniões festivas, as pias uniões e a assistência a quantos
buscassem ajuda moral e material.
Em 22 de junho de
1833, Bartolomea e Vicência apresentam o Capítulo Jurídico em catorze artigos,
declarando unir-se em sociedade legal, que foi reconhecida pelo governo
austríaco (a região então fora anexada a Áustria).
A obra de ambas
foi crescendo com uma rapidez assombrosa, acolhendo cada vez mais discípulas.
Entretanto, Bartolomea somente pode dedicar-se à sua fundação por pouco tempo:
no dia 26 de julho de 1833, a morte interrompia sua existência breve de anos,
mas rica de obras.
Santa Bartolomea
Capitanio destacou-se na perfeição do serviço ao próximo. Foi canonizada junto
com Santa Vicência Gerosa em 1950 pelo Papa Pio XII.
Com a morte de
Bartolomea o Instituto parecia que iria naufragar, mas foi se desenvolvendo
lentamente, e sem interrupção. Em 21 de novembro de 1835 teve lugar a vestição
solene das primeiras Irmãs e a eleição de Vicência Gerosa como superiora. Em 21
de maio de 1837 fundou-se o orfanato de Santa Clara em Bérgamo; em 29 de junho
de 1840 o Instituto recebeu a aprovação da Santa Sé e em fevereiro de 1841 a
aprovação definitiva da Corte de Viena. Em 12 de março de 1842 foi criada a primeira
fundação em Milão; em 7 de fevereiro de 1860 as quatro primeiras Irmãs
missionárias partiram para a Índia (Bengala), chamadas por Mons. Marinoni. As
Irmãs de Maria Menina são hoje cerca de dez mil, compreendendo setecentas
casas.
Martirologio Romano: Em Lovere, da Lombardía,
Santa Bartolomea Capitanio, virgem, fundadora junto com Santa Vicência Gerosa
do Instituto das Irmãs da Caridade de Maria Menina. Morreu aos vinte e sete
anos, atacada pela tuberculose ou melhor consumida por sua caridade (1833).
segunda-feira, 23 de julho de 2012
Santa Cunegundes ou Kinga, Rainha da Polônia - Festa 24 de julho
O esplendor da sua santidade não
só não se extinguiu, como brilha ainda mais: não foi esquecida esta filha do
rei húngaro, a Princesa de Malopolska, Fundadora e Monja do convento de Stary
Sacz (Sandeck).
Cunegundes ou Kinga nasceu na família real
húngara da dinastia dos Arpádios. Era filha de Bela IV, Rei da Hungria, e de
Teodora Laskarysa. Era irmã da Beata Iolanda e de Santa Margarida da Hungria.
Desta estirpe real fervorosa nasceram
grandes santos. Dela provêm Santo Estevão, o Padroeiro principal da Hungria, e
seu filho Santo Américo. A família dos Arpádios conta também com santas
mulheres: Santa Ladislava, Santa Isabel da Turíngia, sua tia, Santa Edviges da
Silésia, Santa Inês de Praga.
Cunegundes foi educada cristãmente na
corte. Aos 16 anos casou-se com Boleslau IV, Rei da Polônia (1221-1279). A
semente de santidade lançada no coração de Kinga na casa paterna encontrou na
Polônia um terreno fértil onde se desenvolver.
Em 1239, ela chegou a Wojnicz, e foi
depois para Sandomierz. Kinga teve um vínculo cordial com a mãe do seu futuro
esposo, Grzymislawa, e com a sua filha Salomé. Ambas distinguiam-se por uma
profunda religiosidade, por uma vida ascética e pelo amor à oração, pela
leitura da Sagrada Escritura e das vidas dos santos. A companhia cordial destas
damas, especialmente nos primeiros e difíceis anos da sua permanência na
Polônia, teve uma grande influência sobre Kinga. O ideal da santidade
amadureceu sempre mais no seu coração.
Buscando modelos a imitar, escolheu como
especial padroeira sua santa parente, a princesa Santa Edviges da Silésia.
Desejando dar à Polônia um santo que pudesse tornar-se um exemplo de amor à
Pátria e à Igreja, juntamente com o Bispo de Cracóvia, Prandota de Bialaczew, e
com o marido, empenhou-se na canonização do mártir da Cracóvia, D. Estanislau
de Szczepanów, bispo assassinado em 1079, alcançando seu objetivo em 1253.
Exerceram grande influência na sua
espiritualidade São Jacinto, seu contemporâneo, o Beato Sadok, a Beata
Bronislawa, a Beata Salomé, e todos aqueles que formaram um particular ambiente
de fé na Cracóvia de então.
Ela desejava consagrar-se a Deus de todo o
coração mediante o voto de virgindade. Por isso, ao se casar com o príncipe
Boleslau convenceu-o à participar de sua escolha por uma vida virginal para a
glória de Deus e, depois de uma prova de dois anos, os esposos confiaram ao
Bispo Prandota o voto de castidade perpétua. Boleslau mereceu assim o epíteto
de o Casto.
Este modo de vida, hoje difícil de ser
compreendido, era profundamente arraigado na tradição da Igreja primitiva.
Santa Kinga é um exemplo de que tanto o matrimônio como a virgindade vivida em
união com Cristo, podem tornar-se uma via de santidade. O matrimônio é a via da
santidade, até mesmo quando se torna o caminho da cruz.
A santa rainha levava uma vida penitente e
mortificada: visitava as igrejas desde a madrugada, a pé, enfrentando as
intempéries; atendia os enfermos nos hospitais; usava cilício sob as vestes
principescas. Ela fez-se terceira franciscana e usou publicamente o hábito da
instituição.
O convento de Clarissas de Stary Sacz, ao
qual Santa Kinga deu início e onde concluiu a sua vida após o falecimento de
seu esposo em 1279, testemunham ainda hoje como ela apreciava a castidade e a
virgindade.
Há ainda outra característica que a
identifica: como princesa, ela soube ocupar-se das coisas de Deus também neste
mundo. Ao lado do esposo participou no governo, demonstrando firmeza e coragem,
generosidade e solicitude pelo bem do país e dos súditos. Durante as
insurreições, na luta pelo poder num reino dividido em regiões e as
devastadoras invasões dos Tártaros, Santa Kinga soube enfrentar as necessidades
do momento.
Esforçou-se zelosamente pela unidade da
herança dos Piast e para reconstruir o país das ruínas não hesitou em doar tudo
o que recebera em dote de seu pai para atingir esse objetivo. A ela se deve
também o prodigioso descobrimento de sal-gema em Bochnia e de Wieliczka nos
arredores de Cracóvia, resultado de sua preocupação pelas necessidades dos seus
súditos.
As suas antigas biografias testemunham que
o povo a chamava de consoladora, médica, santa mãe. Renunciando à maternidade
natural, tornou-se verdadeira mãe de muitos. O desenvolvimento cultural da
nação também lhe é devedor: à sua pessoa e ao convento local está ligado o
nascimento de verdadeiros monumentos da literatura, como o primeiro livro
escrito em língua polaca: Zoltarz Dawidów - Saltério de David.
Quando seu esposo faleceu, em 1279,
foi-lhe pedido que tomasse o poder. Ela recusou e recolheu-se em Stary Sacz,
onde viveu ainda 13 anos. "Venho para servir. Esquecei quem fui: só há
de novo contar a comunidade uma irmã a mais", dissera ela ao entrar
para o convento.
Ela costumava lavar a louça, tratar das
enfermas e varrer. Foi escolhida abadessa, pois dera bom exemplo em tudo:
tratara a louça com benignidade, as enfermas com caridade e o pó com
severidade. Atribuiu-se às suas orações a descoberta de água no interior do
mosteiro, que antes devia ser trazida de fora. A sua bondade transpôs os muros
do convento: ela construiu edifícios piedosos, foi benfeitora dos franciscanos
e resgatou prisioneiros na Turquia.
Em 1287 a Polônia foi invadida pelos
tártaros. Cunegundes e as setenta Irmãs precisaram abandonar o mosteiro e refugiar-se
no castelo de Pyiemin. Mas, os tártaros chegaram ao seu refúgio e as irmãs,
assustadas, se lançaram aos pés de sua madre. Tal qual o milagre de Santa Clara
em Assis, aqui também os invasores foram detidos por uma força invisível.
Passado o perigo, algum tempo depois as irmãs voltaram ao mosteiro.
Depois de um ano de enfermidade,
confortada com aparição de São Francisco, Cunegundes morreu aos 68 anos a 24 de
julho de 1292.
A primeira biografia de Cunegundes, de
autor anônimo, foi compilada na Cracóvia em 1401 e novamente elaborada em 1474.
O Papa Alexandre VIII aprovou o seu culto em 1690.
Santa Cunegundes, que iniciou com
dedicação a unidade espiritual da Hungria, da República Tcheca, da Eslováquia e
da Ucrânia, por um decreto da Sagrada Congregação dos Ritos de 1715, confirmado
por Clemente XI, foi nomeada Patrona da Polônia e do Grão-ducado da Lituânia.
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