Teresa de
Lisieux nasceu
em Alençon, França, no dia 2 de janeiro de 1873. Nascida Maria Francisca Teresa
Martin, era filha de Luís Martin e Zélia Guérin. Quando nasceu, era muito
franzina e doente e, desde o nascimento, exigia muitos cuidados.
Aos dois anos de idade, Teresa já tem ideia
de seguir a vida religiosa para grande alegria da sua mãe, mas para desgosto do
seu tio Isidoro Guérin (seu futuro tutor sub-rogado).
Em agosto de 1876, sua mãe toma
conhecimento de que padece de câncer. Quando esta falece, seu pai muda-se com
as quatro filhas para Lisieux em 1877. A prematura morte da sua mãe, quando
tinha apenas quatro anos, fez com que ela se apegasse a sua irmã Paulina, que
elegeu para sua "segunda mãe". A repentina entrada dessa irmã no
Carmelo, fez Teresa adoecer. Curada por intercessão da ‘Virgem do Sorriso’, uma
imagem da Imaculada Conceição por quem seus pais tinham afeição, tomou uma
forte resolução de entrar para o Carmelo.
Foi aluna no Colégio feminino da Abadia
das Monjas Beneditinas de Lisieux e lá permaneceu por cinco anos, participando
da Congregação Mariana para moças. Porém, após sofrer muitas humilhações, saiu
do Colégio e passou a receber aulas particulares.
Quase ao completar quatorze anos, no Natal
de 1886, Teresa passa por uma experiência que chamou de "Noite da minha
conversão". Ao voltar da Missa e procurar seus presentes, percebe que seu
pai se aborrece por ela apresentar comportamento infantil. A menina decide
então renunciar a infância e toma o acontecido como um sinal inspirador de
força e coragem para o porvir.
Seis meses depois, Teresa decide que quer
entrar para o Carmelo. Como a pouca idade a impede, é levada por familiares, em
novembro de 1887, para uma audiência com o Papa Leão XIII, em Roma, para pedir
a exceção, contra a vontade do então Bispo de Lisieux. Concedida a autorização
ingressou em 9 de abril de 1888 e tomou o nome de Irmã Teresa do Menino Jesus e
da Santa Face. Fez sua profissão religiosa, em 8 de setembro de 1890.
Após seis anos na Ordem, em 1894,
almejando o caminho da santidade, Teresa percebe que não conseguiria pelas
tradicionais mortificações, disciplinas e sacrifícios observados pelos santos,
a quem se dedica a estudar. Inspirada nas palavras de um padre, Teresa adota a
"Pequena Via", um caminho pequeno e reto para a santidade, que
consiste simplesmente em se entregar com confiança ao amor de Jesus Cristo,
para que Ele a conduza pelo caminho.
Já atingida pela tuberculose, debilitada,
não rejeitava trabalho algum e continuava a “jogar para Jesus flores de
pequenos sacrifícios”.
Morreu em 30 de setembro de 1897, com
apenas 24 anos. Disse, na manhã de sua morte: “eu não me arrependo de me ter
abandonado ao amor”, e na iminência de sua morte disse às religiosas que
estavam à sua volta: "Farei cair uma chuva de rosas sobre o mundo!".
No dia 4 de outubro de 1897, foi sepultada no cemitério de Lisieux.
Teresa escreveu três manuscritos: o
chamado Manuscrito A no ano de 1895, autobiografia escrita a mando de sua irmã
Paulina, Madre Inês; o chamado Manuscrito B no ano 1897; o chamado manuscrito
C. Deixou também um grande número de cartas enviadas à família e 54 poesias que
compôs.
A sua irmã, Paulina, também carmelita,
publicou em 1898 os escritos de Santa Teresinha, intitulados "História de
uma alma". No dia 17 de maio de 1925, Teresinha foi canonizada pelo Papa
Pio XI. O mesmo Papa a declarou Patrona Universal das Missões Católicas em 1927.
O Papa João Paulo II a declarou Doutora da Igreja no dia 19 de outubro de 1997.
No dia 31 de outubro de 2008, Dia Mundial
das Missões, em Lisieux, na basílica dedicada precisamente à sua filha, os pais
de Santa Teresinha, Luís Martin e Zélia Guérin, foram beatificados pela Igreja,
em cerimônia presidida pelo Cardeal José Saraiva Martins. Na ocasião o Cardeal
Saraiva Martins conclamou as famílias presentes "para que imitem os dois
esposos e se tornem eles próprios lares santos e missionários".
Sta Teresinha em seu leito de dor |