Deus suscitou no século XIV uma santa com zelo ardente pela Igreja, e que idealizava uma cruzada contra os infiéis
Giacomo di Benincasa, seu pai, era um tintureiro bem estabelecido, "homem simples, leal, temeroso de Deus, e cuja alma não estava contaminada por nenhum vício"; piedoso e trabalhador, criava sua enorme família (teve 25 filhos de um só casamento!) no amor e no temor de Deus.
Catarina, a penúltima da família e caçula das filhas, teve a predileção de todos e cresceu num ambiente moral puro e religioso. Como a Providência divina tinha desígnios especiais sobre ela, desde cedo Catarina foi cumulada de favores celestes, privando com Anjos e Santos. Aos sete anos, fez voto de virgindade; aos 16, cortou sua longa cabeleira para evitar um casamento; e aos 18, recebeu o hábito das Irmãs da Penitência de São Domingos. Catarina encarou a sua clausura com seriedade e vivia encerrada no seu próprio quarto, onde, por intermédio da oração e diálogo afirmava que estava sempre com e em Cristo. Abandonou a sua cela somente em 1374, quando a peste se alastrou por toda a Europa e ela decidiu cuidar dos enfermos e abandonados, tendo praticado grandes atos de caridade.
Vivia, já aos 20 anos, só de pão e água. Foi agraciada com favores sobrenaturais, como o "casamento místico"; recebeu estigmas semelhantes aos de Nosso Senhor e teve uma "morte mística", durante a qual foi levada em espírito ao Inferno, ao Purgatório e ao Paraíso; teve também uma "troca mística de coração" com Nosso Senhor.
Em seu apostolado, Santa Catarina exortava os ímpios a se converterem e lutava para extinguir ódios e vinganças. Por este motivo, Santa Catarina de Sena é invocada não somente como Padroeira dos enfermeiros, mas contra as tentações, assim como para desfazer inimizades.
A Itália, no fim da Idade Média — quando a gloriosa Civilização Cristã já decaía a olhos vistos — era um aglomerado de pequenos reinos e repúblicas que muitas vezes viviam em guerra entre si, ou, em uma mesma cidade, guerra entre facções contrárias. Catarina foi várias vezes chamada a ser o árbitro entre elas ou seu anjo pacificador. Assim, viajou ela de Siena para Florença, Luca, Pisa e Roma como pacificadora.
Expulsa o demônio |
Florença
revoltara-se contra a Santa Sé; e mais de 60 cidades dos Estados Pontifícios
juntaram-se a ela. O Papa lançou um interdito sobre essas localidades. Revoltas
se seguiram.
Catarina entra como mediadora entre o Papa e os conjurados. Começou assim uma correspondência incessante com o Papa Gregório XI, cheia de piedade e amor filial, cada vez mais premente, em favor dos súditos dos Estados Pontifícios que se tinham rebelado contra ele: "Santíssimo e dulcíssimo Pai em Nosso Senhor Jesus Cristo [...] Ó governador nosso, eu vos digo que há muito tempo desejo ver-vos um homem viril e sem temor algum. [...] Não olheis para a nossa miséria, ingratidão e ignorância, nem para a perseguição de vossos filhos rebeldes. Ai! que a vossa benignidade e paciência vençam a malícia e a soberba deles. Tende misericórdia de tantas almas e corpos que morrem" (1).
Ansiava ela pela pacificação da
Cristandade para que, unidos, os cristãos se dispusessem a seguir em uma
cruzada para libertar os Santos Lugares.
Ao Rei de França, censurou por guerrear contra cristãos e não empenhar-se na cruzada
Mais sucesso teve Catarina com relação ao fim do "exílio de Avignon". Desde 1309, com Clemente V, o Papado havia sido transferido para aquela cidade francesa, de onde era dirigida toda a Cristandade. Já Santa Brígida, Rainha da Suécia, tentara em vão trazer o Papa de volta a Roma.
Em Avignon, diante dos cardeais, a intrépida Catarina ousou proclamar os vícios da corte pontifícia e pedir, em nome de Cristo Jesus, a reforma dos abusos. Gregório XI a chamava para dar sua opinião em pleno Consistório dos Cardeais. Ela o convenceu a voltar a Roma. Em 17 de janeiro de 1377, Gregório XI deixa Avignon, apesar da oposição do Rei francês e de quase todo o Sacro Colégio. Ele ainda hesita no caminho, e ela o conjura a ir até o fim.
Mas a paz na Igreja não seria longa. Outra vez a república de Florença revoltou-se contra o Papa, que apelou para Catarina. Rejeitada por aquela cidade, a santa quase foi martirizada. Gregório XI, gasto, envelhecido, sofrido, não resiste e entrega sua alma a Deus.
Para ocupar o trono de São Pedro, os cardeais elegem o Arcebispo de Bari, o qual toma o nome de Urbano VI. Conhecendo já Catarina, e vendo nela o espírito de Deus, o novo Pontífice a chama a Roma para estar a seu lado. E era muito necessário, pois alguns cardeais franceses, desgostosos da rigidez do novo Papa, voltam para Avignon, anulam a eleição de Urbano e elegem o antipapa Clemente VII. Inicia-se assim o chamado Grande Cisma do Ocidente (2).
Catarina entrou em ação procurando ganhar, para o verdadeiro Papa, reis e governantes da Europa, por meio de cartas cheias de amor à Igreja e animadas do enérgico sentimento do dever. Tentou inutilmente trazer de volta ao verdadeiro redil os três cardeais, que eram autores principais do cisma. A cardeais, bispos e prelados, Catarina escreveu 150 cartas; e a reis, príncipes e governantes, 39.
Angústia pelo futuro da Igreja
"As angústias que lhe causavam as revelações sobre o futuro da Igreja foram para essa Santa [Catarina de Siena] como uma paixão dolorosa. Ela clamava ao Senhor e pedia graça para essa Igreja, Esposa de seu Divino Filho: `Tomai, ó meu Criador, este corpo que eu recebi de vossas mãos. Não perdoeis nem a carne nem o sangue; rompei-o, lançai-o nas brasas ardentes; quebrai meus ossos, contanto que vos praza de me ouvir em favor de vosso Vigário'" (3).
Entre o que Deus lhe revelava, havia
coisas sublimes e outras terríveis. Ela pediu aos seus secretários que, assim
que a vissem entrar em êxtase, anotassem suas palavras. Daí nasceu o livro do
diálogo entre uma alma (a dela) e Deus, conhecido hoje em dia pelo nome
de Diálogo.
Exausta e cheia de pena, num dia de janeiro, quando rezava diante do túmulo de São Pedro, sentiu sobre os ombros o imenso peso da Igreja, como aconteceu com outros santos. Mas o tormento durou poucos meses: em 29 de abril, por volta do meio-dia, Deus a chamou para a Sua glória.
Do leito de morte, dirigiu ao Senhor esta comovente oração: “Ó Deus eterno, recebe o sacrifício da minha vida em benefício deste Corpo Místico da Santa Igreja. Não tenho nada para te oferecer senão o que Tu mesmo me deste” (S. Catarina de Sena, Carta 371, V). Alguns dias antes, tinha dito ao seu confessor: “Eu lhe garanto que, se morrer, a causa única da minha morte será o zelo e o amor à Igreja que me abrasa e me consome…”.
Santa Catarina faleceu no dia 29 de abril, aos 33 anos. É Padroeira da Itália. Sua festa comemora-se no dia 29 de abril.
A perseverança no bem; o perdão dos inimigos; a lembrança da morte; a confissão; amar ouvir a palavra de Deus; comungar diariamente; recitar com prazer a Liturgia das Horas; não se afastar da oração; tomar consciência das faltas cometidas contra Deus; conhecer a grandeza divina, que tanto fez e faz por nós; recitar, a cada dia, o Ofício da Virgem Maria, para que Ela seja vosso conforto e advogada junto de Jesus.
Organizar a vida. Viver ordenadamente, como pessoa que não quer fazer do próprio estômago o seu deus, pois, de fato, é impossível que alguém, desordenado no comer, conserve-se na inocência. Ter virilidade e disposição para a luta, para o sofrimento e a doação de si. Catarina tinha horror do medo e da indefinição, por isso usava muito a palavra ‘voglio’ (quero).
*
De uma carta da Santa a Gerard du Puy, Abade de Marmoutier, escrita às vésperas do Grande Cisma do Ocidente (1377 a 1417): “Ai de mim! Ai de mim! Os membros de Cristo se corrompem porque ninguém os castiga. Nosso Senhor tem particular aversão a três vícios: a impureza, a avareza e o orgulho que reinam na Igreja de Cristo, isto é, nos que só pensam nos prazeres, nas honras, nas riquezas. Estes vêm os demônios do inferno arrebatar as almas... e não se inquietam com isso, porque eles mesmos são lobos e traficam com a graça divina. Seria mister uma justiça forte para castigá-los: a demasiada compaixão é às vezes uma grande crueldade” (Catolicismo, N° 28, abril de 1953).
Santa Catarina sempre revelou requintada sensibilidade; foi profundamente feminina e ao mesmo tempo, era extraordinariamente enérgica, tal como são as mulheres que amam o sacrifício e permanecem junto à Cruz de Cristo, e não permitia desfalecimentos nem fraquezas no serviço a Deus. Estava convencida de que, em se tratando da salvação própria e das almas, resgatadas por Cristo com o seu Sangue, não tinha cabimento enveredar por caminhos de excessiva indulgência, adotar por comodismo ou covardia atitudes de débil filantropia, e por isso gritava: “Basta de unguentos! Pois com tanto unguento estão apodrecendo os membros da Esposa de Cristo!”.
Ao tratar de assuntos referentes a Deus, não se preocupava em agradar ou desagradar as pessoas, fosse quem fosse.
Durante toda a vida, foi uma mulher profundamente delicada. Os seus discípulos recordaram sempre o seu sorriso aberto e seu olhar franco; andava sempre bem arrumada, amava as flores e costumava cantar enquanto caminhava. Quando um personagem da época, incitado por um amigo, procurou para conhecê-la, esperava encontrar uma pessoa de olhar oblíquo e sorriso ambíguo. Teve a grande surpresa de encontrar uma mulher jovem, de olhar claro e sorriso cordial, que o acolheu “como a um irmão que voltava de uma longa viagem”.
Peçamos hoje a Santa Catarina que nos comunique um pouco do seu amor à Igreja e ao Papado e que tenhamos o anseio de divulgar a doutrina de Cristo em todos os ambientes, por todos os meios ao nosso alcance, com imaginação e com amor, com otimismo e de modo positivo, sem negligenciar uma única oportunidade. E, com palavras da santa, peçamos também a Nossa Senhora:
“A ti recorro, Maria! Ofereço-te a minha súplica pela doce Esposa de Cristo e pelo seu Vigário na terra, a fim de que lhe seja concedida luz para governar a Santa Igreja com discernimento e prudência” (Santa Catarina de Sena, Oração, XI).
1. Santa Catarina de
Siena, Cartas, traduzidas por Ferreira de Macedo, Tip. União Gráfica,
Lisboa, 1952, p. 58.
2. Sobre o que vem a ser um antipapa, bem como sobre traços gerais do Grande Cisma do Ocidente, recomendamos a nossos leitores a seção A Palavra do Sacerdote, do Cônego José Luiz Villac, que publicamos em nossas edições de março e abril de 2001.
3. Les Petits Bollandistes, op. cit., p. 135.
Fontes :
http://catolicismo.com.br/ por Plinio Maria
Solimeo
https://pt.aleteia.org/
Postado
neste blog em 29 de abril de 2011
Catarina entra como mediadora entre o Papa e os conjurados. Começou assim uma correspondência incessante com o Papa Gregório XI, cheia de piedade e amor filial, cada vez mais premente, em favor dos súditos dos Estados Pontifícios que se tinham rebelado contra ele: "Santíssimo e dulcíssimo Pai em Nosso Senhor Jesus Cristo [...] Ó governador nosso, eu vos digo que há muito tempo desejo ver-vos um homem viril e sem temor algum. [...] Não olheis para a nossa miséria, ingratidão e ignorância, nem para a perseguição de vossos filhos rebeldes. Ai! que a vossa benignidade e paciência vençam a malícia e a soberba deles. Tende misericórdia de tantas almas e corpos que morrem" (1).
Ao Rei de França, censurou por guerrear contra cristãos e não empenhar-se na cruzada
Mais sucesso teve Catarina com relação ao fim do "exílio de Avignon". Desde 1309, com Clemente V, o Papado havia sido transferido para aquela cidade francesa, de onde era dirigida toda a Cristandade. Já Santa Brígida, Rainha da Suécia, tentara em vão trazer o Papa de volta a Roma.
Em Avignon, diante dos cardeais, a intrépida Catarina ousou proclamar os vícios da corte pontifícia e pedir, em nome de Cristo Jesus, a reforma dos abusos. Gregório XI a chamava para dar sua opinião em pleno Consistório dos Cardeais. Ela o convenceu a voltar a Roma. Em 17 de janeiro de 1377, Gregório XI deixa Avignon, apesar da oposição do Rei francês e de quase todo o Sacro Colégio. Ele ainda hesita no caminho, e ela o conjura a ir até o fim.
Mas a paz na Igreja não seria longa. Outra vez a república de Florença revoltou-se contra o Papa, que apelou para Catarina. Rejeitada por aquela cidade, a santa quase foi martirizada. Gregório XI, gasto, envelhecido, sofrido, não resiste e entrega sua alma a Deus.
Para ocupar o trono de São Pedro, os cardeais elegem o Arcebispo de Bari, o qual toma o nome de Urbano VI. Conhecendo já Catarina, e vendo nela o espírito de Deus, o novo Pontífice a chama a Roma para estar a seu lado. E era muito necessário, pois alguns cardeais franceses, desgostosos da rigidez do novo Papa, voltam para Avignon, anulam a eleição de Urbano e elegem o antipapa Clemente VII. Inicia-se assim o chamado Grande Cisma do Ocidente (2).
Catarina entrou em ação procurando ganhar, para o verdadeiro Papa, reis e governantes da Europa, por meio de cartas cheias de amor à Igreja e animadas do enérgico sentimento do dever. Tentou inutilmente trazer de volta ao verdadeiro redil os três cardeais, que eram autores principais do cisma. A cardeais, bispos e prelados, Catarina escreveu 150 cartas; e a reis, príncipes e governantes, 39.
Angústia pelo futuro da Igreja
"As angústias que lhe causavam as revelações sobre o futuro da Igreja foram para essa Santa [Catarina de Siena] como uma paixão dolorosa. Ela clamava ao Senhor e pedia graça para essa Igreja, Esposa de seu Divino Filho: `Tomai, ó meu Criador, este corpo que eu recebi de vossas mãos. Não perdoeis nem a carne nem o sangue; rompei-o, lançai-o nas brasas ardentes; quebrai meus ossos, contanto que vos praza de me ouvir em favor de vosso Vigário'" (3).
Ditando os "Diálogos" |
Exausta e cheia de pena, num dia de janeiro, quando rezava diante do túmulo de São Pedro, sentiu sobre os ombros o imenso peso da Igreja, como aconteceu com outros santos. Mas o tormento durou poucos meses: em 29 de abril, por volta do meio-dia, Deus a chamou para a Sua glória.
Do leito de morte, dirigiu ao Senhor esta comovente oração: “Ó Deus eterno, recebe o sacrifício da minha vida em benefício deste Corpo Místico da Santa Igreja. Não tenho nada para te oferecer senão o que Tu mesmo me deste” (S. Catarina de Sena, Carta 371, V). Alguns dias antes, tinha dito ao seu confessor: “Eu lhe garanto que, se morrer, a causa única da minha morte será o zelo e o amor à Igreja que me abrasa e me consome…”.
Santa Catarina faleceu no dia 29 de abril, aos 33 anos. É Padroeira da Itália. Sua festa comemora-se no dia 29 de abril.
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* *
O
que ensinava e exigia Catarina dos seus discípulosA perseverança no bem; o perdão dos inimigos; a lembrança da morte; a confissão; amar ouvir a palavra de Deus; comungar diariamente; recitar com prazer a Liturgia das Horas; não se afastar da oração; tomar consciência das faltas cometidas contra Deus; conhecer a grandeza divina, que tanto fez e faz por nós; recitar, a cada dia, o Ofício da Virgem Maria, para que Ela seja vosso conforto e advogada junto de Jesus.
Organizar a vida. Viver ordenadamente, como pessoa que não quer fazer do próprio estômago o seu deus, pois, de fato, é impossível que alguém, desordenado no comer, conserve-se na inocência. Ter virilidade e disposição para a luta, para o sofrimento e a doação de si. Catarina tinha horror do medo e da indefinição, por isso usava muito a palavra ‘voglio’ (quero).
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De uma carta da Santa a Gerard du Puy, Abade de Marmoutier, escrita às vésperas do Grande Cisma do Ocidente (1377 a 1417): “Ai de mim! Ai de mim! Os membros de Cristo se corrompem porque ninguém os castiga. Nosso Senhor tem particular aversão a três vícios: a impureza, a avareza e o orgulho que reinam na Igreja de Cristo, isto é, nos que só pensam nos prazeres, nas honras, nas riquezas. Estes vêm os demônios do inferno arrebatar as almas... e não se inquietam com isso, porque eles mesmos são lobos e traficam com a graça divina. Seria mister uma justiça forte para castigá-los: a demasiada compaixão é às vezes uma grande crueldade” (Catolicismo, N° 28, abril de 1953).
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Santa Catarina sempre revelou requintada sensibilidade; foi profundamente feminina e ao mesmo tempo, era extraordinariamente enérgica, tal como são as mulheres que amam o sacrifício e permanecem junto à Cruz de Cristo, e não permitia desfalecimentos nem fraquezas no serviço a Deus. Estava convencida de que, em se tratando da salvação própria e das almas, resgatadas por Cristo com o seu Sangue, não tinha cabimento enveredar por caminhos de excessiva indulgência, adotar por comodismo ou covardia atitudes de débil filantropia, e por isso gritava: “Basta de unguentos! Pois com tanto unguento estão apodrecendo os membros da Esposa de Cristo!”.
Ao tratar de assuntos referentes a Deus, não se preocupava em agradar ou desagradar as pessoas, fosse quem fosse.
Durante toda a vida, foi uma mulher profundamente delicada. Os seus discípulos recordaram sempre o seu sorriso aberto e seu olhar franco; andava sempre bem arrumada, amava as flores e costumava cantar enquanto caminhava. Quando um personagem da época, incitado por um amigo, procurou para conhecê-la, esperava encontrar uma pessoa de olhar oblíquo e sorriso ambíguo. Teve a grande surpresa de encontrar uma mulher jovem, de olhar claro e sorriso cordial, que o acolheu “como a um irmão que voltava de uma longa viagem”.
Peçamos hoje a Santa Catarina que nos comunique um pouco do seu amor à Igreja e ao Papado e que tenhamos o anseio de divulgar a doutrina de Cristo em todos os ambientes, por todos os meios ao nosso alcance, com imaginação e com amor, com otimismo e de modo positivo, sem negligenciar uma única oportunidade. E, com palavras da santa, peçamos também a Nossa Senhora:
“A ti recorro, Maria! Ofereço-te a minha súplica pela doce Esposa de Cristo e pelo seu Vigário na terra, a fim de que lhe seja concedida luz para governar a Santa Igreja com discernimento e prudência” (Santa Catarina de Sena, Oração, XI).
2. Sobre o que vem a ser um antipapa, bem como sobre traços gerais do Grande Cisma do Ocidente, recomendamos a nossos leitores a seção A Palavra do Sacerdote, do Cônego José Luiz Villac, que publicamos em nossas edições de março e abril de 2001.
3. Les Petits Bollandistes, op. cit., p. 135.