Mártir
da primeira metade do século XII. Sua festa se celebra no dia 31 de
julho. Sua vida (Acta SS., Julio, VII, 340) é atribuída a São
Brynolph, Bispo de Skara, na Suécia (1278 - 1317). E' chamada também de Santa
Elin de Vastergötland, do nome da província sueca onde se encontra Skövde.
Helena nasceu no ano de 1101 em Vastergötland, Suécia. De origem aristocrática,
era filha de Jarl Guthorm. Sua família era pagã e em sua juventude se converteu
ao Cristianismo. Foi dada em casamento a um homem de caráter forte. Tendo
ficado viúva muito jovem, vivia piedosamente em sua propriedade em Vámp; ela deu
seus bens aos pobres e dedicou-se a ações espirituais e caritativas, dando
esmolas e contribuindo com generosidade na construção da igreja da sua cidade.
As portas de sua casa estavam sempre abertas para os necessitados.
Segundo a legenda, foi Helena quem mandou
construir a Våmbs Church (Våmbs kyrka) na Diocese de Skara, na sua
propriedade em Våmb. A igreja em Skövde, agora chamada de Igreja de Santa
Helena (Sankta Helena kyrka), também foi construída em grande parte como
resultado de generosas doações de Helena.
O marido de sua filha era um homem muito cruel e foi assassinado por seus
próprios empregados. Seus familiares, desejando vingar sua morte, interrogaram
os empregados, que admitiram o crime, mas afirmaram falsamente que haviam agido
instigados por Helena.
Para evitar uma vingança, Helena fez uma peregrinação à Terra Santa,
permanecendo ausente quase um ano. Retornando à pátria por ocasião da festa de
consagração da igreja de Götene, foi surpreendida numa emboscada e morta pelos
familiares de seu genro, no dia 31 de julho de 1160.
Seu corpo foi levado para Skövde para ser enterrado e muitas curas maravilhosas
aconteceram por sua intercessão.
Brasão da cidade de Skövde |
Conta-se que na tarde de sua morte um cego, acompanhado de uma criança, passou
perto do lugar do assassinato e o menino descobriu num arbusto iluminado por
uma luz muito viva um dedo decepado de Helena, no qual estava um anel que ela
trouxera da Terra Santa. Quando o cego se curvou, com a ajuda do menino, pode
tocar o sangue de Helena e esfregá-lo nos olhos, ficando curado.
No local onde a Santa caiu ferida de morte, cerca de dois quilômetros de
Skövde, surgiu uma fonte de água que foi chamada de Elins Kalla.
Em 1165 estes milagres foram reportados a Roma pelo bispo de Upsala, Estevão, e
este, por ordem do Papa Alexandre III (1164), inscreveu o nome de Helena na
lista dos santos canonizados (Benedicto XIV, "De canonizatione
sanctorum", I, 85).
Grande era a veneração às suas relíquias,
inclusive depois que a Pseudo-Reforma protestante se expandiu na Suécia. São
Lene Kild, muito conhecido no tempo de Santa Helena, esteve em sua igreja.
As autoridades luteranas censuraram várias vezes o que eles chamavam de
superstição papal e anticristã. Especialmente zeloso neste sentido foi o
arcebispo luterano Angermannus, que em 1596 ordenou que enchessem a fonte de
água com pedras e escombros, mas a água continuou a brotar (Baring-Gould,
"Lives of the Saints", July, II, 698). Próximo da nascente
existia também uma capela dedicada a Santa. Em 1759 a igreja de Skövde,
devorada por um incêndio, foi reconstruída.
Igreja de Sta. Helena em Skövde |
Helena também era muito venerada na Dinamarca. De fato, nas vizinhanças de
Tiisvilde, já então um vilarejo pesqueiro no Kattegat e que posteriormente se
tornou uma estação balneária, existia uma localidade chamada Helenes Kilde que
era visitada especialmente na vigília de São João, porque ela restituía a saúde
aos doentes. Os peregrinos, principalmente os doentes, permaneciam toda a noite
junto à sepultura, levavam consigo bolsas com terra do local, e com frequência
deixavam seus bastões em sinal de agradecimento.
Em 1658, o jesuíta Lindanus enviou de Copenhague estas informações aos Bolandistas.
Informação semelhante foi feita por Werlaiff, em 1858, em seu "Hist.
Antegnelser". A legenda dizia que o corpo de Santa Helena flutuou até
Tiisvilde em seu ataúde de pedra, e que uma fonte brotou no local onde o ataúde
tocou. Os Bolandistas (loc. cit.) dão como uma possível razão para a veneração
de Santa Helena em Tiisvilde que talvez ela tenha visitado o lugar, ou que
alguma de suas relíquias tenha sido levada para lá.
Santa Helena é considerada a padroeira da
cidade de Skövde.
Martirológio
Romano Em Skövde, Suécia, Santa Helena, viúva, considerada mártir por ter sido
injustamente assassinada (c. 1160).
Aspectos de Skövde
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Fontes:
https://wwwsantiebeati/it
Postado
neste blog em 30 de julho de 2012