Martirológio Romano: No território de Cambrai na França, Santa Maxelenda, virgem e mártir, que, tendo escolhido Cristo como esposo, recusou seguir o homem a quem fora prometida por seus pais e, assim, morreu transpassada pela espada. († 670)
Maxelenda desde pequena demonstrava grande piedade. Ela costumava isolar-se para rezar. Atingindo a idade de 20 anos, não faltaram pretendentes, mas os pais haviam escolhido para ela Harduin d’Armeval, futuro senhor de Solesmes, que era pagão.
Quando a jovem levou ao conhecimento dos pais que seus projetos eram outros, estes tentaram persuadi-la a servir a Deus como esposa e mãe, como não poucas santas da história haviam feito. Maxelenda pediu um tempo para pensar, mas um anjo lhe aparece para confirmar a sua escolha e então ela informou ao pai que desejava tornar-se monja.
Entretanto, os pais também se mostraram decididos e iniciaram os preparativos para o casamento, mesmo contra a sua vontade. Para evitar a cerimônia, Maxelenda foi obrigada a se refugiar com sua ama perto de Cateau-Cambresis, mas Harduin e seus amigos descobriram seu esconderijo e tentaram raptá-la. A jovem felizmente conseguiu fugir e já estava escapando quando o esposo prometido a golpeou furiosamente com a espada, matando-a. Imediatamente Harduin ficou cego.
Maxelenda foi sepultada na igreja de Saint-Sulpice de Pommereul, mas em virtude dos numerosos milagres verificados junto a sua sepultura, em 673 o Bispo de Cambrai e de Arras, Vindiciano, fez transladar suas relíquias para a igreja de Saint-Vaast de Caudry.
Harduin, que havia pedido para participar da procissão, caiu de joelhos quando da passagem de suas relíquias. Arrependendo-se de seu crime e pedindo perdão a Deus, recuperou no mesmo instante a visão.
Ainda hoje Santa Maxelenda é festejada na Diocese de Cambrai no dia 13 de novembro. Santa Maxelenda é patrona dos cegos e dos habitantes de Caudry.
A construção desta imponente basílica, nos anos 1830, revela a importância da veneração dedicada à Santa em Caudry.
O edifício, em estilo gótico, foi edificado segundo planos do arquiteto Luís Cordonnier, entre 1887 e 1890. Local de peregrinação dos cegos e daqueles que têm pouca visão, ela foi elevada a basílica menor por um breve pontifício de 3 de setembro de 1991. No interior, capelas dedicadas à Nossa Senhora do Rosário e à Santa Maxelenda, com o relicário da Santa.
Santa Maxelenda, virgem e mártir, tu que curaste teu assassino que ficara cego, guardai nosso precioso dom da visão, curai aqueles que dela estão privados, ou que estão em risco de perdê-la. Obtenha sobretudo a luz do espírito e do coração para que caminhemos sempre nas vias do Evangelho. Tu que desejavas te consagrar a Deus, instrui aqueles que buscam sua vocação nesta terra. Que com a ajuda de tua oração eles encontrem a paz e realizem sua vocação. Amém.
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