Existem dela dois esboços biográficos: um
em grego, talvez do século V (está traduzido para o latim na Vita Thaisis por Dionísio o Exíguo -
Dionísio o pequeno - durante o século VI o VII); o outro esboço chegou aos
tempos modernos em latim medieval por Marbodio de Rennes (m. 1123). As vidas
dos santos e eremitas do deserto egípcio, incluída a de Santa Tais, foram
recopiladas na Vitae Patrum.
Um monge de nome Pafnúcio (*), que alguns
estudiosos acham ser o mesmo São Pafnutius,
eremita junto com Santo Onofre, inflamou-se com a idéia de converter Thais ao
cristianismo e com isto tirá-la da vida pecaminosa. Thaís realmente
converteu-se ao cristianismo, desistindo da vida que levava com grande determinação.
Queimou suas roupas e jóias em praça pública. O ato seria o primeiro de uma série
de penitências que a santa se submeteria.
Hroswitha de Gandersheim (935-1002)
escreveu em latim a obra Pafnutius na
qual aparece Santa Thais. Abaixo um texto de São Pafnúcio dirigindo-se à
abadessa do convento do deserto, em relação com o cuidado de Thais:
"Eu te
trago uma pequena cabra meio morta, recentemente arrancada dos dentes dos
lobos. Confio que por tua compaixão seja assegurado a ela um refúgio, e que por
teu cuidado [ela] seja curada, e que tendo arrancado a áspera pele de uma cabra
ela seja vestida com a suave lã do cordeiro".
No mosteiro Santa Thaís se manteve em
penitência e contemplação por três anos, dos quais não saia de sua cela a não
ser para ir a capela rezar. Não sorria, não pronunciava uma só palavra, não
levantava o olhar para ninguém, vestia roupas grossas feitas com sacos velhos,
dormia no chão e fazia jejum a pão e água. Sua fé nas palavras de Jesus fez
com que após três anos de extrema penitência ela fosse admitida na vida da
comunidade e foi descrita como uma pessoa de grande bondade que cuidava em
especial dos pobres e doentes de sua época.
Sua fama cresceu visto que ela
milagrosamente não contraia a doença das pessoas que cuidava. Este teria sido o
seu primeiro milagre. Diz a tradição que no final de sua vida curava os doentes
apenas com sua oração e bênção, e chegou a prever o dia de sua morte com grande
antecedência. Ao morrer repetia sem cessar a seguinte oração: “Ó Vós, que me criastes, tende compaixão de
mim”.
Fez questão de ser enterrada em uma cova
comum sem caixão ou qualquer outra proteção, e algum tempo depois seu túmulo
exalava um perfume agradável e em breve se tornou local de peregrinação. Vários
milagres foram creditados a sua intercessão. No século IX as sua relíquias
foram trasladadas e guardadas em um santuário na Igreja de São Praxedes pelo
Papa Pascoal I, que era fervoroso devoto de Santa Thais, e teria sido curado de
uma terrível doença por sua intercessão.
Durante a Idade Média europeia, a história
de Santa Thais gozou de ampla popularidade. Sua festa, no calendário latino, é
celebrada no dia 8 de outubro. É intercessora dos pecadores
arrependidos que levaram uma vida desordenada.
(*) A identidade da pessoa que instruiu e ofereceu
a Thais a oportunidade de transformação espiritual não é clara, três nomes são
mencionados: São Pafnúcio (bispo egípcio da Tebaida Superior), São Besário
(discípulo de São Antonio Abade no deserto egípcio) y São Serapião de
Alexandria (bispo no Delta do Nilo).
Fontes: http://ec.aciprensa.com/s/santatais.htm;
http://es.wikipedia.org/wiki/Thais_(santa)
rogai por nòs Santa Thais.
ResponderExcluirNão há relatos precisos sobre a existência de Thais do Egito. Não há datas exatas e até o nome do religioso é incerto. Além disso, existe outra história de uma Thais cortesã, que viveu no século IV.
ResponderExcluirNão há relatos precisos sobre a existência de Thais do Egito. Não há datas exatas e até o nome do religioso é incerto. Além disso, existe outra história de uma Thais cortesã, que viveu no século IV.
ResponderExcluir😲😲😲😟😟😟😫😫😫😏😏😏😢😢😢😦😦😦😭😭😭😭😭😬😬😬😬😝😝😝😝😃😃😃😄😄😄😁😁
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ResponderExcluirProcurem Taís de Atenas!
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