Vivia em Antioquia, região situada entre a Síria e a Arábia, pertencente
ao governo da Fenícia, a bela e rica donzela Justina. Seu pai Edeso, sacerdote
dos ídolos, e sua mãe Cledônia a educaram nas tradições pagãs. Ela “sentava-se
todos os dias à janela a ouvir o diácono Prélio ler o Evangelho, até que, por
fim, foi convertida por ele”(*) ao Cristianismo, dedicando sua vida às orações,
consagrando e preservando sua virgindade.
Um jovem rico chamado Acládio apaixonou-se por Justina. Os pais da
donzela, agora já convertidos à fé cristã, concederam-na a ele por esposa, mas Justina
não aceitou casar-se. Acládio recorreu a Cipriano, o feiticeiro, para que este usasse
seu poder para que a donzela abandonasse a Fé e se entregasse ao matrimônio.
Cipriano de Antioquia, o feiticeiro, assim denominado para distinguir-se
de Cipriano de Cartago, era filho de pais pagãos muito ricos. Desde menino foi
induzido aos estudos da feitiçaria e das ciências ocultas como a alquimia,
astrologia, adivinhação e as diversas modalidades de magia.
Após muito tempo viajando pelo Egito, Grécia e outros países
aperfeiçoando seus conhecimentos, aos trinta anos de idade Cipriano foi à
Babilônia a fim de conhecer a cultura ocultista dos Caldeus. Encontrou a Bruxa Évora
e intensificou seus estudos e aprimorou a técnica da premonição. Évora morreu
em avançada idade deixando seus manuscritos para Cipriano, o que foi de grande
proveito para ele. O feiticeiro logo se tornou conhecido, respeitado e temido
por onde passava.
Cipriano iniciou o ataque contra Justina: usou um pó que despertaria a
luxúria, ofereceu sacrifícios aos demônios e empregou diversas obras malignas.
Mas Justina se defendia redobrando as orações a Deus e fazendo o Sinal da Cruz
a cada novo ataque do demônio, e as magias não obtinham resultado.
A ineficácia dos feitiços fez com que Cipriano caísse em si e se
desiludisse profundamente de sua fé pagã e se voltasse contra o demônio. Ele
foi ter com o bispo contando-lhe tudo o que havia acontecido, protestando
sincero arrependimento e pedindo-lhe que o batizasse. Assim, o bruxo se
converteu ao Cristianismo, queimou seus manuscritos de feitiçaria e distribuiu
seus bens entre os pobres.
Cipriano avançou tanto no conhecimento da doutrina como na vida cristã
que foi ordenado bispo após a morte do titular. Ele então pôs Justina à frente
de um grupo de muitas virgens. São Cipriano enviava muitas cartas aos mártires
fortalecendo-os no combate.
Chegou ao conhecimento do governador romano daquela região a fama de
Cipriano e de Justina. Baseando-se no decreto do imperador Diocleciano, que
perseguia os cristãos, ordenou que fossem presos, torturados e forçados a negar
a Fé Cristã.
Diante do governador Justina foi chicoteada e Cipriano açoitado com pentes
de ferro, mas não cederam. Irritado com esta resistência, o governador ordenou
que Cipriano e Justina fossem lançados numa caldeira cheia de banha e cera
ferventes. Eles não só não renunciaram à Fé, como sentiam muito frescor em vez
de qualquer suplício.
O sacerdote dos ídolos supôs que as torturas não produziam resultado devido
a algum feitiço lançado por Cipriano. Desafiando-o, ele invocou os demônios e
atirou-se na caldeira. Em poucos segundos seu corpo foi destruído.
O governador então ordenou que Justina, Cipriano e outro cristão de nome
Teoctisto fossem decapitados. Era o ano 302. Os seus corpos ficaram expostos
aos cães por seis dias, mas estes não os tocaram; foram depois recolhidos pelos
cristãos e trasladados para Roma.
Estes santos foram introduzidos por São Beda em seu Martirológio, e por
meio dos martirológios históricos passaram para o Martirológio Romano, onde são
comemorados no dia 26 de setembro.
Obs.: Justina vem de justitia,
“justiça”.
(*) Fonte: Legenda Áurea, Tiago de Voragine.
É UMA HISTÓRIA LINDA DE CONVERSÃO TOTAL. RENUNCIANDO A SI MESMO PELA PALAVRA DE DEUS EM SEUS CORAÇÕES. HOJE EM DIA EXISTE PESSOAS QUE MEXE COM BRUXARIA E FEITIÇARIA, ASSIM COMO ESSES MÁRTIRES ENTREGARAM SUAS VIDAS PELO TESTEMUNHO DE ARREPENDIMENTO SINCERO, POR AMOR A JESUS CRISTO QUE LIBERTA E CURA, ELE SALVA A ALMA QUE RENÚNCIA ESSAS ABOMINAÇÃO QUE NÃO SÃO DO AGRADO DE DEUS. NESTE TEMPO DA QUARESMA É UMA VERDADEIRA PENITÊNCIA E JEJUM E ORAÇÃO A SANTIDADE NO CAMINHO DO SENHOR.
ResponderExcluirHoje em dia precisamos de pessoas como justina que abraçou a fé, e não abandonou nas dificuldades
ResponderExcluirE uma história muito interessante de muita de Santa Justina é bom poder conhecer história assim de tanta fé e coragem , que Santa Justina abençoe a minha família amém
ResponderExcluirLouvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo e para sempre seja louvada Nossa Mãe MARIA SANTÍSSIMA . AMÉM .
ResponderExcluirSanta Justina e são Cipriano rogai por nós.
ResponderExcluir