Santa Aldetrudes, sua irmã e sua mãe Santa Valdetrudes (ou Waldru)
Esta santa virgem é
reivindicada como pertencente aos
santos da Irlanda pelo Padre João Colgan, porque
do lado do pai seu sangue ancestral era irlandês, mesmo embora ela tivesse nascido na Bélgica e vivido lá.
Os Bolandistas, depois de uma introdução escolástica, produziram uma breve Vida Latina
da santa, adicionando algumas poucas notas, a título de esclarecimento.
Estes atos são
feitos a partir de um manuscrito
Codex da Vida de Santa
Aldetrudes encontrado no Mosteiro de Rubra Vallis, perto de
Bruxelas, e inserido
na primeira parte da Hagiologia Brabantina, a partir das lições do
Breviário para a Igreja Colegiada de Mons, fundada por Santa Waldetrude.
O pai de Santa Aldetrudes
foi Maelceadar ou
Maldegarius, também chamado Vicente,
tendo recebido este último nome por conta das inúmeras vitórias que
obteve; por esta razão também ele foi criado Conde de Hainault, nos
Países Baixos, por Dagoberto, o
famoso rei dos francos. Para aumentar essas
honras, este monarca deu-lhe em casamento sua parente Santa Waldetrude
(Waldetrudis ou Waudru).
Esta feliz aliança deu quatro filhos
santos à Igreja: São Landrico, bispo de Meaux; São Dentelino, Patrono
de Rosensis, em Cleves; Santa Aldetrudes e Santa Madelberta.
A irmã de Santa Waldetrude, Santa Aldegunda, tinha fundado uma instituição religiosa em Maubeuge, uma cidade nas Flandres francesa, e perto da fronteira sul da Bélgica. Desde sua mais tenra infância, Santa Aldetrudes, com sua irmã Santa Madelberta, foi distinguida por suas disposições piedosas. Ambas foram colocadas sob a proteção de sua santa tia Aldegunda, para receber uma formação religiosa e secular.
A irmã de Santa Waldetrude, Santa Aldegunda, tinha fundado uma instituição religiosa em Maubeuge, uma cidade nas Flandres francesa, e perto da fronteira sul da Bélgica. Desde sua mais tenra infância, Santa Aldetrudes, com sua irmã Santa Madelberta, foi distinguida por suas disposições piedosas. Ambas foram colocadas sob a proteção de sua santa tia Aldegunda, para receber uma formação religiosa e secular.
A influência e os preceitos
desta santa mulher logo levaram
as sobrinhas a desprezar as vaidades deste mundo e a dedicar suas almas
virgens para Cristo.
Nossa santa especialmente
gostava de ouvir as frases do Evangelho relativas às virgens prudentes e às insensatas. Ela vivia em oração fervorosa e constante, em vigílias
contínuas, em abundantes
esmolas.
Um fato interessante lhe é relacionado. Certa
de que a cera utilizada nas velas do altar não devia ir para o lixo, Aldetrudes reuniu os gotejamentos e
os fragmentos de círios para
colocá-los novamente na panela.
Quando colocado sobre
o fogo, no
entanto, a cera derretida incendiou-se. Pensando que havia perigo de incêndio, e
não querendo perder a cera,
Aldetrudes corajosamente pegou a panela e levantou-a
em suas mãos, levando-a para o chão de
pedra. Embora parte da cera
derretida atingisse suas mãos e
os braços, ela milagrosamente
escapou sem qualquer queimadura ou machucado
como consequência dessa corajosa aventura. Isto
foi de grande edificação para
todos os servos do convento que estavam presentes.
Quando sua santa tia,
Aldegunda, foi levada da terra para o céu, nossa santa foi nomeada para sucedê-la na administração dos assuntos conventuais, em Maubeuge.
Ela presidiu este
convento por 12 anos. Durante
este período, Santa Aldetrudes
governou suas freiras com muito cuidado e caridade.
Uma de suas filhas espirituais teve uma visão do
Apóstolo São Pedro com Santa Aldetrudes. Eles apareciam de pé, no canto do
altar e envolvidos
numa conversa. Com um sorriso benévolo
o Apóstolo, exclamava: "Tenha coragem, virgem amável, pois eu tenho
a ti e aos teus servos sob a minha tutela constante,
e eu vou reduzir a nada os esforços do
velho inimigo". Olhando de novo,
a freira viu um favo de mel nos lábios de sua abadessa
e uma escada pela
qual ela se esforçava para subir ao céu. A narração
desta visão foi de grande consolo
para comunidade religiosa
de Aldetrudes.
Numa
outra ocasião, águias foram vistas voando em
direção ao céu e levando para lá
Santa Aldetrudes e
suas orações. No entanto, ela tinha dúvidas em relação à eficácia de suas
orações e aos seus próprios
méritos, mas ela foi reconfortada
por uma visão noturna quando ela viu um grande
globo de cristal brilhante voar
diante dela indo para o Oriente.
Poucos dias depois um santo sacerdote disse a ela que na noite da Epifania do Senhor ele viu um homem venerável de longos cabelos vindo
como um rei oriental, com três varinhas, levando flores em sua mão. Estas
ele apresentou a Aldetrudes,
dizendo: "Tu regerás com uma varinha, e elas devem crescer em tuas mãos para as nuvens". A santa abadessa caiu de joelhos e orou com lágrimas a
Deus.
Uma das irmãs de religião de Santa
Aldetrudes relacionada com São Dado ou Audeon, Bispo, fez um relato completo da
vida de sua abadessa, sendo que uma cópia deste documento devia existir no
Convento de Maubeuge, pois o Abade Sobnias, ou Sobinus, escreveu uma Vida de sua tia, Sta. Aldegunda para o
Mosteiro de Nivelles.
Santa Aldetrudes faleceu no dia 25 de
fevereiro, o ano de sua morte sendo 676, embora os Bolandistas creem que ela
sobreviveu a São Audeon, mas isto não é certo.
Fonte:
Etimologia:
Aldetrudes = este nome deriva do nome
Adeltraud, do alemão antigo, composto de dois elementos: “adal” (nobre) mais
“brübi” (força). Ou seja, nobre e forte.
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