Martirológio
Romano: Em Córdoba, na Andaluzia, Espanha, Santa Benilde, mártir, morta em
idade bem avançada durante a perseguição dos mouros.
Corria o ano de 853 quando se desencadeou
uma perseguição dos mouros contra os cristãos. Há tempos os muçulmanos havia
invadido a Espanha e de tempos em tempos faziam leis para combater o aumento do
catolicismo no país.
Santo Eulógio conta que no dia seguinte ao martírio dos Santos
Anastásio, Feliz e Digna, Benilde se apresentou aos juízes.
Apesar de sua
idade avançada, a viúva Benilde encheu-se de coragem evangélica, ergueu sua voz
contra a tirania. Compareceu
diante do juiz muçulmano na mesquita de Córdoba e proclamou que preferia a fé à
vida e ao silêncio cúmplice com aquela tirania. Seu gesto claro, generoso e
valente lhe custou a vida. Foi decapitada e suas cinzas foram dispersas, como as
daqueles três mártires citados. Entretanto, antes de lançar seus restos mortais
no Guadalquivir, seu corpo sem cabeça fora empalado e exposto a toda a cidade.
Como
os mouros conheciam bem os costumes cristãos, depois das execuções queimavam os
corpos dos mártires e suas cinzas eram lançadas no Rio Guadalquivir para evitar
a criação de santuários nos túmulos dos mártires.
Dizem os entendidos que desde então as
águas do Guadalquivir baixam “contaminadas” pelo único barro que, em lugar de
sujar, fecundam a Igreja andaluza.
Introduzida no Martirológio Romano por
Barônio, a festa de Benilde é celebrada no dia 15 de junho. Ela é considerada
uma dos Mártires de Córdoba.
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