quarta-feira, 29 de junho de 2016

Santa Lucina, Mártir venerada em Rosate, Itália - 30 de junho

    
Igreja de Santo Estêvão, Rosate, Itália

     O corpo santo de Lucina, provavelmente mártir dos primeiros séculos da era cristã, é venerado na igreja de Santo Estevão em Rosate, na Arquidiocese de Milão, no altar do Crucifixo. Outra relíquia proveniente do mesmo corpo é venerada na igreja de Santa Lucina em Cortereggio de S. Jorge Canavese (Turim).
     Os restos mortais dessa mártir, provenientes das Catacumbas de São Sebastião na Via Apia em Roma, foram extraídos, em 1621, com a permissão do Papa Gregório XV, e entregues a Massa Lubrense.
     No século XX, o bispo de Sorrento, sob cuja jurisdição recai Massa Lubrense, doou-os ao Cardeal Alfredo Ildefonso Schuster, Arcebispo de Milão, particularmente interessado em arqueologia sagrada e ao culto dos mártires (Beato desde 1996).
     Em 1933, por ocasião do ano Jubilar extraordinário da Redenção, Schuster decidiu doar para algumas comunidades de sua vasta Arquidiocese relíquias de mártires, o que ele mesmo considerava "ferramenta para renovar a fé". Santa Lucina, em seguida, foi levada para a antiga paróquia de Santo Estevão em Rosate, perto de Milão.
     Em 12 de fevereiro de 1933, o próprio arcebispo em pessoa liderou a procissão que acompanhou as relíquias ao seu novo destino. Inicialmente colocadas em uma urna de estanho acompanhada de selos do bispo de Sorrento, foram depois, por decisão do pároco reitor Pe. Gaetano Orsenigo, recolocadas em uma imagem de cera, inserida em uma urna de bronze e cristal, que foi abrigada na capela do Crucifixo no final da necessária restauração da mesma.
     Em 17 de julho de 1933, procedeu-se ao reconhecimento e ao tratamento conservador dos ossos escavados: a mandíbula com doze dentes muito desgastados; uma tíbia esquerda; dois fêmures esquerdos (evidentemente não pertenciam à mesma pessoa); dois ossos do metatarso ou talvez do metacarpo; um pequeno osso no pulso; uma vértebra cervical; uma falange; numerosos fragmentos de ossos provenientes de costelas e da calota do crânio.
     Ficou acertado que do mesmo corpo santo fosse extraída outra relíquia, conservada na igreja de Santa Lucina em Cortereggio de S. Jorge Canavese (Turim).
     Padroeira de Rosate, Santo Lucina é lembrada no dia 30 de junho; em Cortereggio, no entanto, é festejada no primeiro domingo de julho. O Cardeal Schuster especulava que talvez os ossos tidos como desta Santa provavelmente são da matrona homônima, de Roma, uma discípula dos apóstolos e colaboradora do Papa Marcelo, mas não há certeza sobre este assunto.

Fonte: www.santiebeasti.it - Emilia Flocchini


Um comentário:

  1. Bem interessante. Gosto muito de conhecer as histórias dos santos, e ainda não conhecia a de santa Lucina. Parabéns pelo Blog.

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