Era
da nobreza, mas uma visão da Virgem mudou sua vida: "exemplar no fervor à
Eucaristia"
Maria Emília Riquelme y Zayas, nascida em
Granada no dia 5 de agosto de 1847, viveu durante a segunda metade do século
XIX e em quase toda primeira metade do século XX.
Seus pais Joaquim Riquelme y Gómez e Maria
Emília Zayas de La Vega, profundamente religiosos, constituíam um lar cristão
para sua filha. Pertencia a uma família da aristocracia espanhola. Era
descendente direta do Gran Capitán por parte de sua mãe e filha de um Tenente
General e Conselheiro de Estado da Espanha.
Desde menina recebeu uma excelente
formação em francês, canto, equitação e bordado. Sua mãe mesma foi quem lhe
ensinou as primeiras orações e a formação religiosa. Maria Emília tinha apenas
sete anos quando sua mãe morreu. Ela recorreu à Santíssima Virgem, e a partir
daí, o seu amor por Maria foi crescendo de tal modo, que teve uma experiência
maravilhosa da Santíssima Virgem. Por isso, em sua adolescência, consagrou-se à
Nossa Senhora do Carmo, fazendo votos privados de castidade e virgindade.
Sendo a filha mais velha de quatro irmãos,
ficou só com seu pai. Nenhum dos irmãos viveram muito tempo. Maria Emília teve
tudo que uma jovem pode desejar: cultura, posição, além de muitas virtudes que
realçam o seu encanto. Mas o que a deixava feliz era pensar na possibilidade de
ser toda do Senhor e segui-lo na Vida Religiosa, mas seu pai a proibia.
Quando seu pai morreu, tentou ingressar em
várias comunidades religiosas, mas não a aceitaram por causa de sua saúde
delicada.
Com carinho e dedicação, sente as
necessidades do seu tempo e redobra o seu trabalho a favor dos mais
necessitados. No entusiasmo dos Exercícios Espirituais e na Adoração ao
Santíssimo Sacramento nasceu esse desprendimento de total entrega e lançou-se a
cumprir a vontade de Deus. Abriu um caminho com estilo próprio na Igreja.
Iniciou um trabalho social com os pobres e
doentes de diferentes cidades espanholas e pediu à Santa Sé permissão para
expor permanentemente o Santíssimo Sacramento em sua casa, permissão que lhe
foi concedida. Foi como nasceu, ao anoitecer de um século, a Obra de Maria
Emília, ou melhor, a “Obra de Maria” denominação dada a congregação que ela fundou
no dia 25 de março de 1896, na Cidade de Granada, o que depois seria a
Congregação das Irmãs Missionárias do Santíssimo Sacramento e de Maria Imaculada.
O pequeno grupo de mulheres destemidas
fazia adoração dia e noite ao Santíssimo Sacramento para pedir por todo o
mundo, enquanto aguardavam a vez de levar Jesus a outras terras.
Sucedem-se as fundações na Espanha. A
Beata foi a Roma e em 1938 obteve o Decretum Laudis e a Aprovação Pontifícia, concedidos
pelo Papa Pio IX que aprovou seus estatutos.
Quase no fim de sua vida, vê com alegria
fundações no Brasil e mais tarde em Portugal. Em 10 de dezembro de
1940, 5 anos após a fundação no Brasil, Maria Emília faleceu na Casa Mãe em
Granada, aos 93 anos de idade, cheia de virtudes e graça por ter cumprido a
vontade do Senhor em sua vida.
Atualmente, a congregação está presente na
Espanha, em Portugal, Brasil, Colômbia, Bolívia e Estados Unidos. As irmãs da
Congregação de Madre Riquelme y Zayas são responsáveis por duas Capelas de
adoração perpétua, uma em Madri e outra em Maiorca.
A Congregação das Missionárias do
Santíssimo Sacramento dedica-se, sobretudo, à educação em colégios e
residências universitárias. Nos lugares de missão, as Irmãs desempenham um
papel importante nas obras sociais.
O processo de beatificação de Madre Maria Emília
Riquelme foi aberto em 1980, na Arquidiocese de Granada; dois anos depois, foi
aprovado pela Santa Sé e pela Congregação para as Causas dos Santos. Em 19 de
março de 2019, foi reconhecido o milagre realizado por sua intercessão. Maria
Emília Riquelme y Zayas foi beatificada no dia 9 de novembro na Catedral de
Granada, Espanha, em uma Missa presidida pelo Prefeito da Congregação para as
Causas dos Santos, Cardeal Angelo Becciu.
Milagre
Em 19 de março a Santa Sé reconheceu o
milagre que possibilitou a beatificação da Madre Riquelme y Zayas e que
aconteceu na Colômbia. O milagre atribuído à intercessão da religiosa foi a
cura, em 2003, de um homem colombiano que sofria de pancreatite aguda. A irmã
do enfermo, que pertence à Congregação das Missionárias do Santíssimo
Sacramento, pediu a intercessão da sua fundadora para cura de seu irmão e foi
atendida.
Admirável a vida de sacrifícios de tantas santas e santos. Sinto-me em ler a biografia dos (as) mesmo (a)s. Solictei 1 cartão-relíquia da mesma a sua congregação. Espero ser atendido.
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