Madalena
Catarina Morano foi contemporânea de São João Bosco e faz parte do grande
número de sacerdotes e religiosas que floresceram nos primeiros tempos das
fundações salesianas
Nasceu
em Chieri (Turim) no dia 15 de novembro de 1847, a sexta de oito filhos de uma
família modesta, embora descendente de nobres. A família transferiu-se para
Buttigliera d’Asti e aos oito anos Madalena ficou órfã de pai, ocasião em que
abandonou os estudos e começou a trabalhar como tecelã em sua casa, um dos
poucos ofícios à que uma jovem podia se dedicar naquela época.
Um
parente sacerdote deu-lhe as primeiras lições de gramática italiana; aos 14
anos, o pároco local deu-lhe o encargo de cuidar de uma escola maternal, apesar
de sua pouca idade.
Madalena tinha o dom do ensino, e aos 17
anos consegue o diploma de professora para ensinar nas escolas elementares. Aos
19 anos começou a ensinar em Montaldo Torinese: fá-lo-á com diligência e
competência durante catorze anos, ganhando o respeito e a estima de todos na
terra.
Em 1877, confessa a sua mãe o seu desejo
de ingressar na vida religiosa. Mas, tendo já 30 anos, não foi aceita nem nas
Filhas da Caridade nem nas Dominicanas. Animada pelo desejo de se consagrar ao
Senhor, Madalena aconselha-se com o seu diretor espiritual e, depois de ter
comprado uma casa para a mãe com as suas poupanças, foi falar com Dom Bosco,
que ela havia encontrado quando este passara por Buttigliera d’Asti, difundindo
a nova instituição salesiana que ele fundara.
Dom Bosco a dissuadiu de tornar-se
religiosa de clausura e a encaminhou ao seu colaborador, Pe. João
Cagliero, o qual a convidou a entrar nas Filhas de Maria Auxiliadora. Ela então
foi para Mornese, onde Madre Mazzarello, à testa das Filhas de Maria
Auxiliadora, a acolheu com festa e logo a colocou a ensinar. Em 4 de setembro
de 1879, aos 32 anos, tendo Dom Bosco aceitado seu ingresso nas Filhas de Maria
Auxiliadora, ela professou naquele Instituto.
Em 1880 consagrou-se a Deus através dos
votos perpétuos, ocasião em que pediu ao Senhor a graça “de permanecer em vida
até que tenha alcançado a santidade”.
Devido
à sua instrução e habilidade educativa, Madalena logo se sobressaiu entre suas
coirmãs, tendo assumido vários cargos de responsabilidade. Em 1881, a pedido do
Arcebispo de Catania, Madalena foi enviada para dirigir a nova obra de
Trecastagni. Durante quatro anos dirige, ensina, lava, cozinha.
É catequista, mas sobretudo testemunho,
tanto que as meninas começam a dizer: “Queremos ser como ela!”. Depois
de uma pausa de um ano em Turim, onde dirigiu a casa das Filhas de Maria
Auxiliadora de Valdocco, foi enviada para a Sicília como Superiora em Ali
Marina (Messina) e em seguida como inspetora da Inspetoria de São José.
A sua atividade era prodigiosa e surpreendente. Tendo constantemente “um
olhar na terra e dez no céu”, em 26 anos fundou 19 casas, 12 oratórios, 6
escolas, 5 asilos, 11 laboratórios, 4 internatos, 3 escolas de religião,
suscitando a admiração de todos, inclusive das autoridades eclesiásticas.
Dizia-se dela: “É uma grande mulher, é uma mulher extraordinária”.
Surgem novas e numerosas vocações,
atraídas pelo seu zelo apostólico e pelo clima comunitário que se cria à sua
volta. O seu apostolado variado é apreciado e encorajado pelos bispos.
Em Catania foi-lhe confiado todo o
trabalho da catequese, a fundação de novos oratórios e o internato do Instituto
Magistrale. Era muito devota de São José e de Maria Auxiliadora, que a guiam
nas nove fundações, conseguia transmitir fielmente o carisma de Dom Bosco e o
sistema preventivo. Madre Morano tinha uma união ininterrupta com Deus, um
desejo de santidade e uma vontade de ação salesiana imensa.
Doente
devido a um tumor, a Beata faleceu em Ali Marina no dia 26 de março
de 1908, aos 61 anos de idade. À sua morte as casas da Sicília eram 18, as
irmãs 142, as noviças 20, as postulantes 9. Os seus restos mortais são
venerados em Ali Terme (Catania).
A Apóstola Salesiana da Sicília foi
beatificada em 5 de novembro de 1994 em Ali Terme, Catânia, pelo papa João
Paulo II, que exaltou-a como educadora e professora. No
Martirológio Romano sua memória é celebrada em 26 de março. Sua
Congregação a celebra, a nível local, no dia 15 de novembro.
Fontes:
Postado
neste blog em 26 de março de 2012
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