Maria Isabel, filha de João Batista Renzi e de Vitória Boni, veio ao
mundo em Saludecio (Itália), a 19 de novembro de 1786, no seio de uma rica
família. A família se transferiu para Mondaino em 1791. Isabel foi educada
pelos pais e pelas Clarissas de Mondaino. Como decorreu a sua vida é-nos
relatado por João Paulo II no dia da sua beatificação, a 18 de junho de 1989:
«Seguindo o desígnio de Deus, misteriosa e humanamente inexplicável, Isabel Renzi cumpriu a sua vocação como quem "lançou a semente na terra... a semente germina e cresce, sem ele saber como" (Mc 4, 26-27).
«Seguindo o desígnio de Deus, misteriosa e humanamente inexplicável, Isabel Renzi cumpriu a sua vocação como quem "lançou a semente na terra... a semente germina e cresce, sem ele saber como" (Mc 4, 26-27).
Em 1807, com a idade de 21 anos, desejando doar-se completamente a Deus
e aos irmãos, decidiu fazer uma experiência no Mosteiro Agostiniano de
Pietrarubbia.
No borrascoso período da invasão francesa, que seguiu à revolução,
Isabel foi quase arrancada do escondimento do mosteiro das Monjas Agostinianas,
em 1810, pois um decreto napoleônico suprimiu os mosteiros. Mas, reinserida no
mundo, pôde conhecer melhor as urgentes necessidades da Igreja do seu tempo e
dar-se conta de que um novo chamamento do Senhor lhe dizia respeito.
Deus mesmo a tinha, por assim dizer, transplantado junto dos problemas
da juventude feminina da sua terra. Compreendeu assim que era preciso preparar
as jovens do povo para enfrentarem as novas condições de vida que as esperavam
numa sociedade secularizada, em contato com as novas estruturas políticas e
administrativas, não raro adversas à fé. Isabel deu-se conta, com intuito
profético, de que estava a surgir uma época em que a mulher haveria de assumir
novas responsabilidades sociais.
Aconselhada por seu diretor espiritual, Pe. Vitale Corbucci, que
assegurara que sua missão era a de educadora, mudou-se para Coriano em 29 de
abril de 1824, para atuar na escola para moças e senhoras pobres conhecida como
“Conservatório”. Santa Madalena de Canossa visitando a pequena comunidade de
Coriano conheceu pessoalmente Isabel Renzi e aconselhou-a a tomar a direção do
Conservatório. Isabel aceitou a decisão do Bispo de Rimini, Mons. Otávio
Zollio, que a nomeou Superiora da comunidade.
Em 29 de agosto de 1839, na igreja paroquial de Coriano, Isabel Renzi e
dez companheiras ofereceram a vida a Deus e aos irmãos com a profissão dos
Conselhos Evangélicos, e receberam o hábito das Mestras Pias da Dolorosa.
Depois de Coriano Madre Isabel fundou a comunidade de Sogliano, Roncofreddo,
Faenza, Cotignola, Savignano de Romanha, Mondaino.
Poder-se-ia dizer que Isabel Renzi se tomou fundadora não tanto por uma
opção quanto porque uma série de circunstâncias a levaram e quase a
constrangeram a realizar uma obra orgânica e estável em beneficio das jovens na
sua terra Romanha. Mas teve que enfrentar para isto enormes dificuldades e
lutou com discernimento iluminado para vencer obstáculos que a tentação, com frequência,
lhe apresentava como insuperáveis. A sua regra de vida foi precisamente a de
abandonar-se a Deus, a fim de que Ele dispusesse os passos e os tempos para o
desenvolvimento da obra como lhe agradava. (...)
Como uma semente lançada à terra, Isabel suportou as suas provações com ativa esperança. Escreveu: "Quando tudo se complicava, quando o presente me era tão doloroso e o futuro me parecia ainda mais escuro, fechava os olhos e abandonava-me como uma criancinha nos braços do Pai que está nos céus".
Como uma semente lançada à terra, Isabel suportou as suas provações com ativa esperança. Escreveu: "Quando tudo se complicava, quando o presente me era tão doloroso e o futuro me parecia ainda mais escuro, fechava os olhos e abandonava-me como uma criancinha nos braços do Pai que está nos céus".
Faleceu santamente em Coriano a 14
de agosto de 1859, aos 72 anos de idade. Seus restos mortais são venerados na
Capela da Casa-mãe em Coriano, na Província e Diocese de Rimini.
L'OSS. ROM. 25.6.1989; DIP 7,1687-9; 5,
824-6.
Fonte: Pe
José Leite, S.J., Santos de Cada Dia, Ed. A.O. – Braga; www.santiebeati/it
Nenhum comentário:
Postar um comentário