Joaquina de Vedruna nasceu em Barcelona, Espanha, em 16 de abril de
1783. Seu pai, Lorenzo de Vedruna, era rico e alto funcionário do governo. Sua
família era muito católica. Alguns setores da Igreja procuraram ocultar a origem
aristocrática da família Vedruna, mas um documento demonstra isto irrefutavelmente.
Desde muito pequena Joaquina tinha muita devoção ao Menino Jesus e as
almas benditas do Purgatório. Algo que a caracterizou desde os primeiros anos
foi um grande amor à limpeza. Não tolerava manchas em suas roupas. E isto a
levou a não tolerar também manchas de pecado em sua alma.
Em 1799 Joaquina casou-se com um advogado e proprietário de terras de
Vic, Teodoro de Mas, com quem teve nove filhos.
Quando Napoleão invadiu a Espanha, o esposo de Joaquina alistou-se no
exército para defender sua pátria e participou valorosamente em cinco batalhas
contra os invasores. Teodoro faleceu em 1816. Joaquina e seus filhos tiveram
que abandonar Barcelona e fugir para a pequena cidade de Vic.
Ali ela começou a se dedicar à caridade, principalmente com os pobres e
com as jovens. O diretor espiritual de Joaquina, o capuchinho Estevão de Olot,
sugeriu que ela fundasse uma Congregação devotada à educação e à caridade. O
bispo de Vic, Pablo Jesus Corcuera, disse-lhe que o instituto deveria ser
inspirado na Ordem do Carmo e ele mesmo escreveu a Regra em 6 de fevereiro de
1826. No dia 26 de fevereiro do mesmo ano, ela e outras oito mulheres fizeram
seus votos. Em poucos anos as religiosas da Congregação das Irmãs Carmelitas da
Caridade fundaram diversas casas na Catalunha.
Durante a 1ª. Guerra Carlista, ela teve que fugir da Espanha por ter
fundado um hospital na cidade carlista de Berga, que foi posteriormente ocupada
pelos liberais. Ela foi para Roussillon, na França, onde ficou entre 1836 e
1842.
Quando pode regressar. Fundou vinte e duas comunidades apesar dos
desafios resultantes da instabilidade política. A Congregação se expandiu pela
Espanha, América Espanhola e Ásia. “Desejaria
abraçar as necessidades de todos os povos”, dizia ela.
A congregação foi definitivamente aprovada em 1850.
Ela acabou sendo forçada a renunciar ao cargo de Superiora da Congregação
por motivos de saúde. Ela já vinha sofrendo de paralisia nos quatro últimos
anos de sua vida quando faleceu numa epidemia de cólera em Barcelona, no dia 28
de agosto de 1854, aos 71 anos de idade, após ter fundado conventos, escolas e
hospitais em diversos locais da Espanha. Na época ela já era conhecida e
admirada por sua piedade e dedicação à oração, sua confiança profunda em Deus e
sua caridade altruísta.
Foi beatificada pelo papa Pio XII em 1940 e canonizada em 1959 pelo papa
João XXIII. O papa João XXIII disse sobre ela: "Mãe de nove filhos,
converteu-se na mãe de numerosos pobres".
Ela está enterrada no Carmelo principal da ordem em Vic e seu corpo
permanece incorrupto.
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